sábado, 13 de setembro de 2008

futurus incertus: Bolívia

  



EUA expulsam embaixadores da Venezuela  e da Bolívia em retaliação aos presidentes destes dois países por terem expulsado os embaixadores estadunidenses.



Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira que o embaixador da Venezuela Bernardo Alvarez Herrera está expulso do país. O ato é uma retalhação dos EUA, em resposta à decisão do presidente venezuelano,Hogo Chávez , de expulsar o embaixador americano em Caracas, Patrick Duddy.

Chávez afirmou ontem (11/09) que deu um prazo de 72 horas para Duddy sair da Venezuela em solidariedade à acusação feita pelo presidente da Bolívia,Evo Morales, contra os EUA, nesta semana. Morales afirmou que os EUA apóiam os violentos protestos que grupos contrários a ele têm promovido em grande parte do país.

Para o presidente Evo Morales, os EUA têm interesse em apoiar seus opositores porque eles têm iniciativas separatistas. Como conseqüência, determinou a expulsão do embaixador americano em La Paz, Philip Goldberg. No dia seguinte, Washington determinou a expulsão do embaixador da Bolívia, Gustavo Guzman.

Bolívia

Essa crise diplomática entre os EUA, a Bolívia e a Venezuela se acirraram nesta semana por causa das afirmações do Presidente Morales de que os grupos que fazem oposição a ele contam com apoio americano, já que têm ideais separatistas.

Recentemente, esses grupos anti-Morales têm realizado freqüentes e violentos protestos em cinco dos nove departamentos (Estados) do país. Nesses cinco departamentos --Santa Cruz, Pando, Beni, Tarija e Chuquisaca--, os governadores são da oposição. Ontem, em confronto ocorrido no norte da Bolívia, oito camponeses morreram.

Os anti-Morales reivindicam que o governo devolva aos seus departamentos a renda oriunda do petróleo que, desde janeiro passado, é destinada a um programa nacional de assistência aos idosos. Eles rejeitam o projeto da nova Constituição e pedem autonomia.

Não há dúvida que as forças anti-morales são o que há de mais conservador que defendem a desigualdade e a injustica social fatores que garante o desenvolvimento apenas para uma minoria privilegiada.