quinta-feira, 11 de março de 2010

Realitate: "Direitos Humanos"



João Barbosa, advogado e memoralista escreve"Direitos Humanos"
Extraído de: Direito Ceará - 06 de Março de 2010
Direitos Humanos é o título do artigo que o advogado e memorialista João Barbosa escreveu (06/03/10) para a página de Opinião do O Povo e este portal de notícias jurídicas. Leia:
Direitos humanosJoão Barbosa
Não raro, assisto pela televisão e leio em jornais o empenho de alguns órgãos, chancelados por certos políticos, em defesa de assassinos, marginalizando as famílias indefesas das vítimas, isto é, quando são pobres.
Ora!, embora no fundo tenham boa intenção, demonstram que os delinquentes não merecem sofrer constrangimentos. Pelo que se raciocina, o constrangimento físico, material e psicológico pode assolar somente as vítimas e suas famílias, quando não perdem a vida no ato da violência.
Os bandidos, às vezes, tratados nas delegacias como cidadãos, são uns 'anjos`, intocáveis, uns 'santos` uns 'pobrezinhos` que, para trucidarem um bem intencionado e trabalhador pai-de-família, não pensam duas vezes. Que contradição e pobreza dos órgãos responsáveis. Ultimamente, até que a situação vem mudando um pouco. Os assaltantes são quem nos consideram 'vagabundos`, embora comprovados por câmeras e testemunhas, são, por enquanto, acusados ou suspeitos. Certo que, até então, mesmo com o flagrante, a lei não os tacha de culpados. Meu Deus! Até quando perdura este questionamento dos que nos deveriam proteger. As famílias das vítimas, carentes, continuam sufocadas, atemorizadas, à deriva pela falta de seu timoneiro; as crianças desorientadas, ao deus dará, e, quase sempre, esquecidas pelos órgãos por quem de direito. Nestas circunstâncias, que não seja pela televisão, por onde andam os Direitos Humanos? Será que as famílias das vítimas não são humanas? Os Direitos Humanos, na prática, demonstram ser sensíveis aos bandidos. Dá-nos a impressão de que não há refúgio mais aprazível do que o xilindró. Os marginais, ao ganharem, imerecidamente, a liberdade, logo motivam seu retorno. Aos contumazes delinquentes (homicidas, assaltantes, latrocidas ou apenas ladrão), a polícia faz o seu papel: prende-os. A justiça também tenta cumprir a sua parte, porém, acionada, devolve-lhes a liberdade. Voltam, portanto, os meliantes à sua periculosidade, por tais malfeitores não poderem sofrer constrangimentos. Aí continuam sorrindo de nós todos, confiantes na impunidade e morosidade da justiça pela burocracia interna. Não são desconhecidos o desprendimento e a exposição física ao combate aos fora-da-lei pelos policiais, mesmo mal remunerados, tanto quanto são também os professores: duas classes sociais das quais dependemos e mereciam ser mais bem valorizadas. Ambas convivem conosco e interferem na educação dos nossos descendentes, além da responsabilidade direta com seus filhos. Os professores são também as bases da formação da juventude contra os vícios e a criminalidade, principalmente àqueles desprovidos da orientação dos pais que já vivem à margem da sociedade organizada. http://www.jusbrasil.com.br/noticias/2107460/joao-barbosa-advogado-e-memoralista-escreve-direitos-humanos