sexta-feira, 30 de maio de 2008

Cultura

Os latinos: a terra e o povo.

Os latinos foram assim chamados por habitarem uma região da Itália antiga chamada de Lácio (em latim, Latium), onde fica ainda hoje a cidade de Roma. Eram seus vizinhos territoriais os etruscos e os sabinos. Da união destes três povos (latinos, etruscos e sabinos) originaram-se os romanos, o povo que conquistou o mundo antigo pela arte da guerra e, com a expansão de sua língua e de sua cultura, deu origem também às diversas línguas hoje faladas na Europa central e numerosos países da América. São as línguas neolatinas (italiano, francês, romeno, espanhol, português), que resultaram deste caldeirão cultural imposto ao mundo ocidental pelos romanos, ao longo de 500 anos.
Da inteligência e do talento político dos romanos, nasceu um fruto que foi colhido por toda a humanidade: o direito. O direito romano é uma das grandes fontes do direito contemporâneo em todos os países, e não apenas naqueles onde se faz sentir o efeito direto de sua cultura.
Após conquistarem todo o mundo antigo, os romanos submeteram todos os inimigos. Especializados na arte da guerra e não tendo mais contra quem guerrear, deixaram-se trair pelas leviandades e pelos vícios que acompanham a opulência, vindo a ser derrotados pelos hunos, no final do século V d.C., pondo fim a uma etapa da história da humanidade.

O LATIM E OS DIALETOS

O latim era a língua falada no Lácio (Latium), região central da Itália, onde fica a cidade de Roma. Mas não era a única língua falada na península itálica, onde também se falava o osco, o umbro, o etrusco e também o grego. No entanto, o latim prevaleceu sobre as demais, ajudada pelas grandes conquistas militares dos romanos.
O latim, enquanto idioma, existia desde os tempos pré-históricos, porém foi a partir do século III a.C. que passou a adquirir uma forma literária, construindo-se aos poucos uma gramática com regras explícitas, cuja consolidação se deu por volta do século I a.C., que é considerado o período clássico do latim.
Quando nos referimos ao latim clássico, estamos nos referindo ao latim da época de Cícero, César, Sêneca, ou seja, ao da época do apogeu do império romano. No entanto, ao lado desta língua erudita, castiça, falada e escrita pelas pessoas letradas, havia o latim popular, que assumia formas mais livres e sem a precisão das regras gramaticais, falada pelas pessoas do povo e, principalmente, pelos soldados romanos, que participavam das guerras de conquistas.
Foi desta língua popular, no confronto com outros idiomas falados nas diversas localidades por onde passou o rolo compressor das legiões romanas, que se originaram as línguas românicas, dentre elas, o português, o espanhol, o francês, o italiano.
Paralelamente a isto, a partir do século III d.C., com a expansão do cristianismo pelo império romano, temos o período cristão da língua latina, representado pelos escritores eclesiásticos a partir de então, sobretudo Santo Agostinho, São Jerônimo, Tertuliano, Santo Ambrósio, dentre outros. Este latim com influências eclesiásticas foi o que mais predominou no ensino do latim em nosso meio, de modo especial com a matiz italiana da pronúncia, ensinada nas escolas brasileiras até o início dos anos '60.
Em resumo, portanto, podemos distinguir o latim erudito em latim clássico e latim eclesiástico. Quanto aos dialetos, podemos dizer que não há dialetos latinos, uma vez que as variações populares da língua se transformaram em outros idiomas autônomos.
http://www.geocities.com/Athens/Agora/1417/PLatim.htm

futurus incertus:Soberania brasileira ameaçadan na Amazônia


Raposa Serra do Sol e a soberania nacional

Paulo Renato Souza


Não tenho a intenção de estimular insatisfações militares diante da criação da Reserva Raposa Serra do Sol. É desejável que as Forças Armadas mantenham o comportamento adotado desde a redemocratização, voltado para as suas funções profissionais e constitucionais. Entretanto, não posso deixar de registrar que o presidente Lula cometeu grave erro ao homologar a criação de uma imensa reserva indígena de terras contínuas numa área de fronteira. Estamos falando de uma área fronteiriça a países que quase foram à guerra e onde não se pode subestimar o risco de a narcoguerrilha passar a ter ação agressiva em solo brasileiro. Não foram poucas as vozes que recomendaram ao presidente adotar a alternativa de uma reserva não-contínua, na qual existissem ilhas povoadas e estivesse assegurada a presença das Forças Armadas.Não estamos diante de uma disputa mesquinha entre governo e oposição. Muitos na base governista estão descontentes com o formato definido por Lula, a começar por seu líder no Senado, Romero Jucá, empenhado numa saída intermediária. Não se trata de um conflito localizado entre “arrozeiros” e índios. Ao contrário, a Raposa Serra do Sol é hoje um problema nacional, a comprometer a existência de Roraima como Estado, pois, com a sua criação, 46% de suas terras serão reservas indígenas. Nenhuma política séria - e articulada com os interesses nacionais - criaria algo como a Raposa Serra do Sol, onde apenas 17 mil índios serão proprietários de 1,7 milhão de hectares.A Raposa Serra do Sol é um assunto polêmico que permeou diversos governos. No anterior, o então ministro da Justiça, Nelson Jobim, agiu de forma sensata por meio do Despacho nº 80, que determinava a criação da reserva na forma desejável, com a existência de ilhas, contemplando, assim, tanto os direitos dos índios como os interesses nacionais. Entretanto, em 1998 esse despacho foi revogado pela Portaria nº 820, baixada pelo então ministro Renan Calheiros, definindo a demarcação da reserva de forma contínua. Mas o presidente Fernando Henrique teve a prudência de não homologar esse ato administrativo porque outros órgãos do governo o alertaram para os riscos iminentes. No governo Lula, articulou-se um poderoso lobby de ONGs, do qual o ministro Márcio Thomas Bastos foi o porta-voz. Lula cedeu às pressões e homologou a criação da reserva de forma contínua, sem dar o devido peso aos argumentos contrários - inclusive os da sua Casa Militar, que eram coerentes com o parecer do Estado-Maior das Forças Armadas.Não se justifica o argumento de que a Raposa Serra do Sol será extensa porque as cinco etnias ali existentes necessitam de um amplo território para sobreviverem. Não estamos tratando de índios primitivos, e sim de tribos aculturadas que não vivem mais da caça e da pesca, como bem demonstrou o senador Jefferson Peres. A ausência de um aparato militar efetivo pode inclusive deixá-los prisioneiros da ação da biopirataria e da garimpagem predatória, dado que no seu subsolo existem minerais estratégicos, como o nióbio.Números assustam, mas dão um choque de realidade e devem servir como poderoso alerta aos brasileiros. Com a nova reserva, quase 15% do nosso território será terra indígena, para uma população de 700 mil índios. E em relação à região amazônica as reservas representarão cerca de 25% do seu território. Que país do mundo foi tão generoso ao pagar uma injustiça histórica? E isso corresponde à área geográfica de quantos países da Europa? Desde o governo Collor há muita pressão pela política de demarcação de terras indígenas, especialmente por parte das ONGs. Algumas são claramente bem-intencionadas. Outras, porém, respondem a interesses estrangeiros de promover a idéia da internacionalização da Amazônia. Não existirá hoje um terceiro grupo de interesses, ligado aos diversos movimentos guerrilheiros que atuam na América Latina?Este é o pano de fundo das preocupações dos militares lotados na Amazônia, particularmente quando ele é mais um componente de uma região palco de vários conflitos. Garimpeiros e o MST foram estimulados por um prefeito do PT e por militantes petistas a ocupar uma ferrovia da Vale por razões meramente ideológicas, enquanto o município de Tailândia virou praça de guerra em função do conflito com os madeireiros. Acrescente-se ao caldeirão a denúncia de deputados de Rondônia segundo a qual a Liga Camponesa dos Pobres prega abertamente a luta armada. Para dar veracidade à denúncia uma revista de circulação nacional publica fotos, que fariam parte de um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), nas quais aparecem membros dessa liga em treinamento e com armas privativas das Forças Armadas.Diante de todos os incidentes, o presidente Lula se comporta da mesma maneira que o fez diante da invasão de prédios públicos e de terras produtivas promovida pelo “abril vermelho” dos sem-terra, ou como se posiciona em face de atos ensandecidos do Movimento dos Sem-Teto: sempre com leniência e permissividade, fazendo vista grossa à violação da lei e sem exercer a necessária autoridade. Isso é gravíssimo, porque o exercício da autoridade por quem exerce função pública é precondição para a preservação e o fortalecimento da democracia. Não se pode confundir, como o fazem muitos petistas, o irrestrito respeito à lei com o autoritarismo.A região amazônica é hoje uma fronteira aberta ao narcotráfico, como admite o Comando Militar da Amazônia. O atual formato da Reserva Raposa Serra do Sol é mais combustão na fogueira. Uma brincadeira de mau gosto patrocinada por quem tem o dever constitucional de defender a inviolabilidade do território nacional. Paulo Renato Souza, deputado federal por São Paulo, foi ministro da Educação no governo FHC, reitor da Unicamp e secretário de Educação no governo Montoro. E-mail: dep.paulorenatosouza@camara.gov.br. Site: www.paulorenatosouza.com.br

futurus incertus:Soberania brasileira ameaçada na Amazônia


futurus incertus



ONGs internacionais na Amazônia 29/06/2005
CARLOS DE MEIRA MATTOS A tese central das ONGs internacionais que atuam no Norte do Brasil sintetiza-se na expressão "Amazônia, patrimônio da humanidade". Alegam que se trata de uma imensa região de natureza tropical cuja floresta deve ser preservada visando a sobrevivência da humanidade. Justificam sua tese dizendo que os Estados nacionais, principalmente o Brasil, são responsáveis pela destruição da natureza amazônica e incapazes de conter o desmatamento da floresta, a poluição ambiental e a natureza primitiva do gentio.Baseadas na alegação da incapacidade do Brasil de preservar a natureza amazônica, inúmeras ONGs européias e norte-americanas lutam para que se estabeleça para a nossa Amazônia o status de "território do interesse da humanidade", de forma tal que um organismo supranacional, com autoridade decisória, passe a participar de sua administração. As ONGs já envolveram a ONU, a Unesco e entidades financeiras internacionais na tese de apoio à criação de uma entidade supranacional para preservar a floresta amazônica.Inúmeras ONGs pressionam as instituições financeiras mundiais no sentido da implantação de uma autoridade com essas características na Amazônia e, com esse objetivo, aprovam ou desaprovam pedidos de empréstimo. Igualmente, mantêm e financiam várias agências na região que se apresentam como ambientalistas, antropológicas, naturalistas, indigenistas, pacifistas e de direitos humanos.Destacam-se entre as ONGs atuantes na Amazônia: a inglesa Survival International!, também conhecida como "Casa de Windsor" (dado sua estreita ligação com a coroa inglesa), cuja infiltração na região data dos anos 60; a European Working Group on Amazon (EWGA), o Conselho Mundial de Igrejas, reunindo igrejas protestantes da Europa e Estados Unidos; a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN); e o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), sediado na Suíça.As acima citadas ONGs internacionais, além de outras, irradiam no Brasil -e em particular na Amazônia- uma rede de dezenas de agências que buscam criar na população local e nos indígenas uma conscientização da necessidade de internacionalizar a região.Entre as ONGs nacionais mais presentes na Amazônia destacam-se o Conselho Indigenista de Roraima (CIR), controlado pela Comissão Pastoral da Terra; a Associação dos Povos Indígenas de Roraima (Apir); a Associação Regional Indígena dos Rios Kinô, Cotongo e Monte Roraima (Arikom). A Sociedade de Defesa dos Índios Unidos do Norte do Estado de Roraima defende a convivência pacífica e comunitária entre índios e não-índios.Duas teses se confrontam em torno da questão indígena -integração e confinamento. A política tradicional brasileira é a da integração à sociedade nacional, idealizada e realizada pelo nosso maior indigenista, o general Rondon.A partir dos anos 60, organizações internacionais do Primeiro Mundo e entidades cristãs sediadas na Europa e nos Estados Unidos, mantenedoras de inúmeras missões religiosas na Amazônia, abriram a luta a favor da internacionalização da Hiléia e confinamento das tribos de gentios visando a preservar os hábitos e costumes primitivos.Vários líderes políticos europeus têm se pronunciado, em caráter particular, favoravelmente à tese de internacionalização da Amazônia, entre os quais o ex-presidente da França, François Miterrand, que declarou em 1991 que "o Brasil precisa aceitar a soberania relativa sobre a Amazônia". E, há poucos meses, Pascoal Lamy, secretário-geral da OMC.As ONGs internacionalistas escolheram para tema de sua penetração a questão indígena, e, para área principal de operações, o território Norte do Estado de Roraima, contíguo às nossas fronteiras com a Venezuela e a República da Guiana. Escolheram uma região vulnerável pela distância dos grandes centros, pelo seu despovoamento e pela sua contigüidade com um espaço trifronteiriço.A constância de sua ação e o apoio de ONGs internacionais nas suas pressões ao governo já assegurou a demarcação das reservas Yanomami -superfície de 96.649 km2 (equivalente à de Santa Catarina) para uma população de cerca de 9.000 índios- e a demarcação da reserva Raposa/Serra do Sol -superfície de 17.430 km2 (metade do território do Estado do Rio de Janeiro) para uma população de 15 mil índios. A soma da superfície dessas duas reservas esteriliza para a ocupação e economia cerca de 50% do território de Roraima.A propaganda das idéias de internacionalização lançada na Europa e nos EUA vem conquistando um número crescente de adeptos no exterior e mesmo no nosso país, particularmente entre as organizações que delas recebem financiamento e entre brasileiros que delas dependem por seu emprego. Qual tem sido a atitude do governo brasileiro em face das investidas internacionalistas? Algumas vezes, cega. Outras vezes, dúbia, cedente e, em parte, vacilante. Poucas vezes firme, veemente.Esse é o grande desafio ante os brasileiros desta geração. Saberemos respondê-lo? Cai sobre nossos ombros a responsabilidade pela preservação da integridade de nosso território ameaçado, missão que as gerações que nos antecederam souberam cumprir com habilidade diplomática e intrepidez -e mesmo com sangue, quando necessário. Carlos de Meira Mattos, 91, doutor em ciência política e general reformado do Exército, é veterano da Segunda Guerra Mundial e conselheiro da Escola Superior de Guerra.Fonte: Folha de S. PauloResponsável: JAME-mail: brasilnews@brasilnews.com.br

Carmĭnis XIV

Naquela Noite!

Noite enluarada, silenciosa, convidativa...
Só nós dois!
Um sentimento que estava dormindo dentro de mim,
acordou...
Encontrei você! Amigo, amante, homem, menino,
educado, carinhoso e...
que também queria ser amado.
Naquela Noite...
Um dia sem graça,
se transformou em uma noite inesquecível!
Para te agradar versifiquei os meus sentimentos,
transformei-os em poesia só para você.
Naquela Noite...
Eu, você, a lua, as estrelas...
formamos aquela paisagem,
na qual explodia desejos, entrega, calor, sedução!
Naquela Noite...
Traguei o teu hálito, tive tuas carícias,
sonhei o teu sonho.
Embriaguei-me entre os teus braços,
traduzi os teus versos num beijo.
Fui tua e você foi meu!
Naquela Noite!

de Reini Cardoso

terça-feira, 27 de maio de 2008

futurus




O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (26/05/08),durante o 20º Fórum Nacional, na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, que a amazônia "tem dono". Ao citar os biocombustíveis como grande alternativa para diminuir a poluição do planeta terra, o presidente Lula disse que achava "engraçado" que os países responsáveis por 70% dos poluentes jogados na atmosfera estejam de olho na Amazônia, como se somente o Brasil fosse responsável por conter a degradação ambiental. "O mundo precisa entender que a Amazônia Brasileira tem dono. O dono da Amazônia é o povo brasileiro: são os índios, os seringueiro, os pescadores. Mas também somos nós. Temos consciência de que é preciso diminuir o desmatamento, as queimadas. Mas também temos consciência de que é precisodesenvolver a Amazônia. Disse: o Presidente. Se não for apenas falácia, o nosso presidente demonstrou que está desperdando para um perigo iminente, ja que nossas autoridades vem se esquivando de defender os interesses do povo brasileiro.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Historia Brasiliae



O FIM DA ESPERANÇA COSTA E SILVA, O AI-5 E A JUNTA MILITAR
A militarização do movimento revolucionário de 1964 começou nos primeiros dias de abril desse mesmo ano, quando o general Costa e Silva, feito por antecipação ministro da Guerra, começou a estreitar os limites de atuação dos líderes civís. Ao seu lado, dois outros ministros, adrede preparados, que reunidos formavam a Junta Militar Revolucionária: o almirante Augusto Rademaker, da Marinha, e o brigadeiro Correia de Melo, da Aeronáutica.Costa e Silva escolheu como seu chefe de gabinete o general Jaime Portela. Começava-se a montar o Sistema que iria governar o país nos próximos 21 anos, em cuja primeira fase o general Portela viria a ser uma das peças-chave, introduzido no governo Castelo Branco como assessor do ministro da Guerra e, no governo Costa e Silva, como chefe da Casa Militar.Lentamente, o esquema político-militar foi-se ampliando e impondo sua vontade. Primeiro, veio a prorrogação do mandato de Castelo Branco. Depois, a edição do Ato Institucional nº2, para acalmar as Forças Armadas, preocupadas com o resultado das eleições diretas, nas quais a oposição fizera os governadores de Minas e Guanabara.Castelo Branco viria a editar mais dois Atos, um criando a figura do governador "biônico" e outro condicionando o Congresso Nacional para garantir a aprovação da nova Constituição, redigida nos gabinetes do Palácio do Planalto. Depois, o mesmo Castelo teve de engolir a candidatura do general Costa e Silva à presidência da República, em eleições indiretas e como candidato único, já que as regras institucionais permitiam à oposição apenas participar, não lhe dando chances de vitória.Se alguém tivera no passado alguma dúvida de que o fechamento do regime iria até as últimas conseqüências, acordou finalmente para a realidade quando o novo Presidente, Costa e Silva, editou o Ato Institucional nº5, o mais perverso de todos, limitando de vez os poderes do Congresso e do Judiciário e retirando da Nação brasileira o pouco que ainda lhe restava de direitos de cidadania.Não se transforme o regime militar na raiz de todos os males que afligiam o país. Cuba continuava exportando sua revolução para toda a América Latina e os jovens, idealistas e sedentos de reformar o mundo, eram presa fácil de seu proselitismo. Por outro lado, o Partido Comunista Brasileiro estava firmemente organizado, com uma linha de ação contínua desde os anos vinte. Entre as principais lideranças se achava Carlos Marighela que, jovem ainda, participara da Intentona de 1935, fora depois Constituinte de 1946 e achava-se agora com plena liberdade de ação, ao contrário de Prestes, que tinha de manter-se escondido.A par com esses dois focos de contestação, criaram-se, no correr da ditadura, inúmeros outros movimentos revolucionários: a VPR, o MR-8, o COLINA, o MR-Tiradentes registrando-se ainda o ressurgimento da ANL, a Aliança que planejou a Intentona de 35. Nada de se estranhar. Em qualquer época e em qualquer lugar, o entupimento dos canais de comunicação leva a explosões, tanto mais fortes quanto maior a pressão aplicada.No extremo oposto, organizaram-se o Comando de Caça aos Comunistas e o Esquadrão da Morte, cujo poder de ação era maior, por se esconder à sombra do poder que, se não lhes reconhecia os atos, também não era célere nas investigações e nas punições.A cada ação da direita, correspondia uma reação da esquerda; uma e outra caminhavam para os extremos, conjuntamente, procurando manter o equilíbrio da gangorra e, se possível, fazê-la pender para seu lado. Somente o entendimento poderia barrar a escalada da violência e uma das tentativas mais sérias nesse sentido foi a criação da Frente Ampla, assunto do próximo capítulo, com o título: "Conversar é preciso". A radicalização do processo também será alvo de um capítulo aparte, com o título: "Os anos de chumbo".Passo a passo,fecha-se o cercoCastelo Branco elege-se, ainda que por caminhos transversos, apenas para completar o período do Presidente deposto, João Goulart, ou seja, até 31 de janeiro de 1966. Poucos meses após, seu mandato é prorrogado até 15 de março de 1967. O Ato Institucional nº1, de início, chamava-se simplesmente Ato Institucional, pois pretendia ser o primeiro e único. Castelo Branco assinaria mais três e os governos seguintes continuaram editando-os sem parar, criando uma teia de casuismos em que se enredou, até a morte, a democracia brasileira.O AI-2 torna-se o primeiro marco efetivo da "linha dura" instalada nas Forças Armadas. Se não cassou os mandatos dos dois novos governadores de oposição, eleitos por cochilo revolucionário, pelo menos acabou com os partidos de representação, obrigando a classe política a se alinhar a um bipartidarismo feito sob medida para impedir que a oposição conquistasse novos postos significativos. Surgem a ARENA, para todo o sempre partido do Sistema, e o MDB, condenado a ser eternamente oposição.Com o AI-3, impedem-se novas eleições diretas para governadores. Cria-se a figura do governador "biônico", escolhido pelo presidente da República com base em uma lista tríplice, e ratificado pelas Assembléias Legislativas, tendo-se o cuidado prévio de cassar mandatos de parlamentares, quando necessário, para garantir resultados favoráveis.Fortalecida com essas medidas, a "linha dura" impõe Costa e Silva (que, passando para a reserva, foi promovido a marechal) como sucessor de Castelo Branco. Em 15 de março de 1967 o novo Presidente é empossado e, com ele, entra em vigor a nova Constituição, promulgada em 24 de janeiro de 1967, mas que Castelo Branco manteve em um congelador até o último dia de seu governo, garantindo-lhe o uso dos poderes de excessão constantes dos Atos revolucionários.Quem era Costa e SilvaArtur da Costa e Silva nasceu em Taquari, Rio Grande do Sul, em 3 de outubro de 1902. Estudou com Castelo Branco no Colégio Militar de Porto Alegre e formou-se oficial na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro.Participou das revoltas tenentistas de 1922 (era, então, aspirante a oficial), tendo em conseqüencia, sido preso no navio «Alfenas», fundeado na baía da Guanabara (vide foto); esteve presente na revolução de 1930 e na de 1932, para depois se apagar na rotina da caserna. Somente em 1954 seu nome voltou a ter algum destaque, ao participar, com os generais Lott e Denys, do movimento que, em dez dias, derrubou os presidentes Café Filho e Carlos Luz. Em 1963, era um general sem comando de tropa, envolvido apenas em atividades burocráticas; sua estrela voltou a brilhar somente com a vitória do movimento de 31 de março de 1964.No dia 2 de abril, sendo o oficial mais antigo do Exército, Costa e Silva assumiu o comando do Exército e constituiu a Junta Militar Revolucionária, formada por ele, pelo almirante Augusto Rademaker, ministro da Marinha, e pelo brigadeiro Correia de Melo, ministro da Aeronáutica.Transplantada a Junta Militar para o governo de Castelo Branco, Costa e Silva tornou-se o representante da "linha dura" no governo e impôs sua candidatura a Castelo Branco, fazendo-se seu sucessor e tomando posse em 15 de março de 1967.Era casado com dona Iolanda Ramos Barbosa, que participou intensamente de sua vida. Tinha uma língua destravada e, não raras vezes, se conhecia por ela assuntos que o Sistema pretendia manter em sigilo. O casal teve um único filho, Álcio da Costa e Silva.O novo Ministério ficou assim constituído: Casa Civil, Rondon Pacheco; Casa Militar, general Jaime Portela; Exército (antigo Ministério da Guerra), general Aurélio de Lira Tavares; Marinha, almirante Augusto Hamann Rademaker Grunewald; Aeronáutica, brigadeiro Márcio de Sousa e Melo; Relações Exteriores, José de Magalhães Pinto; Fazenda, Antônio Delfim Neto; Planejamento e Coordenação, Hélio Beltrão; Agricultura, Ivo Arzua Pereira; Indústria e Comércio, general Edmundo de Macedo Soares; Minas e Energia, coronel José Costa Cavalcanti, depois, Antônio Dias Leite; Transportes, coronel Mário David Andreazza; Comunicações, Carlos Furtado de Simas; Interior, general Afonso de Albuquerque Lima, depois, general José Costa Cavalcanti; Educação e Cultura, Tarso de Morais Dutra, tendo como interino, por duas vezes, Favorino Bastos Mércio; Saúde, professor Alfredo Leonel Miranda; Trabalho e Previdência Social, coronel Jarbas Passarinho; Justiça, Antônio de Gama e Silva, sendo substituído, em momentos de interinidade, por Hélio Scarabotolo.Duas coisas se nota nesse ministério: primeiro, a sua estabilidade, não havendo praticamente substituições no decorrer do período; segundo, a quantidade de militares ocupando pastas que normalmente são entregues a civis, como Trabalho e Previdência Social, Interior, Transportes, Minas e Energia, Indústria e Comércio... Era a militarização do regime levada às últimas conseqüências, como se a ação política houvesse se tornado uma questão de segurança nacional.1968 – Um divisor de águasUm memorando de Castelo Branco, datado de 1966 e guardado por seu chefe da Casa Civil, Luís Viana Filho, dá conta da irritação do Presidente com a imposição do nome de seu sucessor, feita pela "linha dura", a qual, na busca de resultados, desenvolvia um serviço de contra-informação, intrigando entre si os ministros de Estado:"É lamentável – escreveu Castelo – que oficiais, na propaganda precipitada da candidatura Costa e Silva, assoalhem mentiras de humilhações do presidente face a atitudes dominadoras do ministro da Guerra, desfigurem a lealdade do chefe do Exército como um favor ao chefe da Nação, criem a chantagem de que já houve um levante na guarnição do Rio, justifiquem grosseiramente a precipitação com a desculpa perversa de continuismo do presidente, procurem amesquinhar as ações corajosas e leais do ministro Juraci Magalhães [Justiça], inimizando-o com o Exército, lancem dentro do Exército a desconfiança sobre o ministro Cordeiro de Farias [Interior], atribuam maldosamente intrigas ao correto e irrepreensível SNI [órgão de inteligência], espalhem mentirosas notícias sobre a conduta errada do Gabinete Militar da Presidência [general Ernesto Geisel], etc. Tudo para enfraquecer o presidente, na tentativa de robustecer o candidato com inverdades e agravos, pretendendo apresentá-lo como tutor do país. É profundamente lamentável."Era o poder que, aos poucos, fugia das mãos de Castelo Branco, concentrando-se cada vez mais no Sistema que, ao condicionar a seu favor a sucessão presidencial, preparava-se para assumir o governo em sua plenitude. Nessas circunstâncias, o próprio marechal Costa e Silva assumiu a Presidência com seu poder tolhido, mandatário que era das forças externas que o fizeram Presidente, e às quais tinha de apresentar os resultados por elas esperados.O ano de 1967 caracterizou-se pelo confronto entre partidários de Castelo e de Costa. Uma frente ampla, formada por Carlos Lacerda, Juscelino Kubitschek e João Goulart, tentava abrir conversações com os militares castelistas, e era essa a maior preocupação do novo PresidenteJá no ano de 1968, as atenções do governo voltaram-se para a oposição no Congresso e para os movimentos de rua, acirrados pela violência policial, exagerada e desnecessária. No primeiro caso, os parlamentares do MDB, em absoluta minoria, exercitavam sua retórica – a única coisa que lhes era permitido fazer – garantindo sua presença no noticiário. No segundo, estudantes e operários movimentavam-se para reconquistar o espaço perdido ou, em alguns casos, até para garantir direitos elementares que lhes estavam sendo negados.1968 foi, também, o ano dos grandes acontecimentos na França, com a rebeldia estudantil que pôs em cheque o governo do general De Gaulle. Os movimentos dos universitários franceses fizeram eco no mundo inteiro e repercutiram também aqui, dando novo alento ao movimento estudantil brasileiro.Nos primeiros meses desse ano, no Rio de Janeiro, uma passeata pacífica de estudantes pela reabertura de um restaurante estudantil provocou reação inusitada da polícia militar, resultando na morte de Edison Lima Souto, de 16 anos (apenas um menino, como diria a imprensa). No dia seguinte, 200.000 pessoas compareceram ao enterro e a polícia voltou a atacar, matando mais um, causando 60 feridos e realizando 200 prisões. Na missa de 7º Dia, a cavalaria cercou a igreja da Candelária, confinando os que lá se achavam. Esse confronto se espalhou pelo país e avançou por todo o ano de 68.Entre tantos, dois outros incidentes se destacaram e foram apontados como pretensas razões para o fechamento total do regime. Um, foi o discurso do deputado Márcio Moreira Alves (Marcito), em 2 de setembro, conclamando o povo a não comparecer aos desfiles de 7 de setembro; o outro, o lançamento da canção "Caminhando", de Geraldo Vandré, que os militares consideraram uma afronta às Forças Armadas. Em certo trecho, dizia Vandré: "Há soldados armados, amados ou não;/quase todos perdidos, de armas na mão./Nos quartéis lhes ensinam antigas lições/de morrer pela pátria e viver sem razão."Havia pretextos suficientes para apertar o torniquete e impedir as manifestações. O governo cuidou, então, de preparar um novo Ato que estabeleceria de vez o poder do estado sobre a nação.Preparando-se para a açãoRedigido há algum tempo por ordens do ministro da Justiça, Gama e Silva, representante da "linha dura" no governo, se achava na gaveta um Ato visando o fechamento total do regime. Esperava-se apenas a ocasião oportuna para editá-lo. O Presidente resistia, enquanto que um um movimento, tendo como núcleo o chefe da Casa Militar, general Jaime Portela, pressionava o governo para sua publicação.Um certo dia, antes de a crise se agravar, o presidente Costa e Silva convocou o ministério para uma reunião, a qual foi gravada para permitir um reexame posterior da fala de cada um. Pediu ao ministro Gama e Silva que fizesse a leitura da minuta do Ato Institucional, ouvindo em seguida a opinião de cada ministro, mas, primeiro que todos, a de Pedro Aleixo, também convidado.O vice-Presidente, então, manifestou suas preocupações, não em relação ao presidente da República e seus auxiliares mais diretos, mas sim quanto à cadeia de comando, que vai-se tornando incontrolável na medida em que os poderes são repassados a escalões inferiores. O historiador Helio Silva reproduz o pensamento de Aleixo, baseado em depoimento escrito, que lhe foi entregue mais tarde:"Pedro Aleixo disse que, realmente, tínhamos a felicidade de ter, como Presidente, um homem daquelas qualidades exaltadas em Artur da Costa e Silva. Mas perguntava se seria o presidente da República, pessoalmente que exerceria os poderes que lhe seriam atribuídos. Porque, o que se verifica na prática é que a pessoa do presidente da República, não sendo onímoda [ilimitada, irrestrita] delega aos seus auxiliares as suas atribuições para a execução dos atos de governo. Assim, seus ministros, os chefes dos Gabinetes Civil e Militar, os secretários estudam, propõem e executam as medidas que o Presidente aprova e sanciona, sem participar de sua execução. Por esse processo de delegações sucessivas, em cascata, os poderes presidenciais são exercidos pelos seus auxiliares imediatos. Estes, por sua vez, também transmitem tais poderes aos que os auxiliam, imediatamente."Assim, a autoridade se transmite até o último elemento da cadeia, que pode ser o mais indigno beleguim policial. (...) Tudo terá sido feito sem o conhecimento do presidente da República, mas em seu nome, no uso dos poderes absolutos que lhe foram conferidos. Mais ainda: como a censura e as restrições à liberdade de expressão acompanham, invariavelmente as medidas de exceção, o presidente da República e seus auxiliares imediatos podem não ter conhecimento do que ocorre e é atribuído à sua responsabilidade."Com vocês, o AI-5Em 2 de setembro, acontece o discurso do deputado Márcio Moreira Alves já citado acima. Paralelamente, o deputado Hermano Alves publica, no Correio da Manhã, artigos de crítica ao regime. A "linha dura" pressiona para que ambos sejam punidos.O assunto fica pendente por causa da visita da rainha Elizabeth 2ª ao Brasil, em novembro, mas, logo em seguida, o Supremo Tribunal Federal, provocado pelo Executivo, solicita à Câmara Federal a suspensão de imunidade dos dois deputados, para que estes sejam processados. O pedido é negado em 12 de dezembro, por ampla maioria, incluindo-se 96 votos dos próprios deputados governistas.No dia seguinte, 13 de dezembro de 1968 é editado o Ato Institucional nº5 (veja o texto completo), acompanhado do Ato Complementar nº38. No preâmbulo, justifica-se a medida, propondo "dar ao país um regime que, atendendo às exigências de um sistema jurídico e político, assegurasse autêntica obra democrática, baseada na liberdade, no respeito à dignidade humana..." etc., etc.Essas boas intenções não batem com o restante do texto. O presidente da República ganha o direito de interferir nos outros Poderes da República; pode decretar o recesso do Congresso e legislar por decretos; pode intervir nos Estados e municípios "sem as limitações previstas na Constituição"; pode suspender os direitos políticos de qualquer cidadão pelo prazo de 10 anos; pode cassar mandatos com prejuízo da bancada, pois não serão mais convocados os suplentes; pode "fixar restrições e proibições relativamente ao exercício de quaisquer outros direitos públicos e privados"; pode decretar estado de sítio, e prorrogá-lo, fixando o respectivo prazo; suspende a garantia de "habeas-corpus"; finalmente, veta ao Judiciário a apreciação dos atos praticados pelo poder público na aplicação do Ato Institucional e respectivos Atos Complementares.O Congresso Nacional, mais uma vez, é posto em recesso e, no mesmo mês, a Constituição de 1967 é alterada em vários pontos. Na História do Brasil, desde a Proclamação da Independência, somente o Estado Novo de Getúlio Vargas tinha ousado ir tão longe.Em artigo publicado na Folha de São Paulo em 13 de dezembro de 1991, Otto Lara Resende relembra aquele momento:"Na véspera, dia 12, eu estava em Brasília. De madrugada, Carlos Castelo Branco e eu fomos acordar o deputado Márcio Moreira Alves. Ninguém duvidava que a tempestade ia desabar dentro de algumas horas. Nossa preocupação era saber se o Marcito tinha um esquema de fuga. Claro que tinha. Como apertar as cravelhas do arbítrio sem cair no ridículo? Era o que eu me perguntava, no meio de tantas interrogações e perplexidades."Mas o discurso do Marcito era simples pretexto. Os acontecimentos tinham tomado o freio nos dentes, desde que se rompeu a ordem constitucional em 1964. O primeiro Ato era para durar seis meses e ponto final. Tudo voltaria à ordem democrática. Voltou? Uma ova!" Mais adiante, Lara Resende, com uma ponta de ironia, narra sua visita a Carlos Lacerda, um dia depois:"Uma empregada me abriu a porta. O dr. Carlos está lá em cima. Lá estava, sim, na bela biblioteca, sentado na cadeira de balanço, sozinho. A Frente Ampla tinha sido fechada em abril. O Carlos estava interessado em parapsicologia. Foi o nosso primeiro assunto. Depois, os anjos. Ele e eu, mera coincidência, tínhamos comprado um dicionário americano sobre anjos."Até que caímos na real. Sim, o AI-5. Ele achava que ia ser preso. E foi. O silêncio do telefone nos afligia. Mais de uma hora depois, chegou o Renato Archer. Deixei lá os dois na conversa de gente grande. Fui ler o AI-5. Você já leu? Que coisa mais pífia, santo Deus! E aconteceu. No Brasil."Costa e Silva adoeceEnvolvido em tantos problemas políticos e político-militares, não é de se estranhar que o Presidente não tenha tido tempo para exercer seu papel principal, que é o de governar.Com efeito, não há obras a registrar no governo Costa e Silva. No primeiro ano de governo, iniciado em abril, teve seu tempo tomado em perseguir a Frente Ampla, que pretendia a retomada das conversações entre civís e militares; O ano de 1968 foi tumultuado com manifestações pacíficas e repressões não tanto assim.O ano de 1969 iniciou-se num confronto aberto entre as duas facções que se formaram nas Forças Armadas, em especial no Exército: A "linha dura", que se instalara no poder, e os castelistas, que foram alijados dele. O ponto máximo é atingido quando o general Moniz de Aragão, chefe do Departamento de Provisão Geral do Exército, envia carta ao ministro do Exército, general Lira Tavares, fazendo severas críticas ao governo. Como punição, Aragão é destituído de seu cargo, aumentando as tensões entre as duas alas.O Presidente vê-se perdido ao meio em uma guerra sem fronteiras, sentindo-se impotente para restabelecer a disciplina. Na madrugada de 28 de agosto, quinta-feira, Costa e Silva é acometido de enfermidade, recebendo os primeiros socorros ainda em Brasília. Sentindo-se melhor, e "caminhando com suas próprias pernas", Costa e Silva, acompanhado de seu "staff" presidencial, embarca para o Rio de Janeiro, vai para o Palácio das Laranjeiras e, mais tarde, é internado em um hospital para exame mais criterioso.A doença e seu diagnóstico, trombose cerebral, foram escondidas da população, através da censura aos meios de comunicação. O vice-Presidente, em Brasilia, menos ainda sabia do que estava acontecendo no Rio de Janeiro, ignorado que foi pelo ministério militar do governo. O chefe da Casa Militar, general Jaime Portela, assumiu controle da situação, mantendo os três ministros militares a par dos acontecimentos.Em 30 de agosto, sábado, dois dias após a madrugada fatídica, reúne-se o Alto Comando das Forças Armadas para as primeiras providências visando a substituição, ainda que temporária, do presidente da República. À reunião compareceram, além do general Portela, o ministro do Exército, general Lira Tavares, o ministro da Marinha, almirante Rademaker; o ministro da Aeronáutica, brigadeiro Sousa e Melo; os chefes do Estado Maior das três Armas, respectivamente, general Murici, almirante Barros Nunes e brigadeiro Oliveira Sampaio; e o chefe do EMFA (Estado Maior das Forças Armadas), general Orlando Geisel.Tratando-se de um governo revolucionário, essencialmente militar, decidiu-se ignorar por completo a linha sucessória, formada, na ordem direta, pelo vice-presidente da República, pelo presidente da Câmara Federal, pelo presidente do Senado e, finalmente, impedidos todos estes, pelo presidente do Supremo Tribunal Federal. Todos eles foram considerados impedidos e, assim, temporariamente, assumiria o governo uma junta formada pelos três ministros militares.Assume a Junta MilitarNo dia 31 de agosto, domingo, chamado pelos ministros militares, o vice-Presidente, Pedro Aleixo, vai ao Rio de Janeiro. Não era, claro, para tomar posse. Depois de receber rasgados elogios por sua capacidade, sua têmpera e boa conduta, toma conhecimento de que não será empossado na Presidência. Quem tem força manda e quem tem inteligência obedece – diz o ditado – e Aleixo aceitou sem protestos a situação de fato que lhe era apresentada, ouvindo, ainda, o arremate final de Lira Tavares: "E além do mais, o senhor foi contra o Ato Institucional nº5."O carioca, sempre irreverente, quando tomou conhecimento do veto e da reação passiva do vice-Presidente cassado, inventou uma suposta carta de despedida de Aleixo, que dizia: "Nada fiz, nada quis, nada deixo; não me queixo; assinado, Pedro Aleixo."Foi assim que o Brasil ganhou uma nova Junta Militar, anunciada em proclamação transmitida em cadeia nacional de rádio, e pela televisão, até onde conseguissem chegar os "links" de micro-ondas, já que não havia ainda a transmissão universal via satélite. Foi lido, também, o Ato Institucional nº12, transferindo os poderes de governo para a Junta, até o restabelecimento do presidente Costa e Silva. A censura sobre os meios de comunicação foi intensificada e nenhuma notícia sobre o assunto era transmitida sem passar pelo filtro do poder central. A radicalização de ambos os lados se torna mais aguda: enquanto o governo militar reinicia as cassações, os movimentos de contestação promovem medidas violentas, dentre as quais, a mais importante foi o sequestro do embaixador americano Burk Elbrik, devolvido em troca da liberdade de 15 prisioneiros políticos, os quais foram embarcados para o México, onde ficaram asilados.Com o poder discricionário nas mãos, os novos governantes não fizeram cerimônia em usá-lo à farta: foram cassados vários políticos, confiscaram-se os bens de outros tantos e os municípios de Santos (SP) e Santarém (PA) tornaram-se zonas de segurança nacional, perdendo sua autonomia, e passando a ser governados por interventores.Explicando, embora não justificando, deve-se colocar em suas devidas dimensões a censura na divulgação de notícias sobre o estado de saúde de Costa e Silva. Não era fruto da ditadura, mas um comportamento típico de Estado. Lembremo-nos de que, em 1985, restabelecida a plenitude democrática, a mesma censura se estabeleceu com relação à doença do Presidente eleito Tancredo Neves, com a divulgação de boletins irreais e até de uma fotografia oficial em que Tancredo, paciente terminal em estado grave, foi sentado em uma poltrona, sustentado nela pelos próprios médicos, para passar ao público a falsa idéia de que ele estava com a saúde quase restabelecida. Como se faz um PresidenteMas volte ao nosso assunto. Tornou-se evidente que Costa e Silva não mais voltariam ao poder e, "cassada" a linha de sucessão, era preciso buscar novos nomes para substituir o Presidente e o vice. Pela primeira vez, o Sistema foi chamado oficialmente a se manifestar, através de listas de consultas pedidas a generais, almirantes e brigadeiros, numa eleição singular, em que cada um deles podia apresentar uma lista tríplice para análise. (Como gostavam, os generais, de listas tríplices!)Reunidas e analisadas todas elas, verificou-se uma repetição contínua do nome do general Médici que, por esta razão foi escolhido para Presidente. Quanto ao vice, decidiu-se colocar as barbas de molho: doravante, não se cogitaria mais de civis. Reforçando o esquema, foi escolhido o almirante Rademaker, que participou das duas Juntas Militares, a de 1964 e a de 1969.Apenas dois protestos significativos se registraram em manifestos endereçados pelo general Afonso de Albuquerque Lima (ex-Ministro) e pelo almirante Ernesto de Melo Batista. Ambos foram transferidos para a reserva, com base no Ato Institucional nº17 (Veja a que número já chegamos, e era para ser um só).Dois outros detalhes. Primeiro, a Constituição precisou ser alterada para adequar-se à nova ordem institucional, o que se fez por emenda, outorgada pela Junta Militar, invocando os poderes do Ato Institucional nº5. Mas as modificações foram tantas que, na pratica ela passou a ser considerada como uma nova Carta, sendo relacionada como a sétima Constituição do Brasil. Pela ordem tivemos as Cartas de 1823, 1891, 1934, 1937, 1946, 1967, e esta, de 1969, que vigorou até 1988.Segundo, o Congresso teve de ser reaberto para homologar os nomes do novo Presidente, Emilio Garrastazu Médici, e do novo vice-Presidente, almirante Augusto Hamann Rademaker Grunewald.Sem problemas. Ambos tomaram posse em 30 de outubro de 1969, para um mandato que iria até 15 de março de 1974, preenchendo um período de 4 anos e meio.EpílogoEstávamos até nos esquecendo do marechal ex-Presidente, em seu leito de morte. Pelo Ato Complementar nº71, foram concedidas a Costa e Silva as honras de chefe de Estado (não de Governo, que estava impedido de exercer), reservando-se-lhe, em ambos os palácios, no Rio e em Brasília, um gabinete privativo, para ser usado até 15 de março de 1971, data em que se encerraria seu mandato.Nem era preciso tanta deferência. O marechal Costa e Silva – todos o sabiam, e muito bem – estava paralisado em todos os seus movimentos e somente sairia do hospital para sua última morada: morreu em 17 de dezembro de 1969, exatamente quatro dias após o primeiro aniversário do Ato Institucional nº5, que ele editou, e com base no qual foi substituído, primeiro pela Junta Militar, depois pelo novo Presidente que o Sistema, "democraticamente", escolheu. Dura lex sed lex. A lei é dura, mas é lei.

Cultura


LINHA DO TEMPO: Idade Antiga
SÊNECA
(cerca de 4 a.C.-65 d.C.)
Lucius Annaeus Sêneca nasceu em Córdoba, Espanha. Filho de Annaeus Sêneca, conhecido como Sêneca, o velho, que teve renome como retórico e do qual restou apenas uma obra escrita, intitulada Declamações. Sêneca (filho) foi educado em Roma, onde estudou a retórica ligada à filosofia. Em pouco tempo tornou-se famoso como advogado e ascendeu politicamente, passando a ser membro do senado romano e depois nomeado questor. O triunfo político não se fazia sem conflitos e o renome de Sêneca suscitou a inveja do imperador Calígula, que pretendeu desfazer-se dele pelo assassinato. Contudo Sêneca foi salvo e, o próprio Calígula, veio falecer antes. Sêneca pôde continuar vivendo em relativa tranqüilidade, mas esta não dura muito tempo. Em 41 d.C. foi desterrado para a Córsega, sob a acusação de adultério, supostamente com Júlia Livila, sobrinha do novo imperador Cláudio César Germânico. Na Córsega, Sêneca passaria quase dez anos em grande privação material. Em 49 d.C., Messalina, primeira esposa do imperador Cláudio e responsável pelo exílio de Sêneca, foi condenada à morte. O imperador Cláudio casa-se então, com Agripina. Pouco tempo depois, Agripina manda chamar Sêneca para que este cuidasse da educação de seu filho Nero. Em 54 d.C., quando Nero se torna imperador, Sêneca passa a ser seu principal conselheiro. Esse período estende-se até 62, quando Sêneca deixa a vida pública e sofre a perseguição de Nero, que acaba por condená-lo ao suicídio. Não foi a lógica dos estóicos gregos, nem mesmo sua teoria do mundo físico, que atraiu o interesse dos estóicos romanos. Foi, antes, sua moral da resignação, sobretudo nos aspectos religiosos que ela permitia desenvolver. Sêneca foi o primeiro representante do estoicismo romano. O Pórtico, (a escola estóica recebeu o nome de Pórtico, devido ao fato de que Zenão de Cício ministrar aulas a seus discípulos sob a colunata em Atenas, conhecida por esse nome). Já com Panécio e Possidônio tinha aberto as portas à verdade e aos dogmas de outras escolas e, foi ainda mais sensível com Sêneca às instâncias ecléticas. O filósofo romano reafirmou a sua liberdade espiritual diante dos dogmas da escola. Dizem que Sêneca não é um eclético, porque essa sua liberdade característica enraiza-se num sentimento autenticamente estóico. Dizem, que as conclusões às quais Sêneca chegava eram, na sua maioria, alcançadas intuitivamente, sem que ele soubesse elaborar categorias teoréticas adequadas, para substituir as elaboradas pelos antigos estóicos. Sêneca é certamente um dos expoentes do Pórtico no qual são mais evidentes as oscilações a respeito do pensamento sobre Deus. Todavia, o ponto no qual a especulação de Sêneca é mais original está na psicologia, na sondagem das vozes interiores da alma humana e na capacidade de captar e interpretar o sentimento interior de divino. Em sua carta 41, escreve Sêneca: "Não se trata de levantar as mãos para o céu ou de pedir ao guardião do templo que nos permita aproximar-nos dos ouvidos dos simulacros, de modo que possamos assim ser melhor escutados. Deus te é próximo, está contigo, dentro de ti (...)". Podemos perceber que o Deus de Sêneca tem pouco em comum com os traços do Deus Pneuma dos antigos estóicos. Assim como Deus, outros são os temas tratados por Sêneca. As Cartas Morais de Sêneca, escritas entre os anos 63 e 65 e dirigidas a Lucílio, misturam elementos epicuristas com idéias estóicas e contêm observações pessoais, reflexões sobre a literatura e crítica satírica dos vícios comuns na época. Entre os seus doze Ensaios Morais, destacam-se: Sobre a Clemência, cautelosa advertência a Nero sobre os perigos da tirania; da Brevidade da Vida, análise das frivolidades nas sociedades corruptas, e Sobre a Tranqüilidade da Alma, que tem como assunto o problema da participação na vida pública; as Questões Naturais expõem a física estóica enquanto vinculada aos problemas éticos. Além dessas obras propriamente filosóficas, Sêneca escreveu ainda nove tragédias e uma obra-prima da sátira latina, Apolokocintosis, que ridiculariza Nero e suas pretensões à divindade. Todas essas obras, dizem os estudiosos, revelam que Sêneca foi, sobretudo, um moralista. A filosofia é para ele uma arte da ação humana, uma medicina dos males da alma e uma pedagogia que forma os homens para o exercício da virtude. O centro da reflexão filosófica para Sêneca, deve ser, portanto, a ética; a física e a lógica devem ser consideradas como seus prelúdios.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

futurus


The Amazonia is of the Brazilian people. If the United State of the America are going to confiscate it, This land will be its new Vietinã because the people of the forest is patriot and already more would permit that Brazil lost the sovereignty of the Amazonia. Our authorities constituted will have that open his eyes for the silent invasion that already lead to the Amazonia to more of 30 years through American north companies, protestant organizations, and in the last years through the devil international ONGs. The President Luis Inacio Lula da Silva squid should wake up is going to equip our forces assembled.

futurus incertus

Falando a verdade

José Cícero Gomes

Um dos temas incontornáveis do debate político na mídia burguesa é que o socialismo morreu, o fantasma que assustava a burguesia e todos os conservadores desde o século XIX, desapareceu. Alguns dizem definitivamente. A situação da ideologia capitalista neste nosso mundo globalizado parece ter adquirido uma nova vitalidade expandindo-se universalmente no campo da produção, do consumo e da cultura. Até no imaginário e no desejo de cada ser humano, mesmo daqueles a quem jamais poderá oferecer alguma coisa além da miséria, da fome e da dor, a ideologia da burguesia penetrou no imaginário coletivo. Os proletários a quem Marx e Engels apontavam uma missão histórica, em 1848, no Manifesto do Partido Comunista, pois "os proletários nada têm a perder, além de seus grilhões", tem hoje alguma coisa a perder: as garantias conquistadas, num mundo onde a exclusão e a miséria são reais para milhões de pessoas; mas acima de tudo, a classe obreira tem a perder seus sonhos. Esse é o dilema atual daqueles que pretendem manter a crítica e a lucidez no meio do caos e do desastre do afundamento das nossas sociedades, navios de luxo, aparentemente são naus que não afundará nunca, mas cujo destino é ir a pique. Um resultado fatal dos erros de planejamento e da arrogância de alguns comandantes (gestores), a sua evolução nos últimos anos e os desafios que agora se lhe colocam. Falar verdade e recusar os truques propagandísticos é o único caminho sério. Os anos 90 foi o momento de consolidação do capitalismo globalizado com processo de crescimento da União Européia e da economia norte americana. Mas hoje se observa a primeira grande crise capitalista do mundo globalizado, o capitalismo não pode fulgir das suas contradições. Se na primeira metade do século XX: os donos do poder em países como Alemanha, Áustria e Itália procuravam convencer o povo da morte dos regimes políticos liberais, apregoando o autoritarismo facista, os que apregoam que Morreu o socialismo, são os mesmos que ainda acreditam que ele está muito vivo. Temendo seu renascimento no meio popular, eles procuram convencer que o marxismo está ultrapassado. Como se ainda há a exploração do homem pelo homem, a dor, a fome e a injustiça social? No entanto, a desastrosa experiência do pseudo socialismo no nosso século XX ( O burocratismo estatal stalinista ), além de ser responsável por este último fôlego do capitalismo e pela desilusão dos movimentos sociais com a possibilidade histórica de uma alternativa, talvez tenha atingido também mortalmente o próprio conceito. O conceito de socialismo que até os nazistas usaram, deu cobertura ideológica às burocracias stalinistas, para o exercício terrorista do poder. Por isso, alguém que se queira hoje afastar dessas infâmias e deseje falar de uma alternativa socialista, talvez tenha que usar outra termologia, como autogestão, autogoverno ou federalismo. Ou então, terá de inventar novos conceitos, como fizeram no começo do século XIX os criadores do termo socialismo ou como fez Proudhon, ao forjar a palavra anarquismo para se referir a uma sociedade autogovernada. O certo é que a classe obreira tem que repensar sua luta e acordar para a conjuntura de percas e derrotas neste mundo neoliberal.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Cultura

Gastronomia Nordestina

Região NORDESTE
Alagoas • Bahia • Ceará •Maranhão • Paraíba •Pernambuco • Piauí • Rio Grande do Norte • Sergipe

A formação cultural do Nordeste, região com área de 1.561.177,8km2, gerou a mais diversificada culinária do Brasil. Marcada, no entanto, por singulares diferenças. São inúmeras as alternativas, a começar pelos pratos vindos da África ou criados com um toque africano. Comece pelos abarás e acarajés, na Bahia. Ante-pastos aos vatapás e às moquecas de peixe, de ostras, de camarões, iguanas douradas pelo azeite de dendê. Há, também, pratos à base de peixes dos mais vários tipos, servidos em formas várias. Sopas, escaldados, cozidos. E casquinhas de caranguejo, frigideiras de siri mole e cavaquinhas. Não é só no mar que nascem as delicias. Oferece a cozinha nordestina pratos exóticos, elaborados com carnes de porco, de cabrito, de carneiro. E aves. Prazeres que vão desde as tripas à sergipana até a carne de sol do Rio Grande do Norte e do Piauí,o baião de dois, a paçoca de carne de sol ou de castanha de caju, passando pelo xinxim de galinha e pela galinha d’Angola , também do Piauí. Além do baião de dois com pequi e galinha molho pardo do cariri cearense.

No Nordeste, é fundamental também provar a buchada de bode, a panelada, o sarapatel, a feijoada à alagoana, o cozido à baiana, o mocotó e o bobó de inhame, criações capazes de acalentar os mais exigentes paladares. À sobremesa, delicie-se com cocadas, sorvetes e refrescos feitos com frutas típicas, como taperebá, manga, araçá, cajú e pitanga, graviola e mangaba. Há mais, porém. No Maranhão, entregue-se, de corpo e alma, aos camarões, servidos como melhor lhe convier. Mas não se esqueça de degustá-los fritos, ao alho e óleo. É uma pedida fundamental. Que prepara o espírito para incursões pelo pudim de peixe maranhense, acompanhado de arroz de cuxá.

Come-se muito milho, farinha de mandioca, carne-seca, jabá (charque), carne-de-sol, carne de carneiro, cabrito e bode e a tradicional manteiga de garrafa (líquida), os queijos de coalho e de manteiga.

Os pirões de farinha de mandioca sempre acompanham os pratos principais.

Miúdos de porco, de carneiro, buchadas, farofas, carne-seca e carne-de-sol, são preparadas de várias maneiras e são muito consumidos.

O trinômio que circula o interior do Nordeste é rapadura, carne-de-sol e farinha de mandioca.

Verdadeiras riquezas de sabor inesquecível são nossas frutas de perfumes tão marcante. Caju, cajá, cajarana, pitanga, pitomba, mangaba, siriguela, jaca, abacaxi, graviola, carambola, pinha (ata), manga, sapoti, acerola, maracujá, usadas em sucos, batidas, sorvetes e doces.

Alagoas
Festival de comidas do mar, rios e lagoas, sendo em sua maiorias à base de coco.

Ceará
Culinária de origem colonial (comidas salgadas) com alguma influência portuguesa e indígena. Caracterizada por pratos feitos com mandioca, milho, arroz, feijão verde, carne de sol, carne de bode, queijos, manteiga da terra, e frutos do mar. E uso de temperos.


Bahia
Culinária de origem africana (comidas salgadas) com alguma influência portuguesa (doces – de ovos, pamonhas, cocadas, canjicas e mingaus). Caracterizada pelo trinômio coco-dendê-pimenta, usando ainda outros temperos como gengibre, coentro, camarão seco.

Maranhão
Situado no Norte do país é famoso pelo seu arroz-de-cuxá, seus enormes camarões e pelo consumo de carneiros, cabritos e bodes.

Sergipe
O surubim e a arraia são os peixes mais utilizados na comida típica.

Rio Grande do Norte
Cozinha regional a base de frutos do mar

Paraíba
A comida típica é uma mistura da indígena, africana e portuguesa.

Pernambuco
A cozinha pernambucana baseia-se nos frutos do mar, típicos da região.

No nordeste brasileiro as bebidas tradicionais são as cachaças,os licores e as cajuínas.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Versus Rudes


Meu cavalo é a poesia

seu galope é soberano

nesta corrida que é a vida

nas voltas que a vida dar,

me agarro em sua rimas,

pra não cair do seu doso,

nesta estrada da vida

nas voltas que o mundo dar.

Já viajei por mundos imagináveis

e nesta viagem convoquei a cantoria

prima-irmã da poesia

pra comigo rimar num de repente

as belezas dos mundos antes nunca visitado

no galope soberano desta minha poesia.

Faz 29 anos que viajo montando meu pégaso indomável

num galope soberano com ajuda da rédea de ouro

de nossa língua portuguesa me agarrando em seu doso

mesmos sem a grade habilidade de um cavaleiro como Patativa ou Drummond.

Vou levando este filho do sangue e das lagrimas,

das dores e das paixões do meu povo nordestino

pedindo desculpas a grande constelação dos poetas nordestinos.

domingo, 11 de maio de 2008

futurus incertus

Brasilia Online For Squid, opposition will put out marks of his government itself defeat in 2010 Petista says that will try to elect successor for do not repeat error of FHC and preserve its bequest, Kennedy Alencar says. PT review veto to Aécio and asks support of the Brazilian Socialist Party to Marta ABC debates unionism 30 years after strike all media blog of the josias 2º mandate

Notitia








In santa Catarina Firemen enclose seeks by missing priest in flight with balloons of Last party attempt for find the priest Adelir Antonio de Carli was deed in the morning of this Sunday, unsuccessfully.

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quinta-feira, 1 de maio de 2008

Morbus ab tropikós

O que é dengue?

Dengue é uma doença febril causada por vírus. O vírus causador é orindo de um mosquito específico, o Aedes aegypti.

Como ae adquire a dengue?

A dengue é transmitida pela picada de um mosquito do gênero aedes de origem africano, e o mesmo que transmite a febre amarela urbana. O aedes aegypti é o hospedeiro intermediário do vírus da dengue. ele transmite de uma pessoa a outra através de sua picada. não se pega dengue pelo contato físico, nem através de bebidas e alimentos.

Adevertência:

A única maneira de evitar a dengue é não deixando o mosquito nascer. É necessário acabar com os criadouros ( lugares de nascimento e desenvolvimento do mosquito ). Não deixe a água,mesmo limpa, ficar parada em qualquer tipo de recipiente ( guarras, pneus, pratos de vasos de plantas, bacias, copinhos descartáveis,... etc ). Nunca esqueças de tampar: caixas d'água. Cisternas, tambores e pocos. Lave bem os pratos de plantas, passando um pano ou uma bucha para liminar completamente os ovos dos mosquitos. uma boa solução é trocar a água por areia molhada nos pratinhos. limpe as calhas do telhado de sua casa. Se sua casa tem apenas a laje por cobertura não deixe a água da chuva empoçada, puxe com um rodo. Nunca esqueças de lavar os bebedouros de aves e outros animais domésticos com uma escova ou bucha, e troque a água pelo menos uma vez por semana.
A dengue se combate diariamnte, não vamos relaxar