de Cicēro
Olhei em seus olhos verdes como o
verde mar cearense
e pude ver uma tristeza profunda.
Como as tristes profundezas
atlânticas,
Tão misteriosas quanto as fossas
abissais.
Olhei na imensidão verde,
e seus olhos verdes eram tão
belos
quanto duas belas esmeraldas
eram tão pérfidos quanto as profundezas do
mar.
Tirei meus olhos dos seus olhos
verdes
e olhei o mar, e ele era verde e
triste como os seus olhos verdes
porém repousante e sereno como o seu sorriso.
Era tudo tão louco como aqueles
olhos de ninfa me prendiam.
Me joguei nos braços daquela nereida
cearense
De olhos verdes como o nosso
verde mar
E pude sentir a sua verdadeira
natureza
Rumorosa como as ondas que
quebras no Mucuripe
Numa manhã de mar ressacado.