segunda-feira, 31 de março de 2008

Carmĭnis XI

Sueños de eneros
La tarde mascaba la noche
la noche el sol adormecía
dos dimensiones la mesas del día
siendo de cada una el azote
Archivo de vuelos fuera de órbita
la noche, asa de la fantasia
consede partos la muchas viajes
-En su útero hay muchos plurales
Pero
aquella noche
de besos muchos
los cielos parecian hablar
de tan dichosa
-Animales bestiales son a la abstación y lo deseo
Y Dios somos nosotros todos
en nesta miracion singlante y borrascosa
hablando con nosotros mismo
en los oscuro de nuestras claridades nómadas
de: Zeca Dominges Silva

sábado, 15 de março de 2008

futurus incertus








Manifestações no Tibetê contra a dominação da República Popular da China deixam vários mortos
O Tibete é um país da Ásia Central, dominado pela República Popular da China desde 1950, quando foi ocupou militarmente pelo exército de chinês. Mas a China reivindicava o reino do Himalaia como seu desde o século XIII. Um ano depois da instauração da República Popular por Mao Tse-tung, o tibetanos iniciam sua luta para recuperar a sua soberania. Quando os chineses chegam na região encontram uma teocracia budista .
Em maio de 1951, os governos de Lhasa --capital do Tibete-- e Pequim chegaram a um acordo que selou a "volta à pátria" do Tibete com a assinatura do 14° Dalai Lama, o líder espiritual dos tibetanos.
Após alguns anos de frágil convivência e incidentes esporádicos, em março de 1959 aconteceu uma revolta contra "a ocupação" e a "socialização forçada" que foi reprimida com um saldo de milhares de mortos.
Então, o Dalai Lama, que disse ter assinado o acordo de 1951 sob pressão, abandonou o país e fundou um governo no exílio ao norte da Índia, em Dharamsala, que defende a não violência sem renunciar à recuperação dos direitos políticos e culturais de seus compatriotas.
Reverenciado no o mundo todo, particularmente nos países ocidentais, o Dalai Lama se rebela contra o crescente domínio das autoridades chinesas sobre seu país, os deslocamentos de população em favor dos "Han" --a etnia maioritária da China-- e a destruição de edifícios culturais e religiosos.
O Tibete é conhecido como "teto do mundo" pois é um vasto planalto localizado a mais de quatro mil metros de altitude. Seus habitantes estão cercados pelas montanhas do Himalaia e por desertos; mas na verdade, isolados do mundo, pois a maioria esmagadora da população desconhecem os avanços da socidade ocidental.
O clima da região é bem rigoroso; a neve permanece nove meses durante o ano. É o país mais religioso do mundo, chegando a ser uma nação unificada no século III d.C., devido à expansão do Budismo. Depois, o país foi dividido em pequenos principados, invadido por mongóis. O primeiro Dalai Lama, autoridade máxima do Budismo Tibetano, assumiu em 1642. O povo tibetano habita a capital Lhasa, fundada há 14 séculos.
Atualmente, existem duas Lhasas, a tradicional - que possui sólidos edifícios de três andares, com telhados coloridos e decorados -, e a moderna -, que surgiu após a invasão chinesa, com uma arquitetura utilitária e largas avenidas. É na velha cidade que se encontra o mais sagrado dos templos tibetanos, o Jokhango, construído no século VII d.C., centro espiritual da nação, que recebe vários peregrinos.
Ao redor do templo, existe um caminho chamado Barkhor, um exótico mercado ambulante de produtos artesanais. Helena Blavatsky, fundadora da Teosofia, designou esse país como o "centro energético do mundo".No Tibete existe o palácio Potala, que é a imagem mais representativa da nação. Possui treze andares, construído com cobre fundido, para protege-lo dos terremotos.
Em Potala, os livros sagrados budistas eram impressos manualmente, e ainda estão guardadas as escrituras budistas como o Tanjur, com 227 volumes, e o Kanjur, com 108 volumes. Os textos apócrifos relatam a possibilidade de Jesus ter estudado no Tibete; é comum ouvir sobre essa história na velha cidade. O Tibete pode estar longe do mundo, mas é o único lugar do planeta onde os homens procuram desvendar os enigmas da alma humana.
Atualmente, o 14º Dalai Lama, tenta negociar a liberdade do povo tibetano da China. Na sua última conferência realizada nos Estados Unidos em 2001, ele disse: "através da visualização, dou aos chineses meu pensamento positivo, e em troca, recebo a ignorância". A liberdade do Tibete é uma tarefa árdua, que dura mais de cinqüenta anos, contando com a ajuda da ONU e do reconhecimento de poucos outros países. "Claro que há mortos", declarou mais cedo à agência de notícias France Presse por telefone uma funcionária do centro médico de urgência. "Estamos ocupados com os feridos, há muitos aqui", acrescentou, sem precisar se as vítimas eram monges.
A Radio Free Asia (RFA), citando testemunhas em Lhasa, anunciou ao menos dois mortos.
Nenhum morador ouvido por telefone pôde confirmar se prosseguiam os incidentes ou se estava em vigor um toque de recolher, explicando que ninguém saía de casa há várias horas.
"Não há ninguém fora a esta hora, nem os tibetanos nem os 'hans' (etnia chinesa). Só estão nas ruas os que fazem a guarda", declarou o empregado de uma escola de Lhasa.
A International Campaign for Tibet (ICT), um movimento de defesa da causa tibetana, afirmou que as autoridades "decretaram a lei marcial", com base em algumas fontes.
Vários recepcionistas de hotéis ouvidos pela France Presse disseram que "tudo estava calmo", confirmando a informação da agência Xinhua, após "um dia conturbado no qual vidraças foram quebradas e lojas, queimadas". Um templo teria sido incendiado deixando várias pessoas feridas.
As autoridades chinesas culpam o líder espiritual Dalai Lama pelos episódios.
A cinco meses dos Jogos Olímpicos de Pequim, num momento em que a campanha de contestação tibetana aumenta contra o poder chinês, os protestos estão sendo considerados os mais significativos desde o levante dos tibetanos em março de 1989.

A violência eclodiu na cidade de Lhasa, em particular em torno do célebre mosteiro de Jokhang, um local de grande atração turística, após vários dias de manifestações de monges budistas.
Apelos à moderação foram expedidos de várias capitais estrangeiras, assim como do Dalai Lama, o líder religioso no exílio dos budistas tibetanos, que pediram à China para "não usar a força" no Tibete.
Os manifestantes "saquearam lojas chinesas, e a polícia respondeu atirando contra a multidão. Ninguém tem o direito de se deslocar em Lhasa agora", informou uma fonte tibetana à rádio com sede nos Estados Unidos.
Citando relatos de cidadãos americanos, a embaixada dos Estados Unidos em Pequim informou que muitos tiros foram ouvidos --informação endossada por uma turista estrangeira em declarações à France Presse.
"Ouvimos tiros", disse ela, afirmando que estava hospedada num hotel central. O chineses responderam aos rebeldes com uma violenta repressão militar.

Carmĭnis

Dia nacional da poesia

Todo dia é dia de poesia porque todo dia é dia de falar do amor ou do desamor, do prazer ou da dor, da felicidade ou da tristeza, da admiração ou da indignação, ... É dia de aplaudir ou protestar.Todo dia é dia do poeta e da sua arte. Em todos os cantos do mundo, em todos os momentos, há alguém evocando sensações, impressões e emoções por meio de sons e ritmos harmônicos.
Antigamente, as poesias eram cantadas, acompanhadas pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga. Por isto, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico.

Ontem dia 14 de março comemoramos o Dia Nacional da Poesia pois foi nesta data que nasceu o grande poeta brasileiro Castro Alves. Poeta romântico, Castro Alves morreu de tuberculose na capital baiana Salvador em 06 de julho de 1871, com apenas 24 anos. Ele escreveu poesias importantes como “Navio Negreiro” e, não à toa, ficou conhecido como poeta dos escravos. Por ser um dos grandes expoentes da poesia romântica no Brasil é que Castro Alves é homenageado até hoje.

A poesia é uma arte literária e, como arte, recria a realidade. O poeta Ferreira Gullar diz que o artista cria um outro mundo “mais bonito ou mais intenso ou mais significativo ou mais ordenado – por cima da realidade imediata”.
Para outros, a arte literária nem sempre recria. É o caso de Aristóteles, filósofo-grego que afirmava que “a arte literária é mimese (imitação); é a arte que imita pela palavra”. Geralmente a expressão “poesia” se aplica à estrutura de texto em versos. Os versos são as “linhas” do poema. Um conjunto de versos forma uma estrofe.

Educatio superior






O professor - historiador





O ensino de história mudou nas últimas décadas.... e mudou para melhor.
O nível do profissional de história melhorou muito nos últimos anos no Brasil. Os professores de história não se preocupam mais com datas e fatos, nem com o nome dos "grandes personagens". Não basta conhecer os momentos "mais importantes" do passado e quem fizeram estes momentos.
Agora você tem que pensar a História, comparar as histórias, analisar a história, escrever a história, relacionar presente e passado. É está preparado para diagnosticar o presente a luz da história, e ser capaz de supor como será o futuro com base na analise da construção histórica de hoje.

Nos últimas décadas a USP, Unicamp, Unesp, FGV, UERJ ,UFRJ, UECE, UFCE, UFPE e outra boas universidades brasileiras modificaram gradualmente suas grades curriculares que, apesar de serem diferentes entre si, tornaram mais claros seus objetivos e procuraram adequá-los a formação de um profissional antenado com a Lei de Diretrizes e Bases, e preparado para a docência.Não apenas um bacharelado alheio aos meandros próprios da educação de ensino fundamental e médio, mas o acadêmico de história hoje pode sair da universidade com a preparação para o exercício da docência e da pesquisa. Um verdadeiro professor historiador.

A preocupação do ensino de história é a formação integral do aluno, com o desenvolvimento de habilidades e competências que envolvem a análise, a comparação, a compreensão das diferenças entre as sociedades e seus desenvolvimentos. Existe uma grande preocupação com a formação e desenvolvimento da cidadania e isso se expressa no processo de ensino-apendizagem.

Isso significa que os grandes profissionais de história pretendem produzir dentro de suas escolas alunos que tenham capacidade de estabelecer relações e realizar analises, construindo suas próprias conclusões, ou seja leitores de mundos. Podemos afirmar que, para esses professores-historiadores, o ensino da história não é feito de datas e de heróis, não interessam as "curiosidades históricas", os "fatos pitorescos", saber nomes e datas e não desenvolver a capacidade de estabelecer relações.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Fides, politiké, prosperitate et sexu

Qual balanço você faz entre o aspecto negativo dos escândalos evangélicos e os escândalos do clero católico? Quando o escândalo e do meio católico a mídia protestante ou a serviço dela generaliza como se no mundo católico só existisse pervertidos. Mas se a impressa divulga um escândalo do universo protestante muitos definem como perseguição aos evangélicos. Pode haver em outra nação católica, tal perseguição. Mas no Brasil não há preconceito contra “evangélicos”, digo contra protestantes porque todo cristão é um evangélico, até os kardecistas são evangélicos. Por falar em preconceito, os que se julgam os únicos evangélicos são preconceituosos e arrogantes, por fazer distinção entre os cristãos, e se julgarem trigo e os outros joios. Principalmente quando eles falam de católicos. Estão sempre noticiando em primeira mão os casos de pedofilias e homossexualismo dentro da igreja católica, como se fossem exclusividades da Igreja Católica, no entanto, não divulgam seus próprios escândalos. Talvez por não se responsabilizarem pelos atos dos seus bispos, pastores e congregados, ou talvez, levando-se em conta que podem copular e casar, o índice seja realmente menor, mas existe. Alias, independentemente de credo ou raça, devassidão existe desde que o mundo é mundo, não é só "privilegio" da Igreja católica. O fato é que divulgam nessa proporção no intuito de mostrarem que suas instituições religiosas são mais santas. São os interesses escusos acima do jornalismo ético.
O padre Júlio Lancelotti está sendo vitima desses interesses escusos, primeiro porque é padre, segundo, porque é um ativista dos direitos humanos e um militante da ala esquerda da Igreja. Cadê que a midia dita evagelica deu enfase aos escandalos dos seus proprios líderes religiosos.
A numerosa comunidade de cristãos evangélicos nos EUA reagiu estupefata a notícia do escândalo sexual em que evolveu-se o Pastor evangélico Ted Haggard , segundo a impressa dos EUA, este pastor teria contratar os serviços sexuais do jovem Mike Jones , Haggard é o fundador da mega-igreja Nova Vida, Presidente da Associação ...
No Brasil, depois do assustador escândalo em que alguns políticos evangélicos se envolveram num golpe que desviava dinheiro de orçamento da Saúde, e no escândalo do mensalão, havia pelo menos um evangélico envolvido: o Bispo Carlos Rodrigues, do PL do Rio de Janeiro e integrante da Igreja Universal. ... O escândalo da CPI dos Sanguessugas atingiu em cheio a bancada evangélica da Câmara. Além da Igreja Universal, o escândalo da compra superfaturada de ambulâncias respingou sobre parlamentares integrantes de outras igrejas evangélicas, ... O escândalo das sanguessugas pode ser visto como um episodio nefasto, mas pode se visto também como o fato que produzirá uma sociedade protestante menos infantilizada. Talvez, o repúdio dos eleitores evangélicos está ligado, sobretudo ao envolvimento dos parlamentares evangélicos em escândalos recentes, ...
A questão da ética e da moralidade é a bandeira defendida por todo candidato protestante em toda campanha evangélica e esses escândalos pegaram muito mal.



É sabido por todos que o complexo de comunicação Rede Record pertence a um cidadão poderoso chamado Edir Macedo, alto-proclamado bispo, fundador das lojas de indulgências e descarrego Igreja Universal do Reino de Deus, e com um complexo desses meus amigos, haja manipulação para arrebanhar almas contribuintes para suas organizações. Essas boas almas infantilizadas são as mesmas que definem como perseguição, quaisquer comentários realizados em decorrência dos diversos escândalos promovidos por “evangélicos”. ...

O tal “crescimento vertiginoso das igrejas evangélicas” deve-se em parte à teologia da prosperidade, que oferece uma esperança mais imediata do que escatológica, mais egocêntrica do que comunitária, mais fluida do que consistente, mais temporal do que eterna, mais mental do que espiritual. Porque certos grupos crescem mais do que outros, os grupos menores copiam suas estratégias sem qualquer aprofundamento. Instala-se então a concorrência e esta funciona por causa da natureza humana. Até a Igreja Católica entra na jogada para não perder fiéis. A badalada paixão pelas almas de alguns anos atrás cedeu lugar à paixão pelo crescimento numérico. Então, a pregação do pecado, do arrependimento, da conversão, do negar-se a si mesmo, da porta estreita, da solidariedade humana, torna-se impopular e rara. Por incrível que pareça, a denúncia de Santo Agostinho, pronunciada há mais de 16 séculos, é oportuna hoje: “Muitos clamam a Deus com o intuito de adquirir riquezas e evitar prejuízos, pela felicidade temporal e coisas semelhantes. Raramente alguém clama pelo próprio Deus. Assim, é fácil ao homem desejar alguma coisa de Deus e não desejar o próprio Deus, como se o que ele dá pudesse ser mais gratificante do que ele mesmo”. A recente crítica do cineasta católico italiano Antonio Monda, autor de Deus e Eu combina com tudo isso: a “new age” é “a religião em que se aproveita apenas aquilo de que se gosta”.

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quinta-feira, 13 de março de 2008

Educatio Publica

A Escola Pública


Para atrair bons profissionais o estado de Rondônia, precisa remunerar bem seus professores. Uma escola de qualidade tem um custo, que não é baixo. Os professores têm muita dificuldade para ensinar, Encontram salas superlotadas, unidades mal conservadas, salas que mais parece um lixão, supervisores que mais parecem os antigos capatazes do Brasil dos coronéis, e gestores que mais parecem administradores de campos de concentração nazista, são maus pagos, não são valorizados nem como pessoas quanto mais como profissionais, muitos foram formados em universidades que não preparam o acadêmico para a vida docente. Este tem que aprender ensinando. Tudo isso mais o desrespeito do gestor público estadual com a educação e com o indivíduo que faz educação em Rondônia, fazem da educação pública estadual esta coisa lastimável que se encontra nossa escola pública. Assim, se o aluno não aprende, não é porque o professor não sabe ensinar, mais é que a má educação em Rondônia é fruto de um conjunto de problemas endêmicos comuns à educação da maioria dos estados brasileiros. Costuma-se dizer que o Brasil gasta cerca de 4% do PIB [em educação], que não é muito diferente dos 5% nos EUA. Mas os PIBs são muito diferentes. Os 5% nos EUA representam US$ 7 mil [cerca de R$ 12 mil] por ano [por aluno]. No Brasil, são R$ 1.000. Qualquer estudante do colégio Classe A, Dom Bosco ou de qualquer escola particular, seus pais gastam em média três vezes mais que o estado com um aluno da escola pública. Fica evidente que dinheiro e salário [dos professores] fazem diferença, senão a classe média seria burra por gastar tanto com mensalidades.

Carmĭnis X

Los dolores da América

cuando "los cristianos" acá llegaran traeran
tantos dolores, tanto sangre;
tantas enfermidades, tantos llantos.

Y fueran propagando los dolores por las selvas y aldeias
en los corazónes de las madres ameríndias
del centro al sul del continete americano.

Muchas madres gritando como locas
antes que se queden rocas,
pedindo que no llevases sus hijos
para la muerte en las minas, en las plantaciones.

Todos nosotros somos hederos
de muchos pueblos y hijos del mismo dolor.

Cícero

Apostolus latinu




Romero um apostolo da América latina.

Dom Romero, profeta, mártir, filho de Deus e pai espiritual do povo salvadorenho.Sim, Santo porque estava inserindo em um mundo, mas não concordava com ele. E como todo Santo que se preza profeta porque protestava contra os desmandos e a exploração dos seu povo pelos mandatários do seu país. Alguns bispos latino-americanos, no dia 29 de março de 1980, às vésperas dos funerais de dom Romero, assinou um documento que dizia: “Três coisas admiramos e agradecemos no episcopado de dom Oscar A. Romero: foi, em primeiro lugar, anunciador da fé e mestre da verdade [...]. Foi, em segundo lugar, um resoluto defensor da justiça [...]. Em terceiro lugar, foi o amigo, o irmão, o defensor dos pobres e oprimidos, dos camponeses, dos operários, dos que vivem nos bairros marginalizados”. Dom Romero foi um grande bispo, porque o seu apostolado foi voltado aos pobres em um continente que carrega tão cruelmente a marca da pobreza das grandes maiorias, enxertou-se entre eles, defendeu sua causa e sofreu a mesma sorte deles: a perseguição e o martírio. Dom Romero é um símbolo de libertação em nossa Igreja Católica da América Latina e de todo um continente onde todos nós somos herdeiros de muitos povos e filhos da mesmo dor.Verdadeiro sucessor de João, Pedro e Paulo, e imitador de nosso Senhor Jesus Cristo como ordenou São Paulo em 1 Coríntios 11:1( Sed mis imitadores, como lo soy de Cristo ). Imitou até mesmo na morte de Jesus, fruto da injustiça dos homens e, ao mesmo tempo, semente da ressurreição [...]. Dom Oscar A. “Romero é um mártir da libertação que o Evangelho exige, um exemplo vivo do pastor que Puebla queria”. Dom Romero, que assistiu em 1979 à Conferência Geral dos Bispos Latino-americanos em Puebla, identificou-se plenamente com o apelo dos bispos à “conversão de toda a Igreja para uma opção preferencial pelos pobres, no intuito de sua integral libertação” (Puebla 1134). Romero viveu sua fé e seu amor aos irmãos excluídos e explorados, num país desgarrado pela violência, foi uma “a testemunha subversiva das Bem-aventuranças que revolveram tudo” e entendeu que tinha de desestabilizar a violência a partir de suas bases, a violência estrutural, a injustiça social. E, por isso, é passou a defender que seria dever da Igreja “conhecer os mecanismos da pobreza”, e indignar-se e procurar diminuir a dor do próximo. Neste 23 de março de 2008 completarão 28 anos daquela homilia, onde ele se fala explicitamente aos homens do exército, da Guardia Nacional e da Polícia de El Salvadodo: “Frente à ordem de matar seus irmãos deve prevalecer a Lei de Deus, que afirma: NÃO MATARÁS! Ninguém deve obedecer a uma lei imoral (...). Em favor deste povo sofrido, cujos gritos sobem ao céu de maneira sempre mais numerosa, suplico-lhes, peço-lhes, ordeno-lhes em nome de Deus: cesse a repressão!”. Serão as últimas palavras do bispo ao país. No dia seguinte, ele é assassinado por um franco-atirador, enquanto reza a missa na capela do Hospital da Divina Providência. O mandante do crime, major Roberto D’Aubuisson, é reconhecido como responsável, mas nunca foi processado.

domingo, 9 de março de 2008

Carmĭnis IX

MULTIDÃO INTERIOR

Olhar a cidade
olhar-se só
no sótão do mundo
mudo
como a multidão interior
barulhentamente silenciosa
em estrutura de Prometeu

A cidade
é o afago do Caos
A fragmentação do Nada
em partículas de Demócrito
Busca-se todos: ninguém


Zeca Domingos Silva

domingo, 2 de março de 2008

Notitia ab historia

ANPUH - Associação Nacional de História

Notitia ANPUH

ANPUH - Associação Nacional de História

Mundus Iuvenis

Jornal Mundo Jovem - um jornal de idéias

Uribe fuĕras advisi ad cháves


Relações diplomáticas abaladas na América do Sul


O presidente venezuelano Hugo Chávez adverte o presidente Álvaro Uribe da Colômbia contra ação anti-Farc em território venezuelano. Numa atitude de repudio a ação do exército colombiano em território equatoriano, que a revelia do governo do Equador, desrespeitou claramente a soberania equatoriana, ao realizar uma operação militar em solo equatoriano, neste sábado passado, que resultou na morte de um dos líderes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e que ocorreu, como foi revelado depois, sem autorização do governo do Equador. Tanto Chaves, quanto Rafael Correa presidente do Equador, criticaram a imprudência das autoridades colombianas. Este último disse inicialmente que queria esclarecimentos sobre este ação militar, sobre a qual foi informado pelo telefone pelo próprio presidente da Colômbia,após a execução desta operação.convocou de volta à Quito o seu embaixador em Bogotá. Chávez, por sua vez, advertiu a Colômbia de que uma operação semelhante contra as Farc dentro da Venezuela poderia provocar uma guerra entre os países.E reiterou:"Não pense em fazer isso aqui, porque isso poderia ser sério, poderia ser razão para uma guerra", advertiu Chávez durante uma reunião de gabinete transmitida pela TV estatal venezuelana no sábado após a operação ter se tornado pública.

sábado, 1 de março de 2008

fabula


O REI MIDAS , rei da Frigia, esta fábula nos conta as disventura de um rei pouco inteligente, que era poderoso, muito rico, mas desprovido de sabedoria. Fala de um homem, que por haver desejado possuir muito mais do que tinha, correu o risco de morrer de fome, e, por ter desejado criticar, sem ter uma precisa competência do que criticava, recebeu como presente um par de orelhas de burro. Sua primeira desventura aconteceu-lhe quando hospedou Sileno. Era, este, um sátiro, fiel e inseparável amigo de Dionísio (o Baco dos Romanos), o deus protetor do vinho e dos banquetes. Durante uma festa, Sileno bebeu um pouco mais do necessário e, embriagando-se, afastou-se dos companheiros e foi parar no jardim do rei Midas. O Senhor da Frigia reteve um sua suntuosa morada, durante dez dias, o velho sátiro e tratou-o com todo o respeito, fornecendo-lhe ótimas iguarias. Passado este período, o Rei entregou o sátiro a Dionísio, e o deus, para recompensá-lo da ótima hospitabilidade dada ao seu amigo, disse-lhe que lhe concederia o que ele lhe pedisse. Ante semelhante promessa, um rei inteligente teria pedido: ou tornar-se ainda mais poderoso e invencível ou ficar sempre bem visto pelos deuses. Midas, ao invés, demonstrou, que para ele, uma única coisa valia no mundo: o ouro. E, na verdade, pediu a Dionísio o poder de transformar em outro tudo quanto tocasse. Dionísio, provavelmente, ficou espantado com esse pedido e, senão fosse o tipo bizarro que conhecemos, talvez houvesse prevenido o incauto monarca para que refletisse bem antes de fazer semelhante proposta. Mas, justamente porque gostava de brincar, não se recusou em atender ao pedido do seu anfitrião, e, desde aquele momento, todo objeto, todo fruto, todo alimento que Midas tocava com a mão transforma-se em ouro. A princípio, uma estúpida alegria invadiu o coração do poderoso senhor da Frigia. Ele, de fato, alegrou-se por haver gasto tanto dinheiro parra tratar de maneira conveniente uma pessoa tão cara a Dionísio, porque, certamente, ele se teria recompensado com fartura da despesa e, com orgulho, pensava que se tornaria o rei mais rico de toda a terra. Mal Midas tocava uma coxinha de cabrito, logo esta se tornava um belo lingote de fulvo ouro, mesmo conservando a forma de coxa. Tomava na mão uma taça repleta de vinho, e tanto a taça como o conteúdo transformavam-se em ouro. Mandava trazer um prato de figos e estes, mal tocados, transformavam-se no precioso metal. Isso acabou em que, dois ou três dias depois, e outras tantas noites, Midas pudera enriquecer seu tesouro com uma imensa quantidade de ouro, mas não conseguia engulir nem um pedaço de torta e, pela grande fome que sentia, não mais se agüentava de pé. Rogou, então, imediatamente, a Dionísio que ficasse com o dom que lhe concedera, do contrário ele acabaria morrendo de inérdia! Dionísio aconselhou o Rei a mergulhar no rio Pactolo, que corre nas proximidades da cidade dos Sardos. Midas apressou-se a ir até lá, tomou um banho e ficou livre daquele dom, enquanto o rio se tornou rico de areias auríferas. Assim, podemos acrescentar que os antigos encontraram uma explicação mítica para a abundância de tais areias no Pactolo. Esta lição poderia ter tornado um pouco mais cauto o ingênuo Midas, mas assim não aconteceu: pouco tempo depois da aventura do ouro, devia ocorrer-lhe outra, ainda mais desastrosa. Na Frigia, no monte Tmolo, houve uma competição musical entre o deus Apolo e o deus Pã, protetor dos pastores. Os dois competidores tinham entregue a missão de árbitro a Tmolo, deus da montanha, e este proclamou Apolo vencedor. Todos aprovaram tal decisão, mas Midas, que não tinha motivo algum para interferir, e que de música nada entendia, declarou Apolo inferior a Pã. Apolo ficou ressentido com isso e vingou-se. Já que o rei Midas demonstrara ser um burro, exprimindo aquele insensato parecer, fez-lhe crescer orelhas como as de um asno. Imaginem só a dolorosa surpresa de Midas, sua vergonha, e seu temor, ao pensar no quanto seus súditos iriam rir por terem um soberano dotado de semelhantes pavilhões auriculares. Procurou, então, ocultar a vingança de Apolo, pondo na cabeça um alto gorro, que lhe ocultava as orelhas. Chegou, porém, o dia em que teve que recorrer a um servo, para que lhe cortasse os cabelos, que se haviam tornado longuíssimos. Escolheu aquele que lhe pareceu mais obediente e fiel, e recomendou-lhe que mantivesse no mais absoluto silêncio sua infelicidade. O servo-cabeleireiro não violou o juramento prestado, nem revelou jamais o segredo a nenhuma alma viva, mas não conseguiu guardá-lo para si. Tinha jurado não o revelar a nenhum ser vivo, portanto, não passara por perjuro se o confiasse à terra. Cavou um buraco no chão e nele murmurou o que Midas não queria que soubesse, e sentiu-se aliviado de um peso enorme, como todos os faladores que não ficam satisfeitos enquanto não externam o que devem calar. Mas, um dia, justamente sobre o buraco, já entupido, nasceu um caniço, cujas raízes desceram até tocar no buraco, e absorveram deste as palavras do servo. E os caniços repetiam, farfalhando, ao vento, por uma infinidade de vezes, de modo que muita gente o ouviu, o segredo das orelhas de Midas, que, assim, se tornou o divertimento de todos os bisbilhoteiros que viviam na Frigia.

Urbs ab quinque millies et quingeni annus


Arqueólogos descobrem cidade de 5.500 anos no Peru

Uma equipe de arqueólogos peruanos e alemães descobriram, nesta semana, uma praça circular do complexo arqueológico de Sechín Bajo, a mais antiga construção peruana, com 5.500 anos de antigüidade.e constitui em uma grande estrutura circular, e tudo indica que se trata de uma das construções mais antigas do continente americano. Este sítio arqueológico fica em Casma, a 370 km da cpital peruana, Lima.Segundo o jornal "El Comercio", os 25 testes de Carbono 14 realizados comprovaram que o local foi construído cerca de 500 anos antes da cidadela de Caral, considerada a mais antiga do Peru até então. Além disso, a construção de Sechín Bajo coincide com o início das culturas egípicia e mesopotâmica.
A praça circular, de dez metros de diâmetro, pertence ao primeiro dos três períodos construtivos do complexo arqueológico de Sechín Bajo, situado em Casma, no departamento de Áncash. Ela se encontra rebaixada em pelo menos dois metros em relação ao solo, foi construída com pedras e adobes retangulares e teria servido como ponto de encontro para socializar as pessoas"Na realidade, esse monumento tem uma arquitetura extraordinária, que começou provavelmente nas construções mais arcaicas e se prolongou pela época mais formativa", afirmou o arqueólogo German Yenque.Ao lado do templo existe outra construção retangular, cuja idade ainda não foi determinada, mas que faz parte da segunda etapa construtiva de Sechín Bajo. A estrutura maior, de 180 metros de comprimento e 120 metros de largura, pertence à terceira fase construtiva, há cerca de 3.600 anos, e compreende vários pátios com reentrâncias.Nessa estrutura, os arqueólogos encontraram um friso em alto relevo que mostrava a figura do "degolador", um personagem mítico que está muito ligado à história antiga do Peru, segundo o "El Comercio"."Aqueles que construíram Sechín Bajo tiveram um alto conhecimento arquitetônico e construtivo. Isso se vê claramente no tratamento aos materiais para que os edifícios fossem resistentes", disse o diretor do projeto Sechín Bajo, o arqueólogo Peter R. Fuchs.