domingo, 28 de dezembro de 2008

Futurus Incertus- Cuba na era Raúl Castro


Em Cuba

O presidente Raúl Castro anuncia ajustes econômicos, austeridade e controle, entre as novas medidas que pretende mudar o futuro da ilha está à lei de seguro social aprovada neste sábado (27) pelo parlamento cubano.



Raúl, que assumiu formalmente a presidência em fevereiro deste ano pelos problemas de saúde do seu irmão Fidel, criticou o esbanjamento de recursos, a falta de controle e de rigor nos gastos públicos visando austeridade e controle absoluto nos gatos oficiais visando diminui o déficit público cubano.
O presidente de Cuba, Raúl Castro, anunciou no sábado à noite a criação de uma rigorosa controladoria, um corte profundo nos gastos públicos e a paulatina eliminação de gratuidades e subsídios, na última sessão parlamentar anual, às vésperas do aniversário de 50 anos da revolução cubana. "Um de nossos problemas fundamentais é a falta de exigência sistemática a todos os níveis", disse o presidente de 77 anos, antes de afirmar que as medidas pretendem devolver ao salário o poder real perdido com a crise em 20 anos e transformar o trabalho em necessidade. Ele propôs a criação de uma controladoria dos recursos - subordinada apenas ao Conselho de Estado -, que será submetida à votação na próxima sessão do Parlamento em 2009. Também anunciou um corte de 50% das viagens oficiais ao exterior e o fim de um subsídio de 60 milhões de dólares para as férias em Cuba de dirigentes, funcionários e trabalhadores destacados. Raúl lembrou que o país passa por uma situação econômica difícil pelos prejuízos de US$ 10 bilhões provocados pela passagem de três furacões, 20% do Produto Interno Bruto (PIB). O período de recuperação será de três a seis anos. A sessão parlamentar também aprovou uma nova lei de previdência social, que aumenta em cinco anos a idade de aposentadoria, assim como as diretrizes econômicas e o orçamento para 2009.
Raúl Castro impulsionou a reforma na sessão da Assembléia Nacional em julho, quando justificou a necessidade da medida com fatores como a queda da natalidade e o envelhecimento que enfrenta a população cubana. Esta nova lei de Seguro Social que elevará a idade mínima para aposentadoria em cinco anos e o estabelecimento de modificações no sistema de cálculo de previdência.
Após ser submetido a consulta popular em todos os centros trabalhistas do país, no qual participaram três milhões de trabalhadores cubanos, o anteprojeto foi aprovado pelos legisladores em uma sessão na qual o presidente Raúl Castro insistiu na importância das medidas de seu governo em relação ao trabalho.
A nova lei fixa a idade de aposentadoria para as mulheres em 60 anos e para os homens em 65, e abre a possibilidade de os aposentados voltarem a trabalhar e receberem pensão e salário, sempre que ocupem postos "diferentes" aos quais tinham no momento de sua aposentadoria.
Também estabelece que o cálculo de pensões seja feito de acordo com os salários mais altos recebidos durante cinco anos dentro de um período de 15 anos.
"Aprovamos uma lei de Seguro Social justa respeitosa dos interesses dos trabalhadores e que por sua vez leva em conta as realidades econômicas e demográficas do país”, estas foram às palavras de Raúl Castro.
O chefe de Estado cubano, Raúl ainda lembrou o envelhecimento da população e a necessidade de mudar a idade de aposentadoria, algo que, segundo disse, "a grande maioria de nossos trabalhadores compreendeu, após profundas discussões, em que se escutou e levou em conta a opinião de todos".
Ele comemorou também à volta às salas de aula de 7.000 professores aposentados e a de outros 9.000 que não vão parar, após o apelo que lhes fez em fevereiro por causa da falta de professores.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Carmĭnis

Calidoscópio

Me sinto preso
numa câmara escura
cheia de espelhos
que refletem uma vã felicidade
em multiplas combinações
produzindo uma falsa realidade
que colore meu mundo,
mera projeção de um sonho.

Cicĕro, 1997

sábado, 6 de dezembro de 2008

Futurus Incertus: Cuba no novo cenário político do continente americano





Estados Unidos versus Cuba: 50 anos de uma batalha de Golias armado até os dentes contra Davi sem o estilingue e a pedra, um confronte de forças desproporcionais.


Prof. José Cícero Gomes


Da revolução cubana aos nossos dias já se vão um meio século de perseguição e tentativas estadunidenses de destruir a soberania do povo cubano. Agora, nós latinos estamos apreensivos e um pouco esperançosos com a chegada de Barack Obama à Casa Branca será que o embargo econômico imposto pelos E.U.A. vai chegar a ter um fim, quando as peças no tabuleiro da política e seus argumentos forem articulados pela nova equipe de política do presidente eleito no próximo ano.
Se há um país que tem marcado a história do povo cubana é o E.U.A.,digo marcado de forma negativa como um eterno inimigo. Desde o triunfo da revolução em 1959, Washington encarnar o papel do adversário beligerante que tem procurado isolar Cuba do resto do mundo, e se tornou o inimigo que permitiu que o governo em Havana construisse o conceito de um lugar sob cerco, que legitimou a sua argumentação com que garantiu muitas das medidas adotadas no país.
Emergiu como um processo político na Guerra Fria, a revolução cubana foi apresentada como o paradigma na luta do povo latino-americano contra o imperialismo estadunidense no continente americano. Os E.U.A. se acercaram muito bem em toda América latina e Caribe para evitar que o exemplo cubano se repetisse. Já que os cubanos tinham vencido a revolução liderada por Fidel Castro contra a ditadura de Fulgência Batista e o imperialismo estadunidense.


Nas décadas de 60 e 70 os E.U.A. tornam legitimo uma meia dúzia de ditaduras militares na América Latina. A do Brasil em 1964 a 1895 é um modelo clássico das ditaduras apoiadas por Washington no mundo latino.Castro é o símbolo da resistência ao imperialismo estadunidense no continente Americano, o único governante que se opôs com êxito ao interesses norte-americanos, mas para isso, seu povo teve que pagar um preço muito alto. Mas, se o povo cubano não tivesse resistido, creio que sua situação econômica não estaria melhor porque outros irmãos latinos do caribe e América latina que se dobraram aos algozes do norte, continuam mergulhados na miséria.
Desde Dwight David Eisenhower 34º presidente até George Walker Bush 43º presidente estadunidense, a nação cubana vem resistido as tentativas de destruição de sua soberania por todos que já passaram pela Casa Branca. Será que o 44º presidente, o senhor Barack Obama porá fim ao orgulho ianque e se aproximará de Havana de forma amistosa, e colocará um fim nesta peleja desigual.Não quero acredita nas palavras de Marx,”não é a consciência dos homens que determina o seu ser social, mas, ao contrario, é o seu ser social que determina sua consciência”. Se for assim, não temos muito que esperar do novo presidente estadunidense.
No entanto, a chegada de Barack Obama à Casa branca poderia significar uma mudança radical de cenário, mas para isso teria que começa pondo fim ao embargo econômico. tal medida, já seria um grande passo rumo a apróximação das duas nações, mesmo que não conseguisse apagar as feridas e as dores provocadas por este embargo que os Estados Unidos mantém contra a ilha desde 1962.





Durante a campanha presidencial que culminou nas eleições de 4 de novembro, Obama deu sinal que pretende ter uma política diferente no que se refere a cuba, da que fizeram seus antecessores. Será ele mais flexível.
Suas palavras foram “Nós não podemos continuar fazendo a mesma coisa e esperamos mais de um resultado diferente”.






Já deveria está claro para os E.U.A. que com imposições e ameaças não é possível conseguir nada desse povo heróico, que é o povo cubano.

sábado, 29 de novembro de 2008

Cultura


"Brasil tem papel fundamental na reforma ortográfica"diz Saramago a folha de São Paulo.

O escritor português José Saramago, aos 86anos, explicou a maneira como criou sua mais recente obra, durante sabatina promovida pelo jornal "Folha de S. Paulo, na tarde de ontem, sexta-feira dia 28/11/2008 - 23h41, no teatro Folha, em São Paulo. Saramago já escreveu mais de 40 livros, talvez o maior nome da literatura do mundo lusofônico contemporâneo. Fala como interrompeu a criação de "A Viagem do Elefante" por seis meses com a saúde seriamente debilitada por uma pneumonia no começo deste ano. , brincou o escritor com seus entrevistadores "Não quero continuar a falar nesta história da doença, pois parece que estou aqui a pedir que tenham pena de mim, e não é verdade.Pelo contrário, uma vez que não morri”.

Sua doença, entretanto, não influenciou na maneira como a história de um elefante faz uma viagem cheia de obstáculos de Portugal à Áustria. "O que é lógico é que se esperasse encontrar no livro algum reflexo dessa situação. Pois não se encontra nenhum. “Não foi por que eu tivesse feito um esforço de autodisciplina para dizer 'aqui não entra nada do que eu vivi na minha doença', foi espontâneo e natural”, explicou o autor.

Os jornalistas da Folha de S. Paulo, cobriram José Saramago de perguntas não apenas sobre sua obra, mas também sobre política, economia e sobre seu posicionamento diante da reforma ortográfica que os países lusofônicos colocam oficialmente em vigor a partir do ano que vem. O escritor explicou como vê o assunto e acredita que o Brasil, país de maior população lusofônica, tem um papel fundamental nesse cenário. "Aquilo que me levou a mudar de idéias foi o problema da escrita. Se o português quer ganhar influência no mundo, tem de apresentar-se com uma grafia única", disse. "O Brasil tem no contexto internacional uma presença que nós [portugueses] não temos, ...
Questionado sobre a comparação entre best-sellers comerciais e autores de obras mais profundas, Saramago explicou que a evolução de seu trabalho foi longa, desde seu primeiro romance publicado em 1947 (considerado por ele próprio um livro medíocre) até o reconhecimento obtido em 1982 com o lançamento de "Memorial do Convento". "Não sou produto de marketing, nunca fui. Posso dizer que agora o marketing tenha entrado na minha vida sem que eu o tivesse procurado. Nunca projetei para mim uma carreira literária, nunca desenvolvi táticas de avanço nessa carreira. Digamos que eu estava no sítio errado no momento errado", brincou o autor.

Crítico ferrenho do capitalismo, Saramago teve a oportunidade de reiterar a sua militância comunista tomando por exemplo a atual crise financeira. "Chega-se à conclusão de que Marx nunca teve tanta razão quanto agora. Ao contrário do que tenham dito tantas vezes, o homem não morreu, veja a importância que estão a dar a esta espécie de ressurreição dos escritos de Marx. Aqueles que crêem que ele tem razão nem sequer se sentem reconfortados, pois se o que confirma as teorias e idéias do Marx é o desastre a que chegamos, valia mais que não tivéssemos chegado", concluiu.

Já sobre Barack Obama, ele o vê como um importante personagem no enfrentamento desta crise do capitalismo contemporânea, o presidente eleito estadunidense, é visto com uma esperança cautelosa pelo escritor, com certa dose de desconfiança que seu desempenho se assemelhe ao do ex-primeiro ministro inglês Tony Blair. "Sou capaz de apostar que Obama vai manter em ordem todos aqueles senhores cujos interesses têm às suas sombras. Se não for assim, é uma desilusão a mais. Quando apareceu Tony Blair, falava-se na terceira via. Mas essa terceira via não existe, era uma falsa chave que não abre nenhuma porta, como não abriu", ponderou.

domingo, 23 de novembro de 2008

Futurus incertus: Um mundo com pressa e sem emoções



Frei Betto
Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos em paz em seus mantos cor de açafrão. Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: 'Qual dos dois modelos produz felicidade?' Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula à tarde'. Comemorei: 'Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde'. 'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã...' 'Que tanta coisa?', perguntei. 'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada.. Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse: 'Tenho aula de meditação!' Estamos construindo super-homens e supermulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados. Por isso as empresas consideram agora que, mais importante que o QI, é a IE, a Inteligência Emocional. Não adianta ser um superexecutivo se não se consegue se relacionar com as pessoas. Ora, como seria importante os currículos escolares incluírem aulas de meditação! Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 'Como estava o defunto?'. 'Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!' Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa? Outrora, falava-se em realidade: análise da realidade, inserir-se na realidade, conhecer a realidade. Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Pode-se fazer sexo virtual pela internet: não se pega aids, não há envolvimento emocional, controla-se no mouse. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual, entramos na virtualidade de todos os valores, não há compromisso com o real! É muito grave esse processo de abstração da linguagem, de sentimentos: somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. Enquanto isso, a realidade vai por outro lado, pois somos também eticamente virtuais… A cultura começa onde a natureza termina. Cultura é o refinamento do espírito. Televisão, no Brasil - com raras e honrosas exceções -, é um problema: a cada semana que passa, temos a sensação de que ficamos um pouco menos cultos. A palavra hoje é 'entretenimento'; domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!' O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose. Os psicanalistas tentam descobrir o que fazer com o desejo dos seus pacientes. Colocá-los onde? Eu, que não sou da área, posso me dar o direito de apresentar uma sugestão. Acho que só há uma saída: virar o desejo para dentro. Porque, para fora, ele não tem aonde ir! O grande desafio é virar o desejo para dentro, gostar de si mesmo, começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse. Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Se alguém vai à Europa e visita uma pequena cidade onde há uma catedral, deve procurar saber a história daquela cidade - a catedral é o sinal de que ela tem história. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shopping centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingos. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas... Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do McDonald's… Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo um passeio socrático.' Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia: 'Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz.'

Cultura


José Saramago nasceu em 1922 no Ribatejo. Filho de agricultores, foi serralheiro, desenhista, funcionário público, tradutor, jornalista. Tornou-se conhecido internacionalmente com o romance Memorial do Convento. Pela Companhia das Letras publicou, entre outros, O ano da morte de Ricardo Reis, O Evangelho segundo Jesus Cristo, Ensaio sobre a cegueira,Todos os nomes, Cadernos de Lanzarote, A Caverna, O homem duplicado, As intermitências da morte, Pequenas memórias (2006). Recebeu o prêmio Nobel de literatura em 1998. Vive entre Lisboa e a aldeia de Lanzarote, nas Canárias.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Actione ab judiciariu

Rondônia poderá ter novas eleições para governo em 14 de dezembro de 2008.

Prof. Cícero

O TRE cassou o mandato do governador Ivo Cassol por unanimidade, no último dia 05/11, e determinou uma nova eleição para o executivo estadual para o dia 14 de dezembro de 2008. O Presidente da Assembléia, Neodi Carlos, deve assumir temporariamente o Governo. Agora, eu vós pergunto como? Se o deputado Neodi Carlos de Oliveira (PSDC), presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia, É acusado pela Polícia Federal de participar de desvio de recursos do Poder Legislativo por meio da chamada “folha paralela”. Mas como diz um velho amigo, em Rondônia tudo é possível, até mesmo os maiores absurdos. Pensando nisto, é que muitos em Rondônia acreditam que é possível que não der em nada, e o senhor Ivo Narciso Cassol termine seu mandato através de recursos judiciais porque neste país infelizmente o dinheiro e os conchaves políticos ainda falam mais alto do que a lei.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Notitia ad América: A vitória da democracia.

A razão suplantou a ignorância e o preconceito.




Em Eleições nos Estados Unidos nunca se viu tanta gente querendo votar como nesta terça-feira 04 de novembro de 2008. Ontem foi um dia histórico para o povo estadunidense, principalmente para os afro-americanos. Pela manhã longas filas se formavam no bairro do Harlem em New York,e pessoas esperavam ansiosas para vivenciar o dia sonhado por Martim lute King, na fila para votar muitos tinham consciência que este dia seria vitorioso mesmo que Barack Obama não tivesse logrado êxito nas urnas,a nação negra americana já se sentia vitoriosa só em ter um irmão que chegara onde Obana chegou.


E o sinal de um novo tempo se deu em vários Estados dos E.U.A., nas longas filas formadas, para vota em Obama não só haviam afro-americanos,latino-americanos,asiáticos descendentes,...Haviam também muitos saxão-americanos,digo brancos orgulhosos de estarem votando pela primeira vez num negro americano.

A nação que já foi a mais intolerante em questões raciais do Ocidente depois da África do Sul dos tenebrosos tempos de Apartheid.Agora vive o apogeu histórico de um povo.Um dia, um grande americano negro previu este momento glorioso, Martin Luther King: “Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje! “.

O Democrata barak Obama é hoje o primeiro presidente negro da América, e isto, definiu este momento como impa na história deste país sem nome,e multe racial.Obaba,um filho de um Queniano e uma estadunidense branca, senador por Illinois aos 47 anos de idade chega à Casa Branca.Esta vitória tem uma conotação maior,passa a ser a vitória de todos os afro-americanos por seu direitos civis. E acima de tudo, passa a ser o triunfo da democracia e do sonho americano tão defendido por nobres homens como Abraham Lincoln que mesmo sendo republicano sonhava com um Estados Unidos de todos os americanos, sonho este que vinha sendo sepultado pelos famigerados republicanos dos últimos decénios. Mas agora esse nobre sonho se torna realidade.
Prof. Cícero/JBC, Porto Velho-RO /novembro 2008

domingo, 2 de novembro de 2008

Notitia ad América

Um novo capítulo na história estadunidense.



Barack Obama representa “a mudança” como ele gosta de auto se denominar. Sim, a transformação na velha maneira de fazer política nos E.U.A. defendida pelos republicanos desde o Bush pai em 90. Ao que me parece a princípio, Obama realmente representa o novo versus o velho representado pelo seu rival John McCain e sua vice Sarah Palin. Fica claro e notório que os E.U.A. precisa optar pelo novo, antes que sucumba nos inúmeros erros republicanos… O que acontecerá com a nação mais rica do continente americano?Se o medo não vencer a covardia, se a razão não suplantar a ignorância e o preconceito. O que será da América ?
Prof. Cícero/JBC, Porto Velho-RO /novembro 2008

sábado, 1 de novembro de 2008

Carmĭnis

De há muito

De há muito
correm nos terreiros
medonhas silhuetas de fome.

Em cada rosto
o traço da miséria se edifica
e essa ruazinha
mais parece
um grande cemitério
por onde vagam descarados homens
que acreditam em Deus...

Cleilson Pereira Ribeiro*
___________
*O poeta do Barro, Ce.

Cultura


O Manual de Redação PUCRS, como se depreende facilmente de sua consulta, privilegia os aspectos normativos da língua, de modo especial os que maiores dificuldades oferecem, como o emprego do hífen, de maiúsculas, de abreviaturas, de pronomes de tratamento, etc. Constitui-se assim em fonte de consulta, intentando ir ao encontro dos que lidam com a produção de textos e precisam resolver suas hesitações lingüísticas. A correção gramatical - e os manuais, em geral, contribuem para tanto - é um dos requisitos básicos do texto, espécie de credencial ou cartão de apresentação pessoal de seu emissor. Mas isso, por si só, não basta para caracterizar ou produzir um bom texto, conforme está referido no prefácio do Manual. Levando em consideração o exposto e atendendo a inúmeras sugestões de consulentes do Manual, a Gerência de Web está ampliando sua colaboração de assessoria lingüística, abrindo espaço para um novo manual, sob o título GUIA DE PRODUÇÃO TEXTUAL, direcionado para a produção de textos literários e não-literários. O Setor Web - dando continuidade ao trabalho com o Manual de Redação PUCRS - revela que está atento ao fortalecimento da imagem e da comunicação com seus vários públicos, perseguindo a meta que identifica nossa Universidade de modo singular: Universidade de qualidade a serviço da comunidade.
Profa. Me. Carmem SansonGerente de Web



http://www.pucrs.br/gpt/index.php

Carmĭnis

PISCICANALIS VERBIS

João viu a lua
numa vitrine de loja
Lojentrou
luarado
viu que tudo, de relance
mutifacetou-se em luz
João quis sair
Gritou
Da luaraçao da sua voz
lojex (*)
um arcoíris
cheirando a fim de dezembro
inundou a loja
Cerrou os olhos
Com medo, aquietou-se
Trêmulo, três passos à frente
estava sem roupa
sem ninguém
no fim do mundo
desluarado
segurando a maçaneta da porta
às cinco horas da manhã
entre a vigília e as preocupações
Outro dia faiscava
pela fresta dos desejos
Pulou
Cafezou
quando deu por si
era meiodia:
neblinava esrelas e pirilampos:
tinha trinta e nove anos

NOTA - (*) lojex: sair da loja, ou saindo da loja, dado pela partícula ex, latim ( = para fora)

Zeca Domingos Silva

sábado, 25 de outubro de 2008

Opinione


Eleição do SINTERO nos dias 03 e 04 de novembro de 2008.


Aproveitando o momento que antecede a eleição para o sindicato dos trabalhadores em educação do estado de Rondônia, vamos falar um pouco da importância do voto.Até que a nova Constituição Federal viesse a ser aprovada, em 8 de outubro de 1988, o processo eleitoral dos sindicatos era fiscalizado pelo Ministério do Trabalho.Era o período da intervenção do Estado na organização sindical, que autorizava o Ministério, por meio das Delegacias Regionais do Trabalho (DRTs), a fiscalizar a vida interna dos sindicatos como administração, contabilidade, número de dirigentes etc.Com a liberdade sindical, ainda que a Constituição tenha mantido o imposto sindical, a unicidade, o conceito de categoria e o poder normativo da Justiça do Trabalho, os sindicatos passaram a ter autonomia para se organizar internamente da forma como bem entendessem. Desde então, a organização das entidades e as eleições para a diretoria passaram a ser reguladas pelos seus respectivos estatutos.Exemplo para a região norteNosso sindicato dos trabalhadores em educação do estado de Rondônia é o maior da região norte do Brasil. O SINTERO possui uma infra-estrutura que permite boas condições para defender os trabalhadores em educação do estado de Rondônia. Possui sede própria em Porto Velho, além de uma sede social. É bom lembrar que também está estruturado em onze delegacias regionais e quatro subdelegacias que são os braços e as pernas da organização sindical por todo o estado. A Regional Norte, com sede em Porto Velho; a Regional Mamoré, com sede em Guajará-Mirim; a Regional do Estanho, com sede em Ariquemes, a Regional Centro I, com sede em Jaru; a Regional Centro II, com sede em Ouro Preto D’Oeste, a Regional Rio Machado, com sede em Ji-Paraná, a Regional Guaporé, com sede em Presidente Médici; a Regional do Café, com sede em Cacoal; a Regional da Mata, com sede em Rolim de Moura e subsede em Alta Floresta D’Oeste; a Regional Apidiá, com sede em Pimenta Bueno e subsede em Espigão D’Oeste; e Regional Cone Sul, com sede em Vilhena e subsedes em Colorado D’Oeste e Cerejeiras.Desta forma o SINTERO está presente em todo o Estado de Rondônia, o que lhe permite uma atuação firme desde que tenha uma diretoria combatível e aguerrida na articulação e na luta de todos os trabalhadores da educação.Não vamos cai em arapuca, nestes dia 03 e 04, só temos infelizmente duas opções as chapas 01 e 03. Nunca esqueçam que o governador Ivo Cassol almeja controlar o SINTERO. Tudo bem pode ser apenas pânico,conjecturas, preconceitos ou precauções infundadas. Mas seguro morreu de velho, é sabido através da vida pregressa de alguns dos membros da chapa 02 que eles tem um histórico de peleguismo. De inovadores eles não tem nada, são alguns ex-gestores, técnico e professores acomodados e agora aparecem como combatentes. Como pode isto? Se até ontem alguns batiam palmas para o governador Ivo Cassol. Mudanças são possíveis, mas não tão rápidas e nem por indivíduos acostumados a se venderem por uma cocada e um copo d’água. É chegada a hora dos filiados do SINTERO escolherem seus representantes que irão dar rumo e organização das lutas da categoria nos próximos 03 anos, na Direção Executiva, no Conselho Fiscal e nas Regionais, pois torno a alertar, companheiros infelizmente só temos duas opções as chapas 01 e 03, não vamos correr o risco de caímos em uma arapuca, com o duvidoso porque se os cupichas do governador estão apoiando e divulgado a chapa 02 é porque ela deve ter algum elo ou virá a ter se eleita com o governo anti-educadores do nosso Estado de Rondônia. Devemos votar em quem compartilham dos mesmos ideais de luta dos trabalhadores em educação.As Chapas 01 e 03, não são as ideais, mas são as opções seguras que temos. Venham todos viver e vivenciar o SINTERO, e logo teremos eleições onde teremos chapas ideais, com companheiros guerreiros, compromissados com as bandeiras dos educadores e não indivíduos vendáveis. Témeis vos a chapa 02. A direção sindical precisa de independência para planejar e lutar pelos direitos dos trabalhadores em educação. Sem a influência de interesses pessoais, partidários ou do poder executivo (municipal, estadual ou federal). A luta organizada da direção sindical com a participação de todos os trabalhadores em educação trará muitas conquistas. Essa organização deve acontecer a partir do local de trabalho, a escola, passando pela organização local nas Regionais e, por fim, de maneira mais coletiva, atingir o município ou o estado.

__________

Postado pelo prf. Cícero em http://sonhodeikarus.blogspot.com/

sábado, 11 de outubro de 2008

Notitia - América em crise financeira


A ECONOMIA ESTADUNIDENSE

Esta crise obriga os estadunidenses a enfrentar seus maus hábitos desenvolvidos ao longo de algumas décadas. Se não puderem se livrar desses maus hábitos ficará difícil a recuperação financeira dos Estados Unidos, hoje a dor poderá se traduzir em ganhos, Se a classe média estadunidense se livrar da filosofia do consumo e deixar de gastar mais do que ganha. A recessão é sintomática dos grandes desafios econômicos que enfrentam os Estados Unidos hoje. Os valores dos imóveis estão em queda, os salários estão estagnados, faltam bons empregos, o mercado de trabalho está saturado, as dívidas estão a subir, a indústria dos E.U. tem perdido competitividade no comércio mundial, e o controle das indústrias vitais dos E.U. está nas mão de estrangeiros. A sociedade estadunidense dependência de crédito e de falsa riqueza para manter os atuais padrões de vida, o dólar há anos que vem se desvalorizando em frente ao euro e ao yen.... Agora se faz necessário que o povo estadunidense pressione seu governo para lidar eficazmente com estes novos desafios, ou então, os seus filhos serão forçados a vivenciar o que seus avós e bisavós viveram na década de 30 com a grande depressão.

Memŏratum - Angenor de Oliveira completaria sem anos hoje




Um vanguardista da música popular brasileira



Um artista maior que seu tempo e espaço"Todo o tempo em que eu viver, só me fascina você: Mangueira". A origem pobre e a poca escolaridade nunca foram empecilhos para que Cartola fosse dono de versos tão poéticos e refinados, frutos de uma personalidade marcada pela delicadeza e generosidade. ... Como disse Nelson Sargento certa vez, "Cartola não existiu, foi um sonho que a gente teve".


Hoje 11 de outubro de 2008, Angenor de Oliveira, que já foi pedreiro, tipógrafo, vendedor, lavador de carros e muitos outros, completaria cem anos como o maior compositor da Mangueira, figurando-se entre os maiores do Brasil em todos os tempos.

Angenor de Oliveira, mais conhecido como Cartola nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 11 de outubro de 1908. Não usava uma cartola. Mas foi como Cartola que se eternizou em verde e rosa Angenor de Oliveira, que faria 100 anos neste dia 11 de outubro. "Quando eu fui tirar a papelada para meu casamento é que eu percebi que meteram um 'n' entre o 'a' e o 'g'", contou em sua última entrevista gravada (concedida à rádio Eldorado e transformada no LP "Documento Inédito", 1982). "Para não mexer naquela papelada toda eu deixei ficar Angenor mesmo". Assim, o Angenor que não usava cartola, era Agenor, mas a incompetência de um escrevente de cartório lhe transformou em Angenor. E a cartola? Na verdade, o que lhe rendeu o apelido foi um chapéu-coco que o sambista usava quando trabalhava de pedreiro, para evitar chegar em casa com a carapinha salpicada de cimento. Durante seus 72 anos, o herói proletário de violão em riste foi tipógrafo, vendedor, lavador de carros, porteiro, contínuo... E a lista segue.
É que demorou 65 anos para que alguém se arriscasse a concedê-lo um disco de músicas próprias. O publicitário, pesquisador e entusiasta da música brasileira Marcus Pereira (morto em 1982) foi o responsável pela empreitada que resultou em "Cartola" (Discos Marcus Pereira, 1974). Antes disso, Cartola vendeu uma musiquinha aqui, outra ali, esqueceu várias – "Hoje é fácil; naquela época, não tinha gravador pra lembrar", costumava dizer – e chegou a participar dos long plays "Fala Mangueira", de 1968; e "Raizes da Mangueira", de 1973. A verdade é que Agenor ou Angenor, cartola ou chapéu-coco, tanto faz. O importante é que o carioca pobre do Catete, com instrução básica, é pai, padrinho, tio, irmão e padrasto de um dos maiores patrimônios do Brasil: o samba. Negro magro de hábitos simples, tal qual o samba, Cartola nasceu em meio a lágrimas e discriminação. Conforme conta o livro "Todo Tempo Que Eu Viver" de Roberto Moura, a mãe de Cartola, Dona Ada, teve uma eclampsia durante o parto. Uma ambulância foi chamada às pressas, mas não apareceu. Mandaram um portador descer até o asfalto para buscar um médico. O rapaz voltou para dizer que o médico só subiria sob garantia de que o pessoal poderia pagar a visita. Quando chegou, a paciente já havia morrido. Sem trabalho a fazer, restou-lhe tentar cobrar. Desceu o morro correndo, sob a ameaça de tomar um pau inesquecível. Na infância, Cartola chegou a morar em Laranjeiras, na Zona Sul, mas não se entendeu muito bem por lá. Gostava mesmo era de acompanhar os desfiles do Dia dos Reis e do (proto) bloco carnavalesco do rancho dos Arrepiados. Foi a Mangueira, para onde se mudou aos oito anos de idade, que lhe forjou a personalidade. Logo de cara, se juntou com uma meia dúzia a quem seu pai, Sebastião de Oliveira, espiava desconfiadíssimo. Seu Sebastião conhecia a malandragem, conhecia o samba – inclusive ensinou o filho a tocar cavaquinho e violão –, mas sabia da fama (e da fauna) que passeava pelas rodas. Por isso, quando Cartola e seus amigos criaram uma pequena escola de samba, seu Sebastião expulsou o moleque de casa. A escola se chamava Estação Primeira de Mangueira.
Como surgiu o nome? "Muito simples", Cartola contou ao programa Ensaio, em 1974. "Tinha uma estação com o nome de Mangueira, com uma árvore com o nome mangueira também. Aí, nasceu a Mangueira". Humildemente, o recém-chegado pediu aos colegas que verde e rosa – cores de seus adorados Arrepiados – fossem adotados para o estandarte da escola. Veio a calhar. Carlos Cachaça contou que já tinha havido um rancho em Mangueira chamado "Os Caçadores da Floresta", que usava as mesmas cores. Ficou verde porque lhe queriam rosa.
Essas foram as cores da casa onde morou desde que se casou com Eusébia Silva do Nascimento, a Dona Zica, em 1964. Os dois viveram juntos – primeiro em Mangueira e depois em Jacarepaguá – até que o sambista morreu, vítima de um câncer que só ele próprio sabia que tinha. Discreto e fechado como sempre, dizia para todo mundo que sofria de úlcera. Foi-se em 30 de novembro de 1981, ao som de seu clássico "As Rosas Não Falam". Sobre seu caixão, o estandarte de outra paixão verde e rosa: o Fluminense.
Encontro com Cartola
No final da década de 70, a então repórter do Jornal da Tarde Maria Amélia Rocha Lopes passou uma semana na Mangueira, entrevistando os maiores nomes do samba carioca. Tomou cerveja no bar Buraco Quente onde nasceu, entre outros, o samba "O Sol Nascerá" (Cartola/Elton Medeiros). Visitou a famosa casa verde e rosa, palco de noitadas homéricas. E comeu uma feijoada preparada por Dona Zica, em Jacarepaguá, para onde o casal havia se mudado - a pedido dela, para desgosto dele. "Ela dizia que era sempre uma romaria na Mangueira, que Cartola não tinha sossego", ri Maria Amélia.
Não à toa, ela logo reparou que "Cartola estava lá só de corpo presente. Todas as histórias que ele gostava de lembrar estavam ligadas ao morro da Mangueira". A preferida era a escolha das cores do estandarte da escola. Ele gostava tanto de falar nisso que tinha várias versões. Para Maria Amélia, disse que escolheu o verde e o rosa porque "não há no mundo coisa mais bonita do que uma flor, com as pétalas cor de rosas e o cabinho verde". Logo que chegou ao sobrado do casal, Dona Zica e Cartola vieram recebê-la no portão, com um pedido simpático: "Não repare na bagunça". Bagunça que não tinha. Aliás, era tudo muito organizadinho. O violão, por exemplo, ficava "sentado" em uma cadeira num cantinho da sala. "Era um lugar nobre. Quando tirava dali para sentar, ele colocava em cima da cama, todo arrumadinho. Ele era todo caprichoso com o violão".
E Dona Zica era caprichosa com Cartola. Maria Amélia lembra que ela ficava guiando o marido pela casa: "Ela mandava o tempo todo, mas era uma coisa bonitinha. 'Senta aqui', 'levanta daí', 'vem comer', sabe? Era o tempo todo cuidando dele". Cartola, turrão, fingia não gostar. Olhava de canto como quem diz: "ela está me enchendo o saco!". "Mas ele gostava! Era aquela relação de amor antigo, tão bonita, tão delicada".

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Opinione




Na sociedade humana ao longo dos tempos,vem se configurando os mandos e desmandos dos que se jugam mais fortes, dos detentores do saber, do ter e do poder, que querem controlar, para reduzir os desapropriados e excluídos a simples galinhas e os subordinar aos seus interesses, mas é preciso que não aceitem essa submissão, que rejeitem o conformismo, o comodismo, a falta de indignação porque essa dominação sempre será causadora de muitas dores e sofrimentos à maioria da humanidade diante da pobreza e da exclusão social se dar por vencida, por isso se faz necessário que despertemos a águia que existe dentro de nós para juntos construirmos um mundo melhor, onde todos possam participar e decidir sem omissões, libertando-se da opressão.


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Dica de leitura:
BOFF, Leonardo. A águia e a Galinha - Uma metáfora da condição humana. Vozes. 40ª ed. Petrópolis, 2003

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Mythu, martyros et heros latinu- Che Guevara








Revolucionário e líder político latino-americano, cuja negação a aderir-se tanto ao capitalismo quanto ao comunismo ortodoxo, transformou-o num emblema da luta socialista. Por sua aparência selvagem, romântica e revolucionária, Che Guevara significa hoje uma lenda para os jovens revolucionários de todo o mundo, um exemplo de fidelidade e total devoção à união dos povos subjugados.


Ernesto Guevara de la Serna nasce na cidade argentina de Rosário no dia 14 de junho de 1928, no seio de uma família aristocrática porém de idéias socialistas. O Che foi o primeiro de 5 filhos do casal Ernesto lynch e Célia de La Serna y Llosa. Desde pequeno sofre ataques de asma e por essa razão em 1932 se muda para as serras de Córdoba. Estudou grande parte do ensino fundamental em casa com sua mãe. Mesmo sendo católicos num tempo em que a igreja conservadora e reacionária combatia o marxismo, na biblioteca de sua casa havia obras de Marx, Engels e Lenin, com os quais se familiarizou em sua adolescência. Sua genitora foi a responsável por sua formação.

Em 1947 Ernesto entra na Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires, motivado em primeiro lugar por sua própria doença e desenvolvendo logo um especial interesse pela lepra. Durante 1952, realiza uma longa jornada pela América Latina, junto com seu amigo Alberto Granados, percorrendo o sul da Argentina, o Chile, o Peru, a Colômbia e a Venezuela. Observam, se interessam por tudo, analisam a realidade com olho crítico e pensamento profundo. Ernesto regressa a Buenos Aires decidido a terminar o curso e no dia 12 de julho de 1953 recebe o título de médico.

Em julho de 1953, inicia sua segunda viagem pela América Latina. Nessa oportunidade visita Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, El Salvador e Guatemala. Ao visitar as minas de cobre, as povoações indígenas e os leprosários, Ernesto dá mostras de seu profundo humanismo, vai crescendo e agigantando seu modo revolucionário de pensar e seu firme antiimperialismo. Na Guatemala conhece Hilda Gadea, com quem se casa e de cuja união nasce sua primeira filha.

Convencido de que a revolução era a única solução possível para acabar com as injustiças sociais existentes na América Latina, em 1954 Guevara marcha rumo ao México, onde se une ao movimento integrado por revolucionários cubanos seguidores de Fidel Castro. Foi aí onde ele ganhou o apelido de "Che", por seu jeito argentino de falar.

A fins da década de 1950, quando Fidel e os guerrilheiros invadem Cuba, Che os acompanha, primeiro como doutor e logo assumindo o comando do exército revolucionário. Finalmente, no dia 31 de dezembro de 1958, cai o ditador cubano Fulgencio Batista.
Após o triunfo da Revolução, Che Guevara se transforma na mão direita de Fidel Castro no novo governo de Cuba. É nomeado Ministro da Indústria e posteriormente Presidente do Banco Nacional. Desempenha simultaneamente outras tarefas diversas, de caráter militar, político e diplomático. Em 1959 casa-se, em segundas núpcias, com sua companheira de luta, Aleida March de la Torre, com quem terá mais quatro filhos. Visitam juntos vários países comunistas da Europa Oriental e da Ásia.
Oposto energicamente à influência norte-americana no Terceiro Mundo, a presença de Guevara foi decisiva na configuração do regime de Fidel e na aproximação cubana ao bloco comunista, abandonando os tradicionais laços que tinham unido Cuba e Estados Unidos.
Em 1962, após uma conferência no Uruguai, volta à Argentina e também visita o Brasil. Che Guevara esteve ainda em vários países africanos, principalmente no Congo. Lá lutou junto com os revolucionários antibelgas, levando uma força de 120 cubanos. Depois de muitas batalhas, terminaram derrotados e no outono de 1965 ele pediu a Fidel que retirasse a ajuda cubana.

Desde então, Che deixou de aparecer em atividades públicas. Sua missão como embaixador das idéias da Revolução Cubana tinha chegado ao fim. Em 1966, junto a Fidel, prepara uma nova missão na Bolívia, como líder dos camponeses e mineiros contrários ao governo militar. A tentativa acabou significando sua captura e posterior execução no dia 9 de outubro de 1967. Os restos do Che descansam no mausoléu da Praça Ernesto Che Guevara em Santa Clara, Cuba.

"Nasci na Argentina; não é um segredo para ninguém. Sou cubano e também sou argentino e, se não se ofendem as ilustríssimas senhorias da América Latina, me sinto tão patriota da América Latina, de qualquer país da América Latina, que no momento em que fosse necessário, estaria disposto a entregar a minha vida pela liberação de qualquer um dos países da América Latina, sem pedir nada para ninguém, sem exigir nada, sem explorar ninguém."




O SOCIALISMO E O HOMEM EM CUBA (1965)
«O caminho é longo e cheio de dificuldades. Às vezes, por extraviar a estrada, temos que retroceder; outras, por caminhar depressa demais, nos separamos das massas; em ocasiões, por ir lentamente sentimos de perto o hálito daqueles que pisam nos nossos calcanhares. Em nossa ambição de revolucionários, tratamos de caminhar o mais depressa possível, abrindo caminhos, mas sabemos que temos que nutrir-nos da massa e que esta só poderá avançar mais rápido se for alentada com nosso exemplo.»
MENSAGEM AOS POVOS DO MUNDO (1967)
«Toda a nossa ação é um grito de guerra contra o imperialismo e um clamor pela unidade dos povos contra o grande inimigo do gênero humano: os Estados Unidos da América do Norte. Em qualquer lugar que a morte nos surpreenda, que seja bem-vinda, sempre que esse, nosso grito de guerra, tenha chegado até um ouvido receptivo, e outra mão se estenda para empunhar nossas armas, e outros homens se prestem a entoar os cantos pesarosos com estrondos de metralhadoras e novos gritos de guerra e de vitória.»

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postado hoje em Mi Buenos Aires Querido
http://www.mibsasquerido.com.ar/Personagens06.htm
veja outras fontes:
http://www.cheguevaradelaserna.hpgvip.ig.com.br/biografia.html
http://www.cheguevaradelaserna.hpgvip.ig.com.br/biografia.html

sábado, 4 de outubro de 2008

Fidĕi in S. Francisco


São Francisco de Assis
Francisco de Assis nasceu na cidade de Assis, Úmbria, Itália, em 1182. Pertencia à burguesia, e dessa condição tirava todos os proveitos. Como seu pai, tentou o comércio, mas logo abandonou a idéia por não ter muito jeito para isso. Sonhou, então, com as glórias militares, procurando desta maneira alcançar o status que sua condição exigia. Contudo, em 1206 para espanto de todos, Francisco de Assis abandonou tudo, andando errante e maltrapilho, numa verdadeira afronta e protesto contra sua sociedade burguesa. Entregou-se totalmente a um estilo de vida fundado na pobreza, na simiplicidade de vida, no amor total a todas as criaturas. Com alguns amigos deu início ao que seria a Ordem dos Frades Menores ou Franciscanos. Com Santa Clara, sua dileta amiga, fundou a Ordem das Damas Pobres ou Clarissas. Em 1221, sob a inspiração de seu estilo de vida nasceu a Ordem Terceira para os leigos consagrados. O pobrezinho de Assis, como era chamado, foi uma criatura de paz e de bem, terno e amoroso. Amava os animais, as plantas e toda a natureza. Poeta, cantava o Sol, a Lua e as Estrelas. Sua alegria, sua simplicidade, sua ternura lhe granjearam estima e simpatia tais que fizeram dele um dos santos mais populares dos nossos dias.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Notitia ad Porto Velho



Nossa querida Porto velho faz 94 anos.



Nesta quinta-feira (02/10)), é feriado em Porto Velho, e comemoramos a criação do município, de acordo com a Lei número 190/1980. Durante o feriado, só funcionarão os órgãos municipais que prestam serviços essenciais para a população, a exemplo das unidades de saúde. O Município de Porto Velho foi criado pela Lei Estadual 757, do Amazonas, de 1914.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Notitia ad Pequim


Lucas Prado conquista seu terceiro ouro e enche o povo brasileiro de orgulho, nossos atletas com limitações físicas não são deficientes, são eficientes ...

Este foi o 15º ouro do Brasil em Pequim, superando a campanha de Atenas

Lucas Prado foi ouro nos 100m, 200m e 400m, categorias T11 (Crédito: Divulgação/CPB)
O brasileiro Lucas Prado fechou a participação do Brasil no atletismo com eficiência, nesta terça-feira, nos Jogos Paraolímpicos de Pequim, com mais uma medalha de ouro, a sua terceira na competição. Prado venceu a final dos 400m, categoria T11, com o tempo de 50s29, superando o recordista mundial da prova, o angolano José Armando, que ficou em segundo, com 50s44.
As outras duas medalhas de Lucas Prado na Paraolimpíada de Pequim foram conquistadas nos 100m e nos 200m, categorias T11.
A conquista do brasileiro também deu ao Brasil sua 15ª medalha de ouro nesta edição dos Jogos Paraolímpicos. Com isso, o país superou o seu desempenho em Atenas-2004, quando subiu 14 vezes ao lugar mais alto do pódio.
- Estou me sentindo muito cansado e muito feliz. A delegação toda do Brasil superou as marcas de Atenas. É um Brasil novo, uma geração nova, com recordes e medalhas de ouro. Para mim, é uma grande emoção fazer parte disso - disse o brasileiro, em entrevista ao canal SporTV, logo após a prova.
Na terceira colocação, com a medalha de bronze, terminou o ucraniano Oleksandr Ivaniukhin, com o tempo de 50s82. Com a quarta colocação, ficou o brasileiro Daniel Silva, com 52s05.

Futurus incertus: Economia estadunidense



As bolsas em estado de "choque"

A falencia do banco Lehman Brothers, uma das instituições financeiras de investimentos mais respetável dos Estados Unidos da América, abala os mercados mundiais ao quebra-se agravando ainda mais a crise vivida no capitalismo estadunidense, capitalismo este que está ligado ao capitalismo mundial como numa rede neurálgica.
Pelo segundo dia consecutivo as principais bolsas europeas abriram em baixa, siguindo a tendência dos mercados asiáticos e todavía refletindoas consequências da quiebra do Lehman Brothers, o quarto banco mais importante dos Estados Unidos, a nossa bovespa também feixo em queda devido muitos investidores de títulos brasileiros terem perdido dinheiro lá fora e tiveram que vender suas ações aqui para poderem cubrir investimentos la fora. Mas segundo o Banco Central Brasileiro o Brasil está preparado para mais este solavanco da economia mundial.
Bolsas de valores de referências na Europa que cairam na segunda-feira, tornaram a despencar na terça-feira com um índice de queda entre 1 e 1,8% nos mercados de Frankfourt, Paris, Londres e Madri. Já no mercado asiático a queda foi mais acentuada chegou ao ídice de 5 a 6, 4% nos mercados de Xangai, Hong Kong, taipei, Tóquio. O dia de hoje passa apreensivo para o capitalismo mundial aguardado as medidas previstas para hoje pelo governo estadunidense sobre a taxa de juros que será aplicadas no mercado norte-americano. Espera-se os analistas econômicos por taxas mais baixas como uma medida de impulso ao mercado.

domingo, 14 de setembro de 2008

Futurus incertus

Embaixador estadunidense na Bolívia adverte de "efeitos" de sua expulsão

La Paz, 14 set (agencia de noticias EFE) - O embaixador estadunidense  em La Paz, Philip Goldberg, se despediu hoje da Bolívia após ser declarado "persona non grata" pelo presidente boliviano, Evo Morales, com a advertência de que sua expulsão pode ter "sérios efeitos", a nação boliviana se prepare para as retaliações do governo norte-americano.

Não haverá golpe, mas o mandato do presidente Evo Morales está ameaçado.

 A escalada de violência vivida na Bolívia em função do descontentamento de Departamentos que fazem oposição ao governo de La Paz não deve evoluir para um golpe de Estado. Mesmo assim o mandato de Evo Morales está ameaçado. Segundo a visão de especialista políticos sobre América do Sul, as elites da região da chamada "meia-lua" boliviana que vai do Departamento do Tarija ao departamento do Pando, conhecem as conseqüências de derrubar um presidente eleito pelo povo e ratificado democraticamente, mas estão atentas em qualquer "vacilo" do presidente Morales para retirá-lo do poder.

O mandato do presidente Morales corre perigo, mas um golpe de Estado pegaria mal para classe dominante boliviana. Seria complicado derrubá-lo porque a elite “branca” de Santa Cruz estaria diretamente ligada à iniciativa golpista. O objetivo da elite governante dos departamentos oposicionistas é criar uma situação de ingovernabilidade para o governo de La Paz, forçar um erro que possa tirar o presidente Morales do poder. Quem é da Amazônia sabe bem o que os opositores estão fazendo "esticando e encurtando a corda" do diálogo, para vencer o presidente no cansaço e numa bobeira eles o dominam, com faz o caboclo com o peixe nos rios amazônicos.

Na opinião do presidente Hugo Chaves da Venezuela, as elites da Bolívia estão sendo irresponsáveis, desrespeitando o Estado, as instituições civis, a polícia e o exército. Segundo ele, enquanto o diálogo era feito entre os ricos, tudo estava bem. "Mas quando surge o projeto indígena de Evo Morales, uma idéia que visa à refundição do Estado boliviano, os problemas começa a aparecer". O especialista lembra que foram os subsídios e a mão-de-obra da região do altiplano dois dos grandes responsáveis pelo processo da industrialização das regiões que hoje são o foco da revolta. Bem, Chave tem razão porque não um espírito nacionalista na Bolívia, e como se existisse duas Bolívias sob o mesmo estado, para esta elite conservadora mudanças é sinônimo de morte.   

A concentração dos recursos nos departamentos ajuda a manter o quadro de miséria do país,exclusão e perpetua uma situação de injustiça social. Donos de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, as elites de Santa Cruz ignoram o altiplano e investem na agricultura industrializada voltada para a exportação. Para os analistas políticos, não há interesse dessas regiões em uma agricultura voltada para o mercado interno, o que ajudaria a promover um desenvolvimento sustentável do país. As elites não vêem e nem legitimam um governo com um projeto social. 

O histórico de baixa institucionalidade da Bolívia e as decisões às vezes radicais tomadas por seus líderes pode contribuir para o desgaste do governo do presidente Evo Morales. Nesse sentido, Chaves diz que a expulsão do embaixador dos Estados Unidos em La Paz, Philip Goldberg, pode ter sido precipitada. No entanto, ele chama a atenção para os movimentos políticos que não vêm à tona. "Não sabemos o que acontece por baixo dos panos, mas a expulsão levantou os ânimos. Foi uma atitude radical, mas há de se esperar que Morales tenha bons argumentos".

Diálogo

Diante da crise, o Brasil tem desempenhado um bom papel, segundo Chaves. "Falta apenas o governo Evo Morales permitir a entrada dos países vizinhos no diálogo. Somente por meio da conversa a situação na Bolívia pode ser solucionada", acredita o especialista. O problema, segundo ele, é a dificuldade de se chegar a um consenso político no país vizinho. "A pressão das elites vai continuar, pois querem criar uma situação de ingovernabilidade". Tal cenário coloca o presidente Morales em um mato sem cachorro, digo entre a cruz e a espada por seu envolvimento com movimentos sociais.

Os movimentos sociais bolivianos já deixaram claro que defendem um movimento democrático indígena de esquerda, e não apenas a figura do presidente Morales. Portanto, não vão hesitar em virar as costas ao governo de La Paz se ele não atender aos seus interesses. Segundo analise política, o dilema do presidente está em apaziguar os ânimos e em explicar aos governadores oposicionistas "as razões, e não as imposições" que o levaram a cortar os repasses para os Departamentos do dinheiro obtido dos impostos sobre o gás e o petróleo, entre outras ações do governo.

 

 


Opinio

Cícero

Qual o seu papel como filho ou amigo de Calama


Vivi alguns anos no baixa madeira rondoniense, precisamente na vila dos boto, a Calama de tantas histórias e estórias. Lembro-me com saudades daqueles longos nove anos que passei numa comunidade humana. Sim, está é a palavra humana. Conheci ali um universo rico de valores positivos e negativos já que Calama é um paraíso terrestre e não celestial, mas os valores positivos superavam os negativos, revelando a face de uma verdadeira comunidade ribeirinha, amazônica e brasileira.

O bom filho ou amigo de calama deve divulgá-la onde estive e por onde for, e fazer com que outros venham se apaixona por ela, os que lá vivem devem neste ano de eleições municipais se unirem em torno de uma proposta verdadeira e não se dispensar buscando promessas que não visão o bem estar da coletividade. Os que olham apenas para seu umbigo parem de querer expulsar todos que verdadeiramente amam Calama. Unir-vos se não Calama será apenas uma bela lembrança. Abaixo os poucos elementos que vivem em Calama e só olham para seu umbigo, abaixo todos que não tem espírito coletivo.

Visite a comunidade Vila dos Botos na webpage orkut.

sábado, 13 de setembro de 2008

futurus incertus: Bolívia

  



EUA expulsam embaixadores da Venezuela  e da Bolívia em retaliação aos presidentes destes dois países por terem expulsado os embaixadores estadunidenses.



Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira que o embaixador da Venezuela Bernardo Alvarez Herrera está expulso do país. O ato é uma retalhação dos EUA, em resposta à decisão do presidente venezuelano,Hogo Chávez , de expulsar o embaixador americano em Caracas, Patrick Duddy.

Chávez afirmou ontem (11/09) que deu um prazo de 72 horas para Duddy sair da Venezuela em solidariedade à acusação feita pelo presidente da Bolívia,Evo Morales, contra os EUA, nesta semana. Morales afirmou que os EUA apóiam os violentos protestos que grupos contrários a ele têm promovido em grande parte do país.

Para o presidente Evo Morales, os EUA têm interesse em apoiar seus opositores porque eles têm iniciativas separatistas. Como conseqüência, determinou a expulsão do embaixador americano em La Paz, Philip Goldberg. No dia seguinte, Washington determinou a expulsão do embaixador da Bolívia, Gustavo Guzman.

Bolívia

Essa crise diplomática entre os EUA, a Bolívia e a Venezuela se acirraram nesta semana por causa das afirmações do Presidente Morales de que os grupos que fazem oposição a ele contam com apoio americano, já que têm ideais separatistas.

Recentemente, esses grupos anti-Morales têm realizado freqüentes e violentos protestos em cinco dos nove departamentos (Estados) do país. Nesses cinco departamentos --Santa Cruz, Pando, Beni, Tarija e Chuquisaca--, os governadores são da oposição. Ontem, em confronto ocorrido no norte da Bolívia, oito camponeses morreram.

Os anti-Morales reivindicam que o governo devolva aos seus departamentos a renda oriunda do petróleo que, desde janeiro passado, é destinada a um programa nacional de assistência aos idosos. Eles rejeitam o projeto da nova Constituição e pedem autonomia.

Não há dúvida que as forças anti-morales são o que há de mais conservador que defendem a desigualdade e a injustica social fatores que garante o desenvolvimento apenas para uma minoria privilegiada.


 




sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Cultura



Latuscultus
blog:12:33
Porto Velho, Rondônia.Brasil
Quinta-feira 12/09/2008


Comentário


No Brasil e talvez em muitos países do ocidente, se tem pouco conhecimento da história do Japão, da China, da Índia, da Arábia e do oriente como um todo. Não é demérito algum não sabem a história do oriente, mas revela o desejo ocidental de omitir a verdade por vários fatores ideológicos e geopolíticos. Se perguntarmos a um professor de história algum fato ou acontecimento da história do Oriente, constataremos a triste realidade que mesmo um graduado ou bacharelado em história em nosso país pouco conhece sobre o tema. Temos a maior comunidade nipônica do mundo fora do Japão. Recentemente foi comemorado o centenário da imigração japonesa para o Brasil,e não conhecemos a história deste país.


Prof. José Cícero Gomes


Sangaku: A Geometria Sagrada
O florescimento da matemática japonesa



As compilações de problemas geométricos que decoravam santuários do Japão, no início do século XVII num período histórico conhecido como Edo. Tais escritos matemáticos revêem e solucionam enigmas que ainda são intrigantes, hoje, mas o eurocêntrismo ocidental nos sega, e não nos deixa vermos a grandeza do oriente.
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No início do século XVII, período que antecede a reforma Meiji que é o início da ocidentalização do Japão que deu origem ao atual Japão. O grande Tokugawa Ieyasu concluiu a unificação do Japão e deu iniciou a era Edo. Implantou o seu xogunato e se estabeleceu na cidade de Edo ( atual Tóquio ). O xogunato existiu por mais de 250 anos,e os xoguns governaram o Japão de forma feudal, e garantiu um período de paz, mas com restrições de contatos estrangeiros. Durante o período Edo os japoneses estavam proibidos de manter contato com estrangeiros sob ameaça de pana de morte. Mas a Poesia, a música, as artes plásticas e a literatura floresceram durante este período de relativo isolamento. A maior expressão da cultura japonesa do período foi sangaku - uma combinação de matemática e arte. Os sangaku eram gravuras em madeira de até vários metros que ilustravam os santuários Xintoístas e os templos budistas para exibição pública. Muitos sangaku históricos respondem questões geométricas sem provas, talvez para demonstrar a proeza matemática do apresentador. E os seus sagrados conteúdos ficam claros: estas gravuras podem ter sido educativas ou podem ter assinalado gratidão por assistência divina na resolução de um problema matemático. Das muitas gravuras criadas, apenas uma fração sobrevive, e elas têm recebido pouca atenção dos historiadores para sua importância na construção da história do xogunato japonês. A matemática no Japão da era Edo foi desenvolvida a partir de contribuições chinesas.
A principal fonte histórica é um clássico chinês intitulado Jiuzhang Suanshu, segundo historiadores japoneses sua primeira publicação data do final da dinastia Han (208 a.C. – 8 d.C). Neste livro já revela os conhecimentos matemáticos do povo chinês (sistemas lineares, regra de três, divisão em parte proporcionais, e regra da dupla – falsa – posição; geométricos: cálculos de áreas e volumes). Além disso, os japoneses conheceram a obra euclidiana através do contato e da contribuição chinesa. Por volta do final do século XVI o missionário italiano da ordem jesuíta Matteo Ricci(1552-1619) contribui para enriquecer ainda mais a cultura matemática do povo chinês com sua tradução dos seis primeiro livros de Euclides para o chinês, estas traduções foram feitas em parceria com discípulos chineses. O seu objetivo seria a divulgação do cristianismo, mas sua maior contribuição à cultura chinesa foi o iniciou de um programa de traduções de obras ocidentais. E de algum modo ainda não bem esclarecido toda esta cultura matemática chega ao Japão. Neste momento inicia-se um fenômeno histórico-cultural sem precedentes em lugar nenhum do mundo na história da matemática: os matemáticos japoneses desenvolvem uma habilidade muito grande no uso do ábaco (sorobam) e em suas aplicações. Nesse período o Japão criaram varias escolas matemáticas, devidos os concursos públicos que o governo fazia para recrutar funcionário público para trabalhar como fiscais e cobradores de impostos. Nestas escolas eram comuns os desafios matemáticos. É nesta conjuntura histórico-cultural que surgel o sangaku: as geometrias sagradas, escritas numa língua antiga do Japão, o Kanbum, com teoremas geométricos que revelam problemas matemáticos com um grau de dificuldade elevado.

Futurus incertus: Educação


Educação versus Corrupção



Texto do Professor Nazareno

Tema: “O Brasil tem um dos piores sistemas de educação do mundo. A média de escolaridade de um trabalhador brasileiro é inferior a cinco anos enquanto nos países desenvolvidos ultrapassa os 12 anos. As nossas escolas, principalmente do setor público, estão em petição de miséria, caindo aos pedaços. Os governos, em geral, nunca investiram o que deviam para educar a população que por sua vez também quase nunca cobra ou fiscaliza as verbas destinadas a este fim. Os professores, mal remunerados, parecem estar desmotivados e quase sempre se mostram sem compromisso com as futuras gerações gerando um círculo vicioso onde todos perdem.” Produza um texto dissertativo, redação estilo ENEM, cujo tema seja:
Educação: o caminho mais provável para resolver os eternos problemas do BrasilSugestão de texto (estilo ENEM) para este tema:
Educação, base para o progresso de qualquer país
Observando-se o quadro dos países de Primeiro Mundo, das principais potências econômicas da atualidade, percebe-se quase sempre que o índice de analfabetismo é insignificante ou próximo de zero.Grande parte destas nações conseguiu resolver alguns dos seus problemas apostando nos seus sistemas de educação.O Brasil, considerado país emergente, nunca deu a devida importância para este vital setor. E mesmo figurando entre as principais economias do planeta, o nosso país ostenta posições vergonhosas quando o item é qualidade de vida de seus habitantes. As nossas autoridades e a população em geral parece que não conseguiram ainda perceber o valor da educação e a sua importância para o nosso desenvolvimento.A Coréia do Sul e o Japão são exemplos, dentre outros, de países arrasados em guerras recentes que valorizaram o ensino e emergiram no século vinte e um como verdadeiras potências. Estas nações de economia fortemente industrializada e de amplo domínio tecnológico, têm nas suas escolas de qualidade a base de suas economias e o motivo para terem um dos melhores padrões de vida da atualidade.A falta de uma boa escolaridade para a nossa população tem reflexos na sociedade como um todo. As instituições públicas funcionam mal. Há corrupção demasiada na política, colapsos em vários setores e comprometimento total da infraestrutura do país. Sem uma educação de qualidade, o nosso povo padece de uma crônica falta de soluções para problemas que parecem simples.O Governo e a população brasileira em geral precisam priorizar a educação de maneira urgente. Num mundo globalizado fica muito difícil vencer as barreiras impostas por quem detém o conhecimento já que a riqueza de um país hoje se conta pelo número de habitantes que têm acesso a uma educação de qualidade e não mais pelos recursos naturais existentes. Mestrados, doutorados e PHDs são o ouro que temos em escassez.
Professor Nazareno
Outro tema:
TEMA: “A sociedade não é vítima, mas autora. Somos responsáveis pelos políticos em geral, pelos homens públicos que aí estão”. Marco Aurélio de Mello, Presidente do Tribunal Superior Eleitoral. A corrupção nos meios políticos do Brasil tem gerado uma imagem negativa para o país mundo afora. Diariamente, a mídia noticia casos e mais casos de escândalos e desvios de verbas públicas. As operações da Polícia Federal brasileira têm nomes para todos os gostos. O Brasil perde milhões com esta prática já rotineira Política no Brasil virou sinônimo de casuísmo e enriquecimento ilícito. Produza uma redação tradicional, texto dissertativo-argumentativo, (mínimo de 15 linhas e 04 parágrafos, estilo ENEM), cujo tema seja:A corrupção na política brasileira empobrece o país e acentua as desigualdades sociais.Observações: O seu texto deve ter apresentação, desenvolvimento e conclusão. Use a experiência adquirida durante toda a sua vida para desenvolver o tema. Não se esqueça de sugerir algo para resolver ou amenizar o problema proposto. Dê um título para a sua redação.Sugestão de texto (estilo ENEM) para este tema:
Democracia Corrupta, Política de Poucos
O Brasil é uma das maiores democracias do mundo. São mais de 130 milhões de eleitores que a cada dois anos participam de eleições para a escolha de seus governantes. Do Presidente da República até o mais humilde vereador, todos têm que passar pela aprovação do eleitorado.No entanto, o brasileiro, de um modo geral, não gosta da política nem dos políticos. Não é difícil para o nosso cidadão eleitor associar prática política com roubalheira, enriquecimento ilícito, desmandos, desvios de verbas, tráfico de influência e toda a sorte de ladroagem.Ressalte-se ainda que a corrupção na política deve existir em todos os países do mundo. Mas o que diferencia a nossa das outras talvez seja a impunidade, por falta de uma legislação pertinente, e a pouca ou nenhuma fiscalização de quem elege esses políticos corruptos.Por isso, parte dos recursos públicos necessários para promover os investimentos sociais de que a população carente tanto necessita são vergonhosamente desviados por estas autoridades travestidas de bandidos, acentuando desta forma o abismo social entre pobres e ricos e empobrecendo o país como um todo.Desse modo, não basta apenas criar mais leis para punir os corruptos. É necessário que o eleitor seja mais exigente na hora de votar e se conscientize de que cada centavo desviado fará falta na melhoria da sua qualidade de vida. Afinal, somos responsáveis, eleitores e eleitos, pela construção de um Brasil melhor. E livre desta praga: a corrupção.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Notitia:Olimpíadas de língua portuguesa

https://ww2.itau.com.br/itausocial/premio_escrev_fut/index.html

Genese ab Universum secudum scintia: A volta ao Big Bang

O regresso a gênese do universo

Prof. José Cícero Gomes




- Cientistas de varias partes do mundo comemoraram o fato de ter corrido tudo bem ao ser ligada, esta gigantesca máquina de colidir partículas (LHC) que pretende recriar as condições do Big Bang, a grande explosão que teria dado início ao universo.



Hoje teve inicio a experiência científica que vai tentar reproduzir o início do Universo. Uma experiência iniciada esta manhã perto de Genebra, na Suíça, no maior acelerador de partículas que é também o mais complexo instrumento científico do mundo já construído pelo homem, que os cientistas procuraram responder com ele algumas questões fundamentais de natureza até filosóficas sobre a origem do universo e da vida na terra. O LHC foi projetado para simular o que realmente ocorreu no big bang através de colisão de partículas de protões em uma velocidade próxima da velocidade da luz. Nesta manhã, o LHC foi acionado com sucesso e partículas de protões passaram a circularem dentro de um túnel de vinte e sete quilômetro de circunferência que foi construído para lhe abrigar. O próximo passo dos físicos será projetarem outras partículas na direção contraria para que possam se chocar, recriando assim as condições que existiam no universo no instante após o big bang.