sexta-feira, 26 de março de 2010

Camĭnis

PERDIDOS...

Almas peregrinas sem direção
A penumbra as encobre
A clareira longínqua , um oásis
Passos lentos seguem abismados
O fim se aproxima
Eterno recomeço
Mudança , lei maior da vida
Resistir , um retrocesso
Olhos sem brilho me confrontam
Esperam uma saída
Perdido
Assim que me sinto
Busco a luz
A escuridão tomou conta de mim
Junto-me a eles
Lágrimas escorrem
Molham o corpo
Alívio momentâneo , repetitivo...
O peito se comprime
A dor cortante provoca um grito
Por quê ?
Por quê ?
Por quê ?
Respostas não chegam
Angústia e desespero fazem-me companhia
Esperança , mãe salvadora
Venha
Olhe por nós
Em súplicas desejo redenção
Almas sedentas a procura do Paraíso
Ilusão ?
Por ela vivo
Sem ao menos saber por que
A voz se perde no Espaço
Não encontra eco
Será ?

Léo Vincey