quinta-feira, 13 de março de 2008

Apostolus latinu




Romero um apostolo da América latina.

Dom Romero, profeta, mártir, filho de Deus e pai espiritual do povo salvadorenho.Sim, Santo porque estava inserindo em um mundo, mas não concordava com ele. E como todo Santo que se preza profeta porque protestava contra os desmandos e a exploração dos seu povo pelos mandatários do seu país. Alguns bispos latino-americanos, no dia 29 de março de 1980, às vésperas dos funerais de dom Romero, assinou um documento que dizia: “Três coisas admiramos e agradecemos no episcopado de dom Oscar A. Romero: foi, em primeiro lugar, anunciador da fé e mestre da verdade [...]. Foi, em segundo lugar, um resoluto defensor da justiça [...]. Em terceiro lugar, foi o amigo, o irmão, o defensor dos pobres e oprimidos, dos camponeses, dos operários, dos que vivem nos bairros marginalizados”. Dom Romero foi um grande bispo, porque o seu apostolado foi voltado aos pobres em um continente que carrega tão cruelmente a marca da pobreza das grandes maiorias, enxertou-se entre eles, defendeu sua causa e sofreu a mesma sorte deles: a perseguição e o martírio. Dom Romero é um símbolo de libertação em nossa Igreja Católica da América Latina e de todo um continente onde todos nós somos herdeiros de muitos povos e filhos da mesmo dor.Verdadeiro sucessor de João, Pedro e Paulo, e imitador de nosso Senhor Jesus Cristo como ordenou São Paulo em 1 Coríntios 11:1( Sed mis imitadores, como lo soy de Cristo ). Imitou até mesmo na morte de Jesus, fruto da injustiça dos homens e, ao mesmo tempo, semente da ressurreição [...]. Dom Oscar A. “Romero é um mártir da libertação que o Evangelho exige, um exemplo vivo do pastor que Puebla queria”. Dom Romero, que assistiu em 1979 à Conferência Geral dos Bispos Latino-americanos em Puebla, identificou-se plenamente com o apelo dos bispos à “conversão de toda a Igreja para uma opção preferencial pelos pobres, no intuito de sua integral libertação” (Puebla 1134). Romero viveu sua fé e seu amor aos irmãos excluídos e explorados, num país desgarrado pela violência, foi uma “a testemunha subversiva das Bem-aventuranças que revolveram tudo” e entendeu que tinha de desestabilizar a violência a partir de suas bases, a violência estrutural, a injustiça social. E, por isso, é passou a defender que seria dever da Igreja “conhecer os mecanismos da pobreza”, e indignar-se e procurar diminuir a dor do próximo. Neste 23 de março de 2008 completarão 28 anos daquela homilia, onde ele se fala explicitamente aos homens do exército, da Guardia Nacional e da Polícia de El Salvadodo: “Frente à ordem de matar seus irmãos deve prevalecer a Lei de Deus, que afirma: NÃO MATARÁS! Ninguém deve obedecer a uma lei imoral (...). Em favor deste povo sofrido, cujos gritos sobem ao céu de maneira sempre mais numerosa, suplico-lhes, peço-lhes, ordeno-lhes em nome de Deus: cesse a repressão!”. Serão as últimas palavras do bispo ao país. No dia seguinte, ele é assassinado por um franco-atirador, enquanto reza a missa na capela do Hospital da Divina Providência. O mandante do crime, major Roberto D’Aubuisson, é reconhecido como responsável, mas nunca foi processado.