Mais uma vez
estamos em uma Copa do Mundo de Futebol desta vez numa contextualização nunca
vivida antes, alguém pode dizer que já sediamos uma copa antes em 1950. Mas é
bom lembrarmos que hoje a conjuntura sócio-política do povo brasileiro é outra.
Porém, há uma guerra política que lembra um pouco aqueles dias e houve atraso
nas obras como em 50. A construção de um grande estádio no Rio de Janeiro,
então capital da República, foi idealizada em abril de 1941, deu-se no governo
Getúlio Vargas. Após um concurso organizado pelos federais do CND, com o
objetivo de escolher o projeto, a prefeitura entrou na jogada. Começava, então,
a guerra política pela paternidade da obra. Depois de seis anos, quando o
Brasil já se encontrava na posição de sede da Copa do mundo de futebol, o
assunto voltou à pauta. Getúlio Vargas já havia terminado e saído da
presidência da república e o prefeito do Rio, Sr. Hildebrando Goes, instalou
uma comissão de estudos para a construção do estádio. O Sr. Mendes de Moraes,
que depois daria nome ao Maracanã, foi eleito prefeito do Rio de Janeiro em
junho de 1946. Começara, dessa forma, mais uma briga política, agora pela localização
da arena esportiva. Moraes defendia a construção no terreno do antigo Derby
Club, próximo à linha ferroviária, no bairro da Tijuca. Carlos Lacerda, líder
da União Democrática Nacional (UDN), queria o estádio em Jacarepaguá. O
prefeito Mendes de Moraes , porém, contou com o providencial apoio do músico e
radialista Ary Barroso e do jornalista Mário Filho. Com isso, ele ganhou a
queda de braço. O estádio foi erguido mesmo no Derby Club, às margens do Rio
Maracanã. É bom lembramos que a copa
do mundo de futebol FIFA no Brasil se dar num contexto de crise econômica como
naqueles anos de 1941 a 1950, podemos afirmar que a história se repete com roupagem diferente, a primeira vez como resultado da tragédia da 2º guerra e agora nesta segunda copa como farsa de um governo que faz uso da veteres
politicus ad panem et circenses,
assim como Vargas que usou o megaevento para reeleger-se a presidente da República
no dia 3 de outubro de 1950. Os cidadãos brasileiros foram às urnas e
confirmaram a vitória de Getúlio Vargas com 48% dos votos válidos. Hoje a Excelentíssima
Presidente da República Dilma Vana Rousseff faz uso de uma estratégica e de um
marketing político forte e uma propaganda agressiva que procura mostra uma
realidade inexistente e assim com Vargas em 50, Dilma Rousseff faz uso de uma
propaganda demagógica e populista que persiste em dizer que tudo anda bem com a
economia do Brasil, com a Petrobás e com povo brasileiro no que tangem as suas
necessidades de moradia, trabalho, saúde, segurança pública e educação. Ela
continua insistindo em apregoar que os brasileiros irão sair ganhando com o
evento futebolístico mundial em solo brasileiro. Mas ela esqueceu uma coisa há
uma parcela da população brasileira questionadora e apartidária coisa que não
existia na copa de 50, apesar de muitos dos brasileiros serem analfabetos políticos
e despolitizados e gratos pelas migalhas concedidas pelos projetos sociais, projetos
estes que não foram criados por ela, e nem pelo Sr. Luiz Inácio Lula da Silva,
ambos apenas melhoram tais projetos e os transformou em instrumentos que os
ptistas julgam capazes de lhes garantirem a permanência no poder. Será que os
ptistas não percebem que existem muitos brasileiros insatisfeitos e inquietos,
que foram e são excluídos em seus direitos e que estão conscientes sobre o
verdadeiro legado que a Copa do Mundo FIFA irá deixar. Daqui a pouco se inicia
a Copa do Mundo, faltam 13 dias. Se de um lado, a FIFA, os políticos pouco
confiáveis ptistas e os aliados, os empresários, os banqueiros e os patrocinadores
em geral já comemoram a vitória econômica; por outro lado há uma considerável
parcela da população brasileira questionadora e indignada com tudo, não só
com as obras superfaturadas. Mais de 60 anos depois, em 2014, o cenário
nacional e internacional vê dois tempos distintos, mas semelhantes quanto aos
impactos sociais provocados por acontecimentos traumáticos na economia global. Em
50 do século passado, o mundo a pouco, saíra de um conflito mundial, e a
economia de muitas nações européias estavam se recompondo. Hoje como ontem, o
mundo, está se recompondo de uma grande crise do capitalismo mundial, e como no
passado o escolhido para realizar esse evento futebolístico o Brasil, digamos
de passagem que uma nação rica do primeiro mundo se recusou realizar-la por ter
outras prioridades como trabalho, educação, moradia, saúde, segurança pública e
transporte urbano... Mas mesmo com todo isso a copa mundo de
futebol FIFA não é algo bom nem mau, certo ou errado. O mal está no uso que o
estado brasileiro fez do mesmo em 1950 na era vagas e está fazendo agora na era
Lula no governo da Dilma Rousseff pupila do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. O uso do futebol como instrumento de alienação e semelhante ao uso da
religião quando se tem o mesmo proposto, ambos tornam-se o ópio que faz povo
esquecer a verdadeira realidade em que está inserida. Baixo a velha política do
pão e circo que faz o povo pensar que é feliz mesmo mergulhado, em um mundo de
caos, corrupção e desgoverno.