* José Cícero Gomes
Solidariedade é uma qualidade
inexistente entre a categoria dos professores. E a ausência de professores(as)
solidários(as) na dor de todos produz nas escolas ilhas de indivíduos incautos
que se julgam diferentes dos demais companheiros de infortúnios, não se julgam companheiros,
e realmente não os são, já que não comungam das ideias e alguns tem até Surtos Psicóticos de
superioridade. Um grupo de trabalhadores mesmo de pseudos intelectuais não
se distingue dentro de um sistema como o da educação pública municipal,
estadual ou federal. No sistema estes trabalhadores são apenas números, mas eles
não têm esta consciência que fazem parte da mesma categoria profissional e que não
se tornam independente por si, e que suas conquistas dependem das conquistas coletivas
da sua categoria; e não existe organização e luta trabalhista vitoriosa sem a
união de toda a categoria e sem o movimento sindical, isto é, sem organizadores
e solidariedade e consciência de classe. Já que não existem vitórias
individuais de trabalhadores. O que existe individualmente é peleguismo, puxasaquismo,
indivíduos que traem a sua categoria para fazer media com o(a) diretora, com os
técnicos da unidade escola em troca de míseros privilégios. É bom salientarmos
que solidariedade é algo raro no mundo das escolas, e é uma das causas da falta
de união entre professores e professoras nas lutas da categoria por respeito,
dignidade e valorização. Os prefeitos e os governadores têm consciência que no
mudo das escolas não há fraternidade, solidariedade, respeito mútuo entre os
docentes e não há consciência de classe e política por parte destes docentes.
Em outras palavras os gestores municipais e estaduais sabem que os professores(as)
não têm consciência da força que têm quando unidos e recuam como cães vira-latas
quando estes gestores batem o pé, e muitos voltam correndo à sala de aula e
também sabem que existem os covades de carteirinhas que não precisão ver ou
ouvir a ameaça do governo para volta ao
trabalho porque estes nuca saíram dele, são indivíduos fracos e pobres de
espíritos que já são perdedores antes mesmo da sentença final. São pelegos que
nunca fizeram greves, são tartarugas humanas que vivem com a cabeça escondida
em uma carapaça existencial. Sabendo
desta realidade os governos municipais e estaduais e o federal já encaram o movimento grevista
como perdedor. Mas está na hora de mostrarmos que somos fortes e que temos
consciência que unidos somos mais fortes e poderemos ser vitoriosos nesta luta
por respeito, dignidade e valorização.