sábado, 6 de dezembro de 2008

Futurus Incertus: Cuba no novo cenário político do continente americano





Estados Unidos versus Cuba: 50 anos de uma batalha de Golias armado até os dentes contra Davi sem o estilingue e a pedra, um confronte de forças desproporcionais.


Prof. José Cícero Gomes


Da revolução cubana aos nossos dias já se vão um meio século de perseguição e tentativas estadunidenses de destruir a soberania do povo cubano. Agora, nós latinos estamos apreensivos e um pouco esperançosos com a chegada de Barack Obama à Casa Branca será que o embargo econômico imposto pelos E.U.A. vai chegar a ter um fim, quando as peças no tabuleiro da política e seus argumentos forem articulados pela nova equipe de política do presidente eleito no próximo ano.
Se há um país que tem marcado a história do povo cubana é o E.U.A.,digo marcado de forma negativa como um eterno inimigo. Desde o triunfo da revolução em 1959, Washington encarnar o papel do adversário beligerante que tem procurado isolar Cuba do resto do mundo, e se tornou o inimigo que permitiu que o governo em Havana construisse o conceito de um lugar sob cerco, que legitimou a sua argumentação com que garantiu muitas das medidas adotadas no país.
Emergiu como um processo político na Guerra Fria, a revolução cubana foi apresentada como o paradigma na luta do povo latino-americano contra o imperialismo estadunidense no continente americano. Os E.U.A. se acercaram muito bem em toda América latina e Caribe para evitar que o exemplo cubano se repetisse. Já que os cubanos tinham vencido a revolução liderada por Fidel Castro contra a ditadura de Fulgência Batista e o imperialismo estadunidense.


Nas décadas de 60 e 70 os E.U.A. tornam legitimo uma meia dúzia de ditaduras militares na América Latina. A do Brasil em 1964 a 1895 é um modelo clássico das ditaduras apoiadas por Washington no mundo latino.Castro é o símbolo da resistência ao imperialismo estadunidense no continente Americano, o único governante que se opôs com êxito ao interesses norte-americanos, mas para isso, seu povo teve que pagar um preço muito alto. Mas, se o povo cubano não tivesse resistido, creio que sua situação econômica não estaria melhor porque outros irmãos latinos do caribe e América latina que se dobraram aos algozes do norte, continuam mergulhados na miséria.
Desde Dwight David Eisenhower 34º presidente até George Walker Bush 43º presidente estadunidense, a nação cubana vem resistido as tentativas de destruição de sua soberania por todos que já passaram pela Casa Branca. Será que o 44º presidente, o senhor Barack Obama porá fim ao orgulho ianque e se aproximará de Havana de forma amistosa, e colocará um fim nesta peleja desigual.Não quero acredita nas palavras de Marx,”não é a consciência dos homens que determina o seu ser social, mas, ao contrario, é o seu ser social que determina sua consciência”. Se for assim, não temos muito que esperar do novo presidente estadunidense.
No entanto, a chegada de Barack Obama à Casa branca poderia significar uma mudança radical de cenário, mas para isso teria que começa pondo fim ao embargo econômico. tal medida, já seria um grande passo rumo a apróximação das duas nações, mesmo que não conseguisse apagar as feridas e as dores provocadas por este embargo que os Estados Unidos mantém contra a ilha desde 1962.





Durante a campanha presidencial que culminou nas eleições de 4 de novembro, Obama deu sinal que pretende ter uma política diferente no que se refere a cuba, da que fizeram seus antecessores. Será ele mais flexível.
Suas palavras foram “Nós não podemos continuar fazendo a mesma coisa e esperamos mais de um resultado diferente”.






Já deveria está claro para os E.U.A. que com imposições e ameaças não é possível conseguir nada desse povo heróico, que é o povo cubano.