domingo, 28 de dezembro de 2008

Futurus Incertus- Cuba na era Raúl Castro


Em Cuba

O presidente Raúl Castro anuncia ajustes econômicos, austeridade e controle, entre as novas medidas que pretende mudar o futuro da ilha está à lei de seguro social aprovada neste sábado (27) pelo parlamento cubano.



Raúl, que assumiu formalmente a presidência em fevereiro deste ano pelos problemas de saúde do seu irmão Fidel, criticou o esbanjamento de recursos, a falta de controle e de rigor nos gastos públicos visando austeridade e controle absoluto nos gatos oficiais visando diminui o déficit público cubano.
O presidente de Cuba, Raúl Castro, anunciou no sábado à noite a criação de uma rigorosa controladoria, um corte profundo nos gastos públicos e a paulatina eliminação de gratuidades e subsídios, na última sessão parlamentar anual, às vésperas do aniversário de 50 anos da revolução cubana. "Um de nossos problemas fundamentais é a falta de exigência sistemática a todos os níveis", disse o presidente de 77 anos, antes de afirmar que as medidas pretendem devolver ao salário o poder real perdido com a crise em 20 anos e transformar o trabalho em necessidade. Ele propôs a criação de uma controladoria dos recursos - subordinada apenas ao Conselho de Estado -, que será submetida à votação na próxima sessão do Parlamento em 2009. Também anunciou um corte de 50% das viagens oficiais ao exterior e o fim de um subsídio de 60 milhões de dólares para as férias em Cuba de dirigentes, funcionários e trabalhadores destacados. Raúl lembrou que o país passa por uma situação econômica difícil pelos prejuízos de US$ 10 bilhões provocados pela passagem de três furacões, 20% do Produto Interno Bruto (PIB). O período de recuperação será de três a seis anos. A sessão parlamentar também aprovou uma nova lei de previdência social, que aumenta em cinco anos a idade de aposentadoria, assim como as diretrizes econômicas e o orçamento para 2009.
Raúl Castro impulsionou a reforma na sessão da Assembléia Nacional em julho, quando justificou a necessidade da medida com fatores como a queda da natalidade e o envelhecimento que enfrenta a população cubana. Esta nova lei de Seguro Social que elevará a idade mínima para aposentadoria em cinco anos e o estabelecimento de modificações no sistema de cálculo de previdência.
Após ser submetido a consulta popular em todos os centros trabalhistas do país, no qual participaram três milhões de trabalhadores cubanos, o anteprojeto foi aprovado pelos legisladores em uma sessão na qual o presidente Raúl Castro insistiu na importância das medidas de seu governo em relação ao trabalho.
A nova lei fixa a idade de aposentadoria para as mulheres em 60 anos e para os homens em 65, e abre a possibilidade de os aposentados voltarem a trabalhar e receberem pensão e salário, sempre que ocupem postos "diferentes" aos quais tinham no momento de sua aposentadoria.
Também estabelece que o cálculo de pensões seja feito de acordo com os salários mais altos recebidos durante cinco anos dentro de um período de 15 anos.
"Aprovamos uma lei de Seguro Social justa respeitosa dos interesses dos trabalhadores e que por sua vez leva em conta as realidades econômicas e demográficas do país”, estas foram às palavras de Raúl Castro.
O chefe de Estado cubano, Raúl ainda lembrou o envelhecimento da população e a necessidade de mudar a idade de aposentadoria, algo que, segundo disse, "a grande maioria de nossos trabalhadores compreendeu, após profundas discussões, em que se escutou e levou em conta a opinião de todos".
Ele comemorou também à volta às salas de aula de 7.000 professores aposentados e a de outros 9.000 que não vão parar, após o apelo que lhes fez em fevereiro por causa da falta de professores.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Carmĭnis

Calidoscópio

Me sinto preso
numa câmara escura
cheia de espelhos
que refletem uma vã felicidade
em multiplas combinações
produzindo uma falsa realidade
que colore meu mundo,
mera projeção de um sonho.

Cicĕro, 1997

sábado, 6 de dezembro de 2008

Futurus Incertus: Cuba no novo cenário político do continente americano





Estados Unidos versus Cuba: 50 anos de uma batalha de Golias armado até os dentes contra Davi sem o estilingue e a pedra, um confronte de forças desproporcionais.


Prof. José Cícero Gomes


Da revolução cubana aos nossos dias já se vão um meio século de perseguição e tentativas estadunidenses de destruir a soberania do povo cubano. Agora, nós latinos estamos apreensivos e um pouco esperançosos com a chegada de Barack Obama à Casa Branca será que o embargo econômico imposto pelos E.U.A. vai chegar a ter um fim, quando as peças no tabuleiro da política e seus argumentos forem articulados pela nova equipe de política do presidente eleito no próximo ano.
Se há um país que tem marcado a história do povo cubana é o E.U.A.,digo marcado de forma negativa como um eterno inimigo. Desde o triunfo da revolução em 1959, Washington encarnar o papel do adversário beligerante que tem procurado isolar Cuba do resto do mundo, e se tornou o inimigo que permitiu que o governo em Havana construisse o conceito de um lugar sob cerco, que legitimou a sua argumentação com que garantiu muitas das medidas adotadas no país.
Emergiu como um processo político na Guerra Fria, a revolução cubana foi apresentada como o paradigma na luta do povo latino-americano contra o imperialismo estadunidense no continente americano. Os E.U.A. se acercaram muito bem em toda América latina e Caribe para evitar que o exemplo cubano se repetisse. Já que os cubanos tinham vencido a revolução liderada por Fidel Castro contra a ditadura de Fulgência Batista e o imperialismo estadunidense.


Nas décadas de 60 e 70 os E.U.A. tornam legitimo uma meia dúzia de ditaduras militares na América Latina. A do Brasil em 1964 a 1895 é um modelo clássico das ditaduras apoiadas por Washington no mundo latino.Castro é o símbolo da resistência ao imperialismo estadunidense no continente Americano, o único governante que se opôs com êxito ao interesses norte-americanos, mas para isso, seu povo teve que pagar um preço muito alto. Mas, se o povo cubano não tivesse resistido, creio que sua situação econômica não estaria melhor porque outros irmãos latinos do caribe e América latina que se dobraram aos algozes do norte, continuam mergulhados na miséria.
Desde Dwight David Eisenhower 34º presidente até George Walker Bush 43º presidente estadunidense, a nação cubana vem resistido as tentativas de destruição de sua soberania por todos que já passaram pela Casa Branca. Será que o 44º presidente, o senhor Barack Obama porá fim ao orgulho ianque e se aproximará de Havana de forma amistosa, e colocará um fim nesta peleja desigual.Não quero acredita nas palavras de Marx,”não é a consciência dos homens que determina o seu ser social, mas, ao contrario, é o seu ser social que determina sua consciência”. Se for assim, não temos muito que esperar do novo presidente estadunidense.
No entanto, a chegada de Barack Obama à Casa branca poderia significar uma mudança radical de cenário, mas para isso teria que começa pondo fim ao embargo econômico. tal medida, já seria um grande passo rumo a apróximação das duas nações, mesmo que não conseguisse apagar as feridas e as dores provocadas por este embargo que os Estados Unidos mantém contra a ilha desde 1962.





Durante a campanha presidencial que culminou nas eleições de 4 de novembro, Obama deu sinal que pretende ter uma política diferente no que se refere a cuba, da que fizeram seus antecessores. Será ele mais flexível.
Suas palavras foram “Nós não podemos continuar fazendo a mesma coisa e esperamos mais de um resultado diferente”.






Já deveria está claro para os E.U.A. que com imposições e ameaças não é possível conseguir nada desse povo heróico, que é o povo cubano.