quarta-feira, 18 de março de 2015

O modelo político brasileiro está falido.






Vivemos atualmente uma instabilidade política no ano em que o povo brasileiro deveria  está comemorando os 30 anos da redemocratização e do fim do famigerado regime militar de 64, e não deveria está reproduzido o discurso dos seus verdadeiros inimigos. A democracia brasileira não está consolidada, ela é frágil. No Brasil o que temos é uma experiência política em que se tem uma série de garantias democráticas, mas também se tem uma presença de força externas do espectro político que interferem de maneira tal na aplicação das leis e que fazem não termos uma democracia no sentido completo do termo. O Brasil é uma democracia muito frágil que tem seus altos e baixos, seus avanços e recuos por vários fatores de natureza sócio-política e econômica que produzem algumas mazelas que são heranças históricas ramificadas como uma metástase que age lesando diretamente no sene da política nacional destruindo o presente e o futuro do povo brasileiro. Do final dos anos 1980 até hoje a nossa democracia não se consolidou, e os seus problemas ficaram mais evidentes, como a baixa participação popular na vida política partidária, sindical, estudantil e em movimentos sociais. Há um processo de despolitização e alienação do povo brasileiro onde é visível que o povo idiotiza-se a cada dia. Com isso não pretendo afirmar que antes o povo brasileiro era consciente e politizado e hoje não é, mas uma coisa é certa hoje nosso povo está muito mais vulnerável ao controle social através dos novos e velhos instrumentos de alienação. Até setores que nos anos 50 aos 80 foram mais esclarecidos, conscientes e politizados hoje são ambientes que reproduzem o discurso dos antigos e novos algozes. Não podemos esquecer que temos um sistema parlamentar que produz distorções no sistema representativo que interferem no funcionamento do Estado ao mesmo tempo em que legitima e perpetua velhos vícios e práticas nocivas que tiram do povo brasileiro os direitos de direito que deveriam ser inalienáveis, esta infâmia se dar tanto no Senado quanto na Câmara Federal. Nesse momento da história temos um legislativo que atingiu máximo grau de corporativismo e prostituição politica, as duas casas do legislativo federal não passa de um antro de indivíduos venais, corruptos, corruptores e que se deixam corromper com poucos indivíduos honestos malhando em ferro frio e tentando salvar o sistema parlamentar e a própria frágil democracia brasileiro. A raiz das ameaças iminentes à nossa frágil democracia, esta no modelo de construção democrática adotado na chamada Nova República pós-ditadura militar na qual a governabilidade era compreendida através da cooptação de uma parte da classe política que se desenvolveu no seio do regime militar de 64, e da gestão de toda essa massa fisiológica da política brasileira vinculada a interesses econômicos do capitalismo nacional e estrangeiro. Foi assim no governo de Fernando Henrique Cardoso, com apoio de Antônio Carlos Magalhães e do PFL, e foi assim no governo Lula, quando esse teve o apoio do José Sarney um produto da ditadura militar. Nos dois casos, o PMDB era o grande gestor da fisiologia política. Alguns teóricos políticos dizem que este modelo se esgotou, mas ainda não chegou o momento do seu fim. Mesmo com esta grande crise que do sistema político nacional vem passado porque alguns tecnocratas, oligárquicas e pseudos líderes populares das tais bancadas empresarial, ruralista, evangélica e outras iram tentar manter vivo esse modelo político moribundo. A produção de grandes atores políticos no senário politico nacional já não existe, partido como PT, PSDB e PMDB já não possuem grandes lideranças nacionais. E o PSDB e o PT estão desmoronando-se na base. Esses dois partidos estão esgotados. Ninguém mais espera que o processo de reformas nacionais possa ser feito a partir de propostas desses dois grupos partidários. Os dois já foram testados e demonstraram limitações e ingerências. Ninguém vai conseguir fazer nada continuando com este modelo falido.