segunda-feira, 6 de julho de 2015

Redução da Maioridade Penal favorece a grande indústria das prisões.



Prof. Cícero

O sistema prisional (penitenciário) no Brasil não recupera ninguém e uma grande indústria que fará muitos dos deputados que votaram a redução da maioridade penal ou seus correligionários ficarem mais ricos fornecendo suprimentos, material de apoio e serviços terceirizados, a além de licitações fraudulentas para reformas de velhas prisões e construção de novas universidades do crime onde os filhos dos pobres pretos ou quase pretos irão ser enviados, e entraram infratores mirins e saíram monstros revoltados com tudo e com todos. Os gestores estaduais brasileiros do Oiapoque ao Chuí não conseguem oferecer segurança pública a população de seus respetivos estados na atual realidade quanto mais com a nova realidade que será criada com este ato anticonstitucional, incompetente, bestial, insano e antipatriota visando garantir lucros.  Transformaram o sistema prisional (penitenciário) do Brasil em um grande mercado e nele foi criado em torno do presidiário vários nichos de mercado que foram monopolizados por alguns deputados, governadores, senadores, vereadores através de seus respetivos laranjas. Alguns destes nichos são controlados por seus correligionários através de licitações de cartas marcadas. Estes indivíduos movimentam muito mais grana que o povo pode imaginar. Só o mercado de quentinhas servidas aos 715 mil presos no Brasil (4º maior população carcerária do mundo) movimenta cerca de dois bilhões de reais ao ano. Quando você vai conferir quais empresas fornecem essas quentinhas, muitas delas são de políticos ou de parentes deles ou de correligionários, como é o caso dos Perrela em Minas Gerais. Além do mais, essas empresas também são financiadoras de campanhas eleitorais, os empresários que fornecem alimentos e materiais de apoio e expediente. Além do mais, os trinta maiores presídios brasileiros estão privatizados. Nesse sentido, cada preso é um cliente. Portanto, presídios lotados são evidências de lucros, presídios vazios são sinais de prejuízos, como em qualquer hotel. São verdadeiros campos de concentração de pobres em sua grande maioria negros ou quase negros, os chamados pardos. Não podemos esquecer é que cada preso em presídio privado é pago com o dinheiro público. A Pastoral Carcerária estimou em R$ 3.000,00 o custo de cada preso privado por mês para o Estado. Enquanto isso, um aluno da rede pública custa de R$ 150,00 a R$ 227,00 por mês aos cofres públicos do Estado. Poderia ser investido esse dinheiro gasto com construção de presídios na educação das crianças brasileira. Mas nossos gestores e legisladores preferem investir em presídios por ter um retorno maior para eles e seus generosos pseudos doadores de campanhas (investidores) porque empresário não faz doações fazem investimentos. Eduardo Cunha reduz a maioridade penal através de uma manobra peculiar da velha direita brasileira. Votaram com ele o PMDB, o PSDB, o DEM e outros partidos, gente da oposição e da tal “base aliada”. Sem dúvida nenhuma, A indústria dos presídios foi priorizada e seu empresário está feliz com tal vitória. Haverá mais clientes para suas empresas. Não haverá nenhuma redução da violência no Brasil ao se reduzir a maioridade penal. Pelo contrário, vamos fortalecer as facções que dominam os presídios em todo o Brasil. Ali o preso não tem escolha, ou participa de alguma facção, ou ele e sua família estará marcado para morrer. Portanto, nessa votação houve apenas interesses econômicos e eleitoreiros, mas nenhum interesse na paz e na justiça. Haverá outra votação  antes da decisão final, mas com tantas manobras frutos dos interesses pessoais e partidários dos nossos venais deputados já não acredito que o bem vencerá o mal. Menores de 18 ao  cometer crimes hediondos, em casas de ressocialização alguns são recuperáveis. Não é uma missão impossível, é uma questão de vontade política. Nos sistema prisional (penitenciário), é algo impossível. Os deputados sabem, mas por todos os motivos acima citados, preferiram propiciar as condições para jogar os adolescentes pobres e em sua maioria negros ou quase negros nos Cáceres para serem os novos clientes da indústria das prisões.