sábado, 28 de abril de 2012

Rômulo & Remo




Impérium romanum quo non potest memória humana recordari ullo fere toto orbe neque minus ab exórdio neque amplius incrementis, haber exórdium a Rômulo, qui fílius vírginis et, quantum putatus est, martis, éditus est uno partu cum fratre Remo. Is, cum latrocinaretur inter pastores, ocródecim annos narus constrítuit in monte Palatino eexiguam urbem undécimo kalendas Maii, tértio anno sextae Olimpíades,(et) trecentécimo nomagésimo quarto post Troiae, ut qui réferunt plúrimum minimunque.

TEMPINI, Otávio.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

NESTA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA DIA 30 DE ABRIL DE 2012 A E.F.M.M. ESTARÁ FAZENDO 100 ANOS









Dia 30 de abril de 1912 – Trabalhadores da frente de trabalho de Guajará-Mirim são recebidos como heróis em Porto Velho, tinha eles concluído a mística E.F.M.M. como todo mito é sempre um grande desafio, e com a ferrovia do diabo, não poderia ser diferente. Um episódio histórico de coragem, bravura quase épico vivido por homens vindo de varias partes da periferia do capitalismo mundial e as duas nações imperialistas (a Inglaterra e os Estados Unidos), que tinham hegemonia na construção ferroviária no terceiro mundo no início do século XX, enviaram seus filhos para o coração da insalubre e isolada floresta subequatorial amazônica, Um inferno verde que ceifou vidas de “gentlemen e stupid men” de varias raças e credos. Mas no dia 30 de abril de 1912, o mundo fica sabendo que a ferrovia que muitos acreditavam ser impossível construir, foi concluída. Graças tenacidade de um homem impetuoso, como o truste americano Percival Farquhar.

José Cícero Gomes
E.F.M.M - A FERROVIA DO DIABO

Minissérie Mad Maria

Estrada de Ferro Madeira Mamoré – Inauguração – Mad Maria

quarta-feira, 25 de abril de 2012

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O latim no Direito


Extraído de: OAB - Rio de Janeiro - 02 de Julho de 2009


Em entrevista, o advogado Máriton Lima fala sobre o uso do latim no meio jurídico

Quais seriam as principais razões para o uso de expressões latinas dentro do meio jurídico?

A grande razão é ser o nosso direito oriundo do romano, que tinha três grandes divisões: o direito civil, o das gentes e o natural.

Jus civile era o de Roma e de seus cidadãos. Compreendia os estatutos do senado, os decretos do Princeps, os editos dos pretores e também certos costumes antigos, que tinham força de lei.

Jus gentium era a lei comum a todas as pessoas, independentemente de sua nacionalidade. Autorizava as instituições da escravidão, da propriedade privada e defendia os princípios da compra e venda, das sociedades e dos contratos. Ele não era superior ao jus civile, mas o suplementava, aplicando-se especialmente aos habitantes estrangeiros do império.

Jus naturae era um produto da filosofia e constituiu uma das mais nobres realizações da civilização romana. Esse direito antecede ao próprio Estado, e qualquer governante que o desafiar torna-se automaticamente um tirano. Os estoicos haviam afirmado que todos os homens são por natureza iguais e detentores de certos direitos que os governos não têm autoridade para transgredir. Cícero (Marcus Tullius Cicero) foi o pai desse direito como princípio legal.

Apesar de já estar previsto em lei que "em todos os atos e termos processuais é obrigatório o uso do vernáculo", muitos acreditam num uso exacerbado dessas expressões, a ponto de impedir que os cidadãos compreendam o que está sendo dito. Como fazer para evitar tal problemática?

As pessoas cultas no Brasil fazem questão de dizer que são fluentes em inglês. Pois bem, nos Estados Unidos da América é muito utilizado o Black?s Law Dictionary, que traz muitas expressões latinas usadas pelo pessoal do meio jurídico, o que não impede os cidadãos de compreenderem o que está sendo analisado nos processos judiciais.

No Brasil, o latim é uma língua morta, mas todas as autoridades, conferencistas, jornalistas, advogados, procuradores, promotores, defensores, juízes e desembargadores, a cada instante, citam frases e expressões latinas, como demonstração de erudição e cultura.

Os cursos de direito não preveem o Latim como disciplina obrigatória. Isso deveria acontecer?

Deveria sim. Hoje o latim anda ausente dos programas, o que é lamentável, pois o latim ajuda as pessoas a raciocinarem.

A finalidade do latim é aguçar seu intelecto, para desenvolver o espírito de análise, para acostumar-se à calma e à ponderação, para tornar-se mais observador, para aperfeiçoar-se no poder de concentração de espírito e para obrigar-se à atenção.

Ao traduzir em latim as frases: "O homem que (quem) eu vi morreu, o homem que (qui) me viu morreu, as alunas que (quas) premiei estudam muito, conheço soldados cuja (quorum) coragem espanta", a pessoa é obrigada a pensar nos casos acusativo (quem e quas), nominativo (qui) e genitivo (quorum). Nessa obrigação está o proveito do estudo desse idioma: desenvolvimento de concentração de espírito, de atenção, de raciocínio. Aprender latim é aprender a pensar.

Ainda há muita dificuldade, por parte dos alunos de hoje, em fazer uso bom uso do latim? Qual a carga de "culpa" das universidades, neste caso?

A carga de culpa das universidades é não orientar o estudante para ser um cidadão, que vota e pode ser votado. Através do voto direto e secreto, com valor igual para todos, é exercida a soberania popular, para eleger os membros do Congresso Nacional. Eles é quem fazem as nossas leis. Quando colocarmos no Poder Legislativo pessoas realmente sérias, elas verão que a nossa origem está toda ligada à literatura latina e ao latim. Então eles imitarão os países sérios, onde se estuda sistematicamente o latim.

Como constitucionalista e professor de latim, quais seriam os principais entraves do latim dentro do Direito, tanto na sua aplicação, quanto no seu estudo acadêmico?

O principal entrave para o seu desprestígio foi um errôneo método de ensino, posto em prática, por uma didática antiquada e hermética que, aristocratizando-o, votou-o ao desprezo. Estando o latim fora dos currículos escolares, as pessoas usam termos latinos, sem nenhuma segurança e até com erros gramaticais.

Quais as reais vantagens de se continuar utilizando o latim dentro do meio?

O latim é a fonte comum das línguas neolatinas ou românicas (de Roma), como o francês, o italiano, o espanhol, o português, o romeno, o provençal, o dálmata e o sardo. Contribuiu igualmente para a formação de grande número de palavras em todas as línguas modernas - metade das palavras inglesas, direta ou indiretamente, são de origem latina.

De certa maneira, é o grande denominador comum de todas essas línguas hodiernas e, graças à solidez lógica de sua construção, oferece um meio de educação insubstituível. Idioma universal, possui a literatura mais rica, tanto pela quantidade como pela qualidade.

O que uma profissional da área precisa para adquirir um bom conhecimento do latim? Quais são os materiais essenciais (dicionários, gramáticas, aulas etc.) para o estudo?

Visitar o sítio www.latimedireito.adv.br, conhecer no orkut a comunidade Latim e Literatura Latina, pesquisar o sítio www.assimil.com (Le latin sans peine), assim como estudar a língua através das Gramáticas Latinas de Napoleão Mendes de Almeida, Saraiva e de João Ravizza (sebo).

Quais são as expressões latinas mais popularmente conhecidas?

As expressões latinas mais popularmente conhecidas estão no final do livro A lei na filosofia, na teologia e no direito (incluindo os direitos sociais nas encíclicas dos papas e a literatura latina com expressões traduzidas), São Paulo, LivroPronto, 2006, assim como no sítio www.mundodosfilosofos.com.br/latim.htm .

Autor: Da redação da Tribuna do Advogado

http://oab-rj.jusbrasil.com.br/noticias/1491111/em-entrevista-o-advogado-mariton-lima-fala-sobre-o-uso-do-latim-no-meio-juridico acessado por Cícero em 25/04/12.

Juridiquês

Latim - Gramática Latina



Latim - A Arte de Raciocinar Naôr Rocha Guimarães

1 - Alfabeto

O alfabeto do latim primitivo era formado por 21 letras, as mesmas do português, com a exclusão do J, do V e do Z. Por influência do grego, incluíram-se o K, o Y e o Z. Mais tarde, com o advento das línguas neolatinas, por seu prestígio e mesmo por seu crédito, já para as transcrições literárias, já para a evolução do próprio latim, acresceram-se o J e o V.

2 - Pronúncia do Latim

A pronúncia romana do latim é quase igual à da língua portuguesa, com algumas poucas diferenças:

l. Ae e oe pronunciam-se e. Exs.: – rosae (pr. róse) = as rosas; poena (pr. péna) = castigo.

Obs.: a) e pronunciam-se ae e oe. Exs.: poēta (pr. poeta) = poeta; aēr (pr. á-er) = ar.

b) Mesmo no fim das palavras a vogal e sempre se pronuncia e e a vogal o sempre se pronuncia o.

2. O c diante de e e diante de i tem quase o som de tch (o som de ch inglês em children). Exs.: cinis (pr. tchinis) = cinza; cedĕre (pr. tchédere) = ceder; micae (pr. mitche) = migalhas.

Obs.: o grupo ch tem o som de k. Ex.: architectūra (pr. arkitectura) = arquitetura.

3. O g diante de e e de i soa dg (o som do g inglês em gentleman). Exs.: gero (pr. dgéro) = levo; gigas (pr. dgigas) = gigante.

Obs.: O grupo gn soa como o nh português. Ex.: agnus (pr. ánhus) = cordeiro.

O h não soa nunca. Portanto homo (homem) pronuncia-se ómo; rythmus pronuncia-se ritmus, etc.

O j soa como i (era ignorado pelos romanos). Exs.: juvenis (pr. iuvenis) = jovem; adjutorĭum (pr. adiutórium) = auxílio.

3 - A importância da Análise Sintática no Ensino do Latim

No latim, as palavras mudam a terminação conforme a função sintática que têm na oração. A mesma palavra pode se apresentar de seis maneiras diferentes, pois são seis as funções sintáticas a que está subordinada, uma por vez. Isso se considerarmos só o singular, pois no plural serão mais seis terminações diferentes. Vejam-se os exemplos:

Português Latim

O aluno é aplicado. Discipŭlus diligens est.

O livro do aluno é bonito. Liber discipŭli pulcher est.

Os alunos são aplicados. Discipŭli diligentes sunt.

Os livros dos alunos são bonitos. Libri discipulōrum pulchri sunt.

Não se consegue falar ou escrever em latim se não se fizer a análise sintática, mesmo que seja apenas mentalmente. Cada palavra tem que estar na sua função. É imprescindível que se tenha um bom conhecimento de análise sintática para se aprender o latim.

Para alguns autores, mais que análise sintática seria análise lógica a ser usada na aprendizagem do latim. Uma análise mais apurada, mais detalhada. Contudo uma análise sintática bem estruturada é o mesmo que a análise lógica. As orações, ou proposições são elaboradas, devendo cada palavra estar em sua respectiva função sintática. Isso leva à aplicação exata da terminação.

Latim - elementos gramaticais


4 - As Funções Sintáticas e os Casos Latinos

São seis as funções sintáticas que uma palavra pode exercer em uma oração. É bom saber que oração (ou proposição) é uma ou mais palavras que têm sentido completo. Ela é formada por elementos que vêm a ser as funções sintáticas.

Para cada função sintática há, em latim, um caso. Caso é o modo de se escrever uma palavra de acordo com sua função sintática. Há seis casos em latim, pois são seis as funções. Numa oração, podem-se encontrar seis elementos:

· Sujeito

· Vocativo

· Adjunto adnominal restritivo

· Objeto direto

· Objeto indireto

· Adjunto adverbial

4.1 – Sujeito

É o elemento do qual se diz alguma coisa. É o agente de uma ação verbal ou o seu paciente. Em Pedro gosta de análise sintática, Pedro é o elemento ou o agente da ação de gostar. É o sujeito da oração. Já em a análise sintática da oração foi feita por Pedro; a análise sintática é o elemento ou paciente que sofre a ação verbal. É o sujeito .Em latim, o sujeito vai para o nominativo . O nominativo é, então, o caso que indica a função sintática do sujeito. Em Português, tem-se a flexão de gênero , de número e de grau, com terminações diferentes da palavra para indicar o singular, o plural, o aumentativo e o diminutivo. Em latim, a flexão é de caso, com terminação diferente para as diversas funções sintáticas.

4.2 – Vocativo

É um chamamento ou apelo. Toda vez que se se dirige a alguém, solicitando ou exigindo algo, tem-se vocativo. Quando se diz: aluno, estude mais, há um apelo, um chamado. Aluno é o elemento que indica esse apelo ou chamado. Aluno é vocativo. Outros exemplos: Quer estudar latim, Maria? Aprendam, meninos, a lição. Os termos grifados são vocativos. O vocativo é andarilho, ou seja, pode vir no início , no meio ou no fim da oração. Em latim, o caso do vocativo chama-se, também, vocativo. É bom notar –se que o vocativo vem sempre com um indicador especial: é seguido de vírgula ou precedido de ó (nunca oh , que é usado em frases exclamativas): Ó Deus, onde estais que não me ouvis?

4.3 - Adjunto adnominal restritivo ou complemento de especificação

Mais que um elemento,é um complemento. Indica sempre, através da preposição de , de quem é determinada coisa ou objeto. Restringe a posse de algo. Em o livro de Pedro está encapado, de Pedro é o adjunto adnominal restritivo. Não é todo livro que é encapado; o de Pedro é. Restringe e especifica o possuidor. Daí chamar-se complemento de especificação. Outros exemplos: Comprou-se a fazenda de vovô. O estudo do latim exige raciocínio. O prefeito da cidade é muito ativo. Os termos sublinhados são complementos de especificação. Em latim, o caso desse complemento é o genitivo.

4.4 - Objeto direto e objeto indireto

Antes de mais nada, é bom recordar o que é predicação verbal. Em português, em latim e nas demais línguas o verbo é a palavra mais importante da oração. Ou designa uma ação , ou um estado , ou um fenômeno natural. Na análise sintática ou lógica, o verbo forma o predicado, o elemento essencial para que a frase seja oração. Ele predica, atribui uma ação ou um estado a alguém. Quando a ação fica no sujeito, não transita, não passa para outro elemento, diz-se que é de predicação completa. Em o pássaro canta muito, canta é um verbo de predicação completa. Não exige nada. O significado está nele mesmo. É verbo intransitivo.

Já em preciso de amigos,; estudo latim, o significado verbal sai do sujeito, transita para outro elemento (de amigos, latim). São verbos de significação incompleta. São verbos transitivos, distribuídos em quatro grupos distintos:

  1. Diretamente transitivos - a ação passa para a pessoa ou coisa sobre a qual recai, sem auxílio de preposições: João matou o leão terrível; nossos soldados vencerão o inímigo; o lobo devora o cordeiro A pessoa ou coisa sobre a qual recai a ação do verbo – complemento verbal -, chama-se objeto direto. O leão terrível, o inimigo, o cordeiro são objetos diretos das orações acima. Em latim, o objeto direto vai para o caso acusativo.

  1. Indiretamente transitivos - pedem um complemento verbal através de preposições. É o objeto indireto: o homem depende de Deus; o general gosta dos soldados; o aluno obedece ao professor; recorremos a nossos pais. Dos soldados, ao professor, a nossos pais são objetos indiretos. O objeto indireto em latim vai para o caso dativo. Também vai para o dativo o complemento nominal em português, que é a seqüência de sentido – a integração – de um nome incompleto ( por nome entendem-se o substantivo, o adjetivo e o advérbio). Os nomes incompletos são oriundos de verbos transitivos: nada é difícil para Deus ( difícil = dificultar); o filho é agradecido ao pai ( agradecido = agradecer); temos obstáculos ao ensino do latim ( obstáculos = obstacular). Os termos grifados são complementos nominais; vão para o dativo.

Observação: entende-se por termo uma palavra ou uma expressão ( mais de uma palavra ) com uma função sintática específica.

  1. Duplamente transitivos - exigem não apenas um, mas dois complementos, um direto e outro indireto. São os chamados verbos bitransitivos, ou seja, transitivos diretos e indiretos, simultaneamente:

O educador diz coisas agradáveis e desagradáveis aos educandos” (quem diz, diz alguma coisa a alguém – exige objeto direto / coisas agradáveis e desagradáveis /, e objeto indireto / aos educandos / ). Outros exemplos: as crianças ofertam flores às mães; os romanos ofereciam sacrifícios de animais aos seus deuses; dei um dicionário de latim ao aluno.

d. Verbos de ligação - são verbos de significação incompleta que exigem mais uma união do o que um complemento, pois ligam ( unem ) um nome a outro ( são chamados, também, verbos unitivos ). Este nome unido a outro ou é um estado ou uma qualidade: Pedro é estudioso (qualidade); ele está cansado (qualidade); somos criaturas humanas (estado). Ser, estar, parecer, continuar e outros são verbos que, dependendo do seu emprego, podem ser de ; ligação. O seu complemento ou união é o predicativo, que vai para o caso nominativo, em latim. Exemplos: Pedro é pedra; João permanece calado; a lição continua difícil ( pedra, calado e difícil são predicativos e estão no caso nominativo.

4.5 - Adjunto adverbial

É uma circunstância (situação, momento) que se acrescenta a uma ação verbal ou a um estado e ou qualidade. É um auxiliar (daí ser adjunto - que está junto) do predicado, acrescentando-lhe idéias de situações diferentes, momentos específicos. Há muitos tipos de adjuntos adverbiais:

· Lugar

onde = Estou na sala de aula . ( lugar em que se faz a ação)

donde = Vim de São Paulo. (procedência)

por onde = Passamos por caminhos difíceis. (através dos quais)

para onde = Vamos à escola. (lugar ao qual alguém se dirige)

· Tempo - No verão o sol é mais quente. (quando) Ele é estudioso desde a 1ª série.(há quanto tempo)

· Modo - O tribuno combatia com valor. (maneira)

· Companhia - Voltarei com os amigos. (pessoa com quem se faz uma ação)

· Instrumento ou meio - Trabalho com os braços. (coisa pela qual se faz alguma ação)

· Causa - “Chorai pelos vossos pecados”. (motivo pelo qual se faz alguma coisa)

· Matéria - Corrente de ouro. (substância com que se faz alguma coisa)

O adjunto adverbial tem como caso o ablativo. Nos exemplos supra os termos grifados, em cada exemplo, estão todos no ablativo. Os adjuntos adverbiais são, também, chamados de complementos adverbiais.

4.6 - Predicado - Já se disse que o predicado é o elemento essencial da oração. Há oração sem sujeito, mas não oração sem predicado. É tudo aquilo que é dito do sujeito. É o verbo com aquilo que o acompanha(complemento, adjunto adverbial). É tudo aquilo na oração menos o sujeito. Exemplo: A cibernética, hoje, domina o mundo, incontestavelmente. Tem-se aí: sujeito a cibernética; predicado: hoje, domina o mundo, incontestavelmente.

Quando o sujeito é oculto (subentendido, elíptico), indeterminado (existe, mas não se sabe qual é – não-identificado), inexistente (fenômenos naturais e outros casos específicos) o predicado é toda a oração: somos alunos aplicados – predicado = somos alunos aplicados; vive-se feliz, aqui - predicado = vive-se feliz, aqui; troveja, toda tarde, no verão – predicado = troveja, toda tarde , no verão.

Existem três tipos de predicado:

a) predicado verbal ( quando o verbo é importante – ação): O estudo do latim leva ao conhecimento do português.

b) Predicado nominal (o importante é o nome, com verbo de ligação): O soldado romano era valoroso.

c) Predicado verbo-nominal (uma ação e um estado ou qualidade ao mesmo tempo): O comandante chegou ferido da guerra. (chegou = ação; ferido = estado).

4.7 – Aposto

É um complemento explicativo. Um termo que explica outro termo. Essa explicação vem com ou sem preposição, com ou sem vírgula: Aristóteles, filósofo, é imortal; o general Caxias sempre venceu; a cidade do Rio de Janeiro é maravilhosa. O aposto segue o mesmo caso do substantivo explicado, ou determinado. Em João, aluno de latim, é estudioso, temos:

João = sujeito - caso nominativo

aluno de latim = aposto - caso nominativo

já em Pedro estuda com o colega Altevir, notam-se:

Pedro = sujeito - caso nominativo

com o colega = adjunto adverbial de companhia - caso ablativo

Altevir = aposto - caso ablativo.

4.8 - Adjunto adnominal

É todo artigo, adjetivo, pronome adjetivo, numeral que acompanham um substantivo em sua função sintática e nos seus casos. Na oração o aluno José cumpre seus deveres escolares têm-se os seguintes adjuntos adnominais:

o = adjunto adnominal de aluno (= sujeito – caso nominativo)

seus = adjunto adnominal de deveres ( = objeto direto - caso acusativo)

escolares = adjunto adnominal de deveres ( = objeto direto - caso acusativo)

Em latim, o adjunto adnominal é analisado por muitos como atributo (aqui também ele o será) das diversas funções sintáticas. Estará sempre no mesmo caso dos substantivos que acompanha.

5 - Flexão - Declinação

Algumas classes de palavras (substantivos, adjetivos, pronomes, verbos e alguns numerais) mudam, sofrem alteração no final, ou seja, na última sílaba. São palavras variáveis, pois têm terminações diferentes.

Invariável é a palavra que tem sempre a mesma terminação. A parte final das palavras variáveis chama-se desinência. Radical é a parte da palavra sem a desinência. Na palavra teimoso a desinência “o” pode ser mudada para “a”, “os”, “as”, fazendo teimosa, teimosos, teimosas. Em latim, obtém-se o radical de uma palavra tirando-se-lhe a desinência do genitivo singular, conforme será visto adiante. Flexão de caso é a alteração que a palavra recebe na desinência, conforme a função sintática que tem na oração.

Os substantivos , em latim, estão reunidos em cinco grupos, pois nem todos terminam da mesma maneira. Estes grupos são denominados de declinação. A declinação é um conjunto de flexões de determinado grupo de substantivos. São cinco as declinações, todas com singular e plural. Cada declinação tem um total de doze flexões, seis para o singular e seis para o plural.

Para saber a que declinação pertence uma palavra basta verificar-lhe a desinência do genitivo singular. Os dicionários trazem a palavra no nominativo, em seguida no genitivo, a palavra toda ou somente as letras da desinência. Abaixo está o genitivo singular das cinco declinações:

Declinações 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª

Genitivo sing. ae i is us ei

Exemplos:

rosa, ae (=rosa) lª declinação

Petrus, i (=Pedro) 2ª declinação

fons, fontis (=fonte) 3ª declinação

domus, us (=casa) 4ª declinação

dies, ei (=dia) 5ª declinação

Como já foi visto, para encontrar-se o radical de uma palavra tira-se a desinência do genitivo singular. Assim, tem-se:

nominativo singular genitivo singular radical

rosa rosae ros

Petrus Petri Petr

fons fontis font

domus domus dom

dies diēi di

Importante: ao dizer-se uma palavra, em latim, é necessário declará-la no nominativo e no genitivo. Portanto, diz-se: fons, fontis (=fonte); Maria, Mariae (=Maria); manus, manus (=mão); res, rei (=coisa); dominus, domini (=senhor).