segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Carmĭnis VIII

Pirraça
De olhares poerentos
se arrasta
Na tardizinha esconjurada.
O velho caminho da cacimba,
se desfaz
Tranquilo e passadiço,
Engolindo a sombra do dia
que se avulta no de-redor
Das casas ...
As mulheres
Preparam
A mesma novena pezarosa
Duramente traduzida
Pelo quilaro rabugento
Dos candeeiros acesos.
Os meninos
continuam não rezando.
E a chuva,
Que assiste tudo lá de cima
Só de pirraça.
Não cai
Na terra seca.
Cleilson Perreira Ribeiro ( O poeta do Barro-CE)