quarta-feira, 21 de abril de 2010

A poética do Cerrado, uma trajetória



Candanga, a alma leve dos cerrados,


a moça e seus cabelos, nos longes de Goiás.

Candangos nós, teus filhos de adoção.

Candangos nossos filhos, nascidos do teu chão.



A mão que te acenou de tão distante

foi quem prometeu que te faria.

Trocou o talvez por neste instante,

e a cidade assim se fez.



Candangos Vladimir, Bertran, Oscar, Sayão,

Candangos Lúcio, Vera, Nicolas, Bulcão


Candangos Teodoro, Cássia, Renato, Catalão.




Misteriosos como os campos de cerrados

de longe, apenas troncos retorcidos

de perto, segredos revelados:



água de mina, raízes, folhas, flores

beleza pura que explode por detrás

dos detalhes escondidos na aridez

da vastidão dos campos de Goiás.

Paulo José Cunha
Fonte:http://pintoandrade.multiply.com/reviews/item/9