sexta-feira, 21 de junho de 2013

A Presidente Dilma Rousseff promete um grande pacto com as lideranças do movimento e com as organizações sociais sobre serviços públicos.


 José Cícero Gomes

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, emitiu nesta noite de sexta-feira as 22:00 hs em todos os canais de televisão do país, onde mais uma vez reconhece o direito de expressão dos manifestantes pacíficos, mas disse que não vai se comprometer com violência. A presidente Dilma anunciou que vai convocar os governadores e prefeitos das grandes cidades brasileiras e os representantes dos órgãos do governo federal para negociar com as lideranças das manifestações e com organizações sociais sobre um grande pacote de serviços públicos sociais.
Dilma voltou a elogiar a "energia" dos manifestantes, admitiu que nestes dias tem aprendido lições importantes com os manifestantes e disse que tinha que aproveitar essa energia para fazer mais mudanças. Ela lembrou que aqueles que foram  às ruas “têm o direito e a liberdade de criticar, questionar tudo. Mas de forma pacífica. (...) Eu sou a presidenta de todos os brasileiros que se manifestam e não se manifestar ".
A gravação do pronunciamento da presidente Dilma que foi ao ar esta noite, ocorreu em meio a mais um dia de manifestações que bloquearam as principais estradas de São Paulo e Rio de Janeiro. Nestas cidades foram novamente relatados saques de várias lojas.
A presidente assumiu a obrigação de ouvir a voz das ruas, mas também para manter a ordem e invitar o caos ficou bem claro que o Estado de direito irá fazer uso da força se necessário. Todo o seu discurso girou nessa direção: elogios para os manifestantes pacíficos e advertência bem claro para os manifestantes violentos que segundo ela são uma minoria que vão às ruas para leva a desordem e caos, e reforça estes "não pode manchar um movimento pacífico e democrático."
Ela também se referiu ao mundial. Ela lembrou que o Brasil é o único país que participou de toda a Copa do Mundo, que foi cinco vezes campeão do mundo e disse: "Nós precisamos dar outros países o mesma acolhida que recebemos deles."

Neste pronunciamento presidencial ficou claro que este fenômeno que hora assola o país preocupa a presidente Dilma e os governistas, e isso é muito bom porque nos mostra que os protestos estão dando resultado.  

terça-feira, 18 de junho de 2013

A revolta dos R$ 0,20 centavos


Caro leitor:

                Nestes dias estamos vivendo algo atípico para uma nação que era até anteontem tida como uma "nação deitada eternamente em berço esplendido" . Como os internautas das redes sociais postaram "o gigante despertou". Segundo a ministra Helena Chagas falando ao Correio Brasiliense, a presidente Dilma Rousseff considerou "próprio dos jovens se manifestar" e "as manifestações são pacíficas são legitimas e próprias da Democracia."
                 Os estádios de futebol superfaturados construídos com dinheiro público para a Copa da Confederações deste ano e para a Copa do Mundo da FIFA do próximo ano levou a juventude para este despertar, caindo por terra aquele pensamento de que o povo brasileiro e principalmente os jovens teriam perdido a capacidade de se indignarem com a corrupção, com os corruptores e com os que se deixam corrompesse.
                 Não faz muito tempo que protestos no Brasil eram raros no mundo real, ficavam confinados nas roda de amigos nos botecos e nos ciclos de amigos virtuais das redes sociais, diziam que neste país de mãe Preta e pai João faziam aqui: "só   protestos pela liberação da maconha e só se faz marchas para Jesus". Esses que falavam isso calaram-se de repente e até agora estão bestificados com a grandiosidade deste movimento espontâneo, político, pacífico... Porém não partidário. Você já pensou seu filho e seus netos estudando na escola "A Revolta do Vinte Centavos" que será como ficará sendo lembrando esse momento de desperta da juventude brasileira.
                Mas é bom lembrarmos que toda essa revolta não é apenas por vinte centavos que aumentou na passagem do ônibus. Esta cifra há mais foi só agota d'água amarga demais para engolir, apenas mais uma coisa indigesta que os donos do poder tentaram empurrar de goela abaixo no povo brasileiro, mas estes vinte centavos não ficou preso na garganta dos jovens, ele foi até o estômago e refluiu trazendo com sigo tudo que estava preso na garganta sufocando nosso povo.
                Os nossos políticos sanguessugas e lapidadores do erário público devem estarem assombrados com esse maravilhoso fenômeno libertário de natureza popular e devem se perguntar: O que é isso? Senhores isso políticos isso é o povo despertando de um sono profundo, isso é um principio de revolução.
                Uma revolução que não tem com objetivo derrubar a presidente ou o governador do Estado de São paulo, do Rio ou do Goiás... Mas sua bandeira é algo muito mais grandioso e uma tarefa que até anteontem diríamos ser algo quase impossível, acabar com a corrupção e com os corruptos no Brasil. Nossos jovem lutam por sua vidas, seu presente e seu porvir. Eles buscam mudar seu país.

                                                                                       José Cícero Gomes
                                                                                       junho/2013 ano IV postagem 581

quarta-feira, 12 de junho de 2013

A inexistência da solidariedade no mundo das escolas é a fraqueza dos professores


* José Cícero Gomes

Solidariedade é uma qualidade inexistente entre a categoria dos professores. E a ausência de professores(as) solidários(as) na dor de todos produz nas escolas ilhas de indivíduos incautos que se julgam diferentes dos demais companheiros de infortúnios, não se julgam companheiros, e realmente não os são, já que não comungam das ideias e alguns tem até Surtos Psicóticos de superioridade. Um grupo de trabalhadores mesmo de pseudos intelectuais não se distingue dentro de um sistema como o da educação pública municipal, estadual ou federal. No sistema estes trabalhadores são apenas números, mas eles não têm esta consciência que fazem parte da mesma categoria profissional e que não se tornam independente por si, e que suas conquistas dependem das conquistas coletivas da sua categoria; e não existe organização e luta trabalhista vitoriosa sem a união de toda a categoria e sem o movimento sindical, isto é, sem organizadores e solidariedade e consciência de classe. Já que não existem vitórias individuais de trabalhadores. O que existe individualmente é peleguismo, puxasaquismo, indivíduos que traem a sua categoria para fazer media com o(a) diretora, com os técnicos da unidade escola em troca de míseros privilégios. É bom salientarmos que solidariedade é algo raro no mundo das escolas, e é uma das causas da falta de união entre professores e professoras nas lutas da categoria por respeito, dignidade e valorização. Os prefeitos e os governadores têm consciência que no mudo das escolas não há fraternidade, solidariedade, respeito mútuo entre os docentes e não há consciência de classe e política por parte destes docentes. Em outras palavras os gestores municipais e estaduais sabem que os professores(as) não têm consciência da força que têm quando unidos e recuam como cães vira-latas quando estes gestores batem o pé, e muitos voltam correndo à sala de aula e também sabem que existem os covades de carteirinhas que não precisão ver ou ouvir a ameaça do governo  para volta ao trabalho porque estes nuca saíram dele, são indivíduos fracos e pobres de espíritos que já são perdedores antes mesmo da sentença final. São pelegos que nunca fizeram greves, são tartarugas humanas que vivem com a cabeça escondida em uma carapaça existencial.  Sabendo desta realidade os governos municipais e estaduais  e o federal já encaram o movimento grevista como perdedor. Mas está na hora de mostrarmos que somos fortes e que temos consciência que unidos somos mais fortes e poderemos ser vitoriosos nesta luta por respeito, dignidade e valorização. 

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Responsabilidade penal

A redução da maioridade penal e inconstitucional

O povo não deve cair na lábia de candidatos populistas e oportunista que pegam carona no clamor popular para serem eleitos ou reeleitos no ano que vem com esta falácia de políticos demagogos, para isso deve-se da uma olhada no artigo 228 da Constituição Federal da República federativa do Brasil, lá está estabelecida a inimputabilidade penal para os menores de 18 anos e a aplicação a estes da legislação especial, que nos caso é o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Sendo uma cláusula pétrea a nossa Constituição federal estabelece que este artigo 228 seja insuscetível de modificação pela via de Emenda Constitucional, sendo assim a única via de estabelecer a redução da maioridade penal e via Assembleia Nacional Constituinte, em outras palavras seria preciso abolir a atual e se compor uma nova onde se legitimasse a redução penal. Seria bom que o povo brasileiro se conscientizasse que não é reduzindo a maioridade penal que irá acabar com a criminalidade no país e nem com o recrutamento de menores pelos narcotraficantes, e por outros chefes do crime. Já a defendi a redução da maioridade penal para os 16 anos, mas agora tenho consciência que é algo quase impossível de se fazer por que o sistema prisional brasileiro não recuperar ninguém, se um menor infrator cai no inferno penitenciário entrará um criminoso por um grande ou um pequeno delito, e irá sair de lá, um indivíduo com um potencial de periculosidade muito maior. Muita gente assim com eu tem se convencido que a redução da maioridade penal com um sistema prisional como só serviria para condenar o menor infrator ao mundo sem recuperação que é o mundo penitenciário brasileiro. Impunidade neste país não existe a penas para menor infrator, talvez estejam é mal interpretando o ECA, por interesses do próprio Estado as penalidades e o período de reclusão nos pseudos centros de recuperação são curtos demais ou a vigilância é muito valia possibilidade o regresso do menor infrator às ruas sedo de mais para cometer novos crimes. Seria a favor da redução da maioridade penal, se houvesse penitenciarias juvenis, se o menor infrator não fosse para a mesma prisão dos adultos infratores, e que esta penitenciaria para jovens delinquentes, criminosos, infratores... e tivesse o objetivo de recuperar vidas e não apenas de aprisionar, segregar e retirar um da sociedade um mal produzido pela própria sociedade. Acredito se faz necessário repensar o ECA, as medidas “socioeducativa”, a maneira como se trata o menor infrator de acordo com a idade e grau de periculosidade do mesmo,  e o período de internamento nas unidades de internação. Se não podem colocá-los numa penitenciaria pelo menos os graus de punições deveriam ser mais duros de acordo o crime cometido de cada menor infrator. Três anos ou até mesmo seis anos é muito pouco para quem tira a vida de alguém. Mas a lei deveria ser igual  para todos, para o menores infratores da favela filhos da miséria e da dor que põem fogo numa dentista, atiram num jovem para rouba um telefone celular e para menores infratores filhos das classes A ou B que espancam uma mulher que ver na rua e alegam que bateram porque pensavam que era uma prostituta, queimam um índio, um morador de rua ou atropelam alguém com o carro dos país e diz que achou que atropelou um cachorro por isso que não parou. Fica bem claro que a forma ideal para a prevenção da criminalidade no campo e nas cidades é a justiça social, e só se tem justiça social através de políticas públicas que resgate a dignidade dos mais pobres e não através de repressão policial.


 J. Cícero Gomes                                                                                                                               

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Fascinação dos olhos de nereida


                                                                                          de Cicēro       

Olhei em seus olhos verdes como o verde mar cearense
e pude ver uma tristeza profunda.
Como as tristes profundezas atlânticas,
Tão misteriosas quanto as fossas abissais.

Olhei na imensidão verde,
e seus olhos verdes eram tão belos
quanto duas belas esmeraldas
 eram tão pérfidos quanto as profundezas do mar.

Tirei meus olhos dos seus olhos verdes
e olhei o mar, e ele era verde e triste como os seus olhos verdes
porém repousante  e sereno como o seu sorriso.
Era tudo tão louco como aqueles olhos de ninfa me prendiam.

Me joguei nos braços daquela nereida cearense
De olhos verdes como o nosso verde mar
E pude sentir a sua verdadeira natureza
Rumorosa como as ondas que quebras no Mucuripe
Numa manhã de mar ressacado.



 * Escrita por  Cicēro (José Cícero Gomes), em 16/06/1986.