Chama-se de Caatiga, as paisagens de minha infância, áridas
como as vidas que empunham um cabo de enxada
E enxadeiam áridos sonhos em uma dura realidade buscando colher esperanças mortas pela insolação da vida.
Há uma mata alva, que trago no olhar, enxuta
árida onde deposito meus versos
buscando colher poesias
Mas meus versos enrijecidos não germinam.
Mas quando penso em mundos nunca visitados
meus rudes versos me dão a impressão que irão florir,
Mas logo sinto os espinhos a me sangrar a alma.
Meu coração agonizante reconhece que a vida,
Derrama-se em cascatas ardentes nas paisagens da minha infância
Que guardo congeladas como as imagens de um vídeo tape.
Cícero