Há exatos 50 anos o Brasil, de Didi e Vavá, sagrava-se bicampeão mundial no Chile, ao derrotar a Tchecoslováquia por 3 a 1, sendo campeã de forma invicta no Estado Nacional em Santiago com um gol de Amarildo aos 16’(minutos) do 1º tempo,um de Zito ao 24’(minutos) e o último de Vavá aos 33’(minutos) ambos realizados no2º tempo da partida. O gol sofrido pelo Brasil foi de Masopust 15’9(minutos) do 1º tempo.
Neste domingo, dia 17 de junho de 2012, os brasileiros comemoram um feito épico, o bicampeonato mundial no Chile em 1962. Hoje faz meio século daquela final com Checoslováquia. E o Brasil composto pelo seguinte esquadrão de ouro: Gilmar(do Santos); Djalma Santos(do Palmeiras), Mauro(do Santos), Zózimo(do Bangu), Nílton Santos(do Botafogo); Zito(do Santos), Didi(do Botafogo); Garrincha(do Botafogo), Vavá (do Palmeiras), Pelé(do Santos), Zagalo(do Botafogo). Com uma apresentação impecável, a seleção canarinho base da conquista de 1958 na Suécia, mais uma vez, levou a Jules Rimet de forma invicta, ao vencer a temida Tchecoslováquia na final por 3 a 1, no Estádio Nacional de Chile num belo domingo memorável.
Eis os nomes dos 12 heróis do histórico bicapeonato mundial de futebol no Chile: Gilmar dos Santos Neves(Gilmar do Santos), Djalma Santos(do Palmeiras), Mauro Ramos de Oliveira( Mauro do Santos), José Eli de Miranda(Zito do Santos), Zózimo Alves Calazans(do Bangu), Nílton dos Santos(do Botafogo), Manuel Francisco dos Santos(O Garrincha do Botafogo), Valdir Pereira(do Botafogo), Antônio Wilson Honório(do Santos), Édson Arantes do Nascimento(O eterno rei Pelé,do Santos) e José Macia( do Santos[Pepe]),Jair Marinho de Oliveira(do Fluminense), Hideraldo Luiz Bellini(do São Paulo), Jurandir de Freitas(do São Paulo), Altair Gomes de Figueiredo(do Fluminense), José Ferreira Franco(O Zequinha do Palmeiras), Mengálvio Pedro Figueró(do Santos), Jair da Costa(da Portuguesa), Edwaldo Izídio Neto(O Vavá do Palmeiras), Amarildo Tavares da Silveira(do Botafogo), Mário Jorge Lobo Zagalo(do Botafogo), Carlos José Castilho(do Fluminense) e o Técnico era Aymoré Moreira.
Donos de um futebol envolvente, os 12 heróis que foram responsáveis por apresentar o futebol arte para mundo e que na sequência da história fariam do Brasil o País do Futebol, viu a possibilidade de título em 1962 diminuir na segunda partida, diante da Tchecoslováquia, quando Pelé saiu de campo machucado para não mais retornar a partida.
Mesmo com o desfalque de Pelé, a canarinho não amarelou, naquela. Os guerreiros Mané Garrincha, Amarildo,Vavá, Didi, Djalma Santos e Nilton Santos partiram para cima dos techcos e conquistarem o bi.
Se toda a impressa desportiva e a própria opinião pública temia pelo pior sem o menino da vila(Pelé),porém o grupo tinha a certeza que a conquista viria. Segundo o ex-lateral-direito Jair Marinho, campeão mundial naquele ano, a desconfiança nunca passou pela cabeça dos jogadores.
“Já tínhamos a base de 1958, saímos do Brasil certos de que ganharíamos o Mundial. Muitos se espantaram com a lesão do Pelé, mas o Amarildo estava mais do que preparado para substituir o Pelé”, comentou.
Sobre a conquista, Jair Marinho lembra que o estilo do jogador brasileiro, até então desconhecido pelos europeus, foi o grande diferencial.
“A grande surpresa foi a forma de jogar, o estilo dos brasileiros que surpreenderam os europeus, além da vontade de vencer”, destacou o ex-jogador.
E se o estilo do Brasil foi o diferencial, muito se deve a Garrincha que foi o melhor jogador daquela Copa. Sobre o craque, Jair não poupa elogios.
“Garrincha foi o máximo do jogador na época de 1958 e 1962. Ele foi aquele jogador que quando entrava em campo era certeza de vitória. Ele era 50% da Seleção”, cravou Jair.
Com relação a importância daquela conquista para o futuro do esporte, Jair Marinho afirma que aquele bicampeonato, foi determinante para que o Brasil se tornasse definitivamente o País do Futebol.
“Foi muito importante. Pelos campeonatos de 1958, 1962 e até 1970 que o Brasil começou a ser conhecido como ‘País do Futebol’. Nós apresentamos o Brasil para o mundo”, afirma.
Muito elogiada pela sua força ofensiva que anotou 14 gols e com uma das defesas menos vazadas com apenas cinco, o setor foi defendido por Altair, ex-zagueiro daquela Seleção.
“Toda Copa é difícil, mas os jogadores da defesa tiveram uma atuação destacável em 1962”, declarou o ex-jogador.
Aquela seleção brasileira de 1962 foi uma verdadeira Seleção de futebol com todos os setores do time jogando em harmonia, em prol de um objetivo comum a conquista do bicampeonato, além de eternizar seus nomes na história do futebol mundial.
Para as novas gerações aprenderem os nomes dos atletas que entraram no Estadio nacional do Chile naquele domingo 17 de junho de 1962, eis as escalações das duas seleções: no Brasil- Gilmar; Djalma Santos, Mauro, Zózimo, Nílton Santos; Zito, Didi; Garrincha, Vavá, Amarildo, Zagallo. Técnico: Aymoré Moreira. Tchecoslováquia- Schroiff; Tichy, Pluskal, Popluhar, Novak; Masopust, Scherer; Pospichal, Kadraba, Kvasnak, Jelinek. Técnico: Rudolf Vytlacil.
