sábado, 9 de agosto de 2008

futurus incertus - Educação de jovens e adultos



Será a andralogia um novo modismo educacional





Estava evitando entrar na discussão sobre andralogia por perceber que este tema é mais um modismo na educação brasileira, porém dei uma olhada nos paradigmas dessa vertente reflexiva para o ensino de adulto. Já que o gestor da unidade de ensino que leciono, é um apaixonado divulgador dessa corrente de pensamento educacional. No entanto percebi que a penetração e o uso desses modelos na práxis docente ainda são muito limitados se comparadas com a pedagogia, por isso, na minha opinião, ainda está muito longe de vir a substituir a pedagogia no ensino de jovens e adultos, já que os próprios técnicos em educação não estão preparados para dar suporte ao educador no processo de ensino-aprendizagem. Por tudo isso,sou contra a qualquer forma de modismo, a pedagogia ainda cumpre com seu papel, creio que seria viável produzir uma pedagogia exclusivamente voltada para o adulto, sistematizada e teorizada, com seus pensadores e seguidores,constituindo um saber que satisfaça uma determinada necessidade do seguimento EJA. Vem daí o motivo de me posicionar contrario a substituição de uma ciência por um conhecimento experimental, digamos que seja de uma ciência por outra, simplesmente por que esta seja mais específica ou por seus potenciais imaginado por algum teórico apaixonado por modismo,caso a andralogia consiga apresentar um modelo lógico e viável para nossa realidade amazônica que seja mais convincente que a pedagogia, poderei vir a defendê-la com a garra do apaixonados de plantão. Mas por enquanto nem os defensores ardorosos entende bem o que defendem, andralogia por enquanto é apenas uma onda educacional promovida pelos apaixonados por coisas novas. Estes, primeiro tem que comprovar a eficácia da andralogia no processo ensino-aprendizagem de jovens e adultos, mas para isso tem que primeiro aprender a ensinar os que não conhece a andralogia, a trabalha com a mesma. Lembram da onda do construtivismo, chegou assim também, só se falavam em Piaget, Vygotsky, Emilia Ferreiro e outros... Mais ainda hoje tem muitos dos ditos técnicos que propagaram o construtivismo que não compreendem o que pregavam, e exigiam dos educadores de suas unidades escolares o que nem eles sabiam colocar em prática.