quarta-feira, 18 de junho de 2008

Populus nippo brasiliae


Não importa qual o grau de parentesco dos nossos nipo-brasileiros, se é Issei, Nissei, Sansei ou Yonsei. Todos fazem parte da maior riqueza deste país que é o seu povo. Todos são brasileiros sejam na lei por naturalização, ou seja, por nascimento. Feliz 18 de junho, marco inicial da imigração japonesa para o Brasil. Hoje a nação brasileira seja nipo descendente ou não, todos nós comemoramos o centenário da chegada dos primeiros japoneses.
por José Cícero Gomes

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Cultura


Doze razões para estudarmos Latim


Como muitas coisas que são vergonhosas no Brasil termos retirados o Latim da grade currucular fazendo o nosso povo esquecer a língua-mãe da nossa língua materna da forma como fizemos! Há mais de trinta anos o latim não é disciplina obrigatória nas escolas e hoje são poucas as universidades que a mantém. Como resultado vemos professores do ensino fundamental ao universitário que não dominam o Português, por desconhecerem a essência da nossa língua portuguesa.
O mais curioso é que apesar de no Brasil isto ser uma triste realidade, nas universidades européias e norte-americanas o latim é disciplina obrigatória (Como por exemplo, nos EUA e Inglaterra onde sequer a língua tem origem latina apenas recebeu uma grande contribuição em sua formação).
Por que estudar latim? Não é uma língua morta?
O estudo do latim não é apenas uma finalidade em si, pois traz muitíssimos benefícios a quem se dedica a ele, tais como:
1. Desenvolve o raciocínio abstrato;
2.Desenvolve o raciocínio analítico;
3.Desperta facilmente a curiosidade;
4. Rapidamente aumenta o poder de concentração;
5.Cria o hábito da análise sintética;
6.Facilita a compreensão da linguagem;
7.Proporciona agilidade mental;
8.Organiza gradualmente o pensamento;
9.Melhora a capacidade de julgamento;
10. Disciplina a mente;
11. Amplia o senso crítico;
12. Condiciona o pensamento às argumentações abstratas.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Cultura


A História do Dia dos Namorados

A comemoração do dia dos namorados possuem várias explicações possíveis, baseada na tradição cristã, latina e pagã. A Igreja Católica Romana reconhece três santos com o nome de Valentim, mas o santo dos namorados parece ter vivido no Século III, em Roma, onde os casais celebram seu dia, em 14 de fevereiro. Para nós de cultura luso-brasileira o Santo dos enamorados e Antônio, um português de Lisboa, mas ficou conhecido como Antônio de Pádua - Itália. Santo Antônio é o Santo mais popular do Brasil e, é conhecido como Santo casamenteiro.
Valentim era um sacerdote cristão contemporâneo do imperador Cláudio II, que queria constituir um exército romano grande e forte, mas não conseguiu atrair muitos soldados, porque os homens não se dispunham a abandonar as suas mulheres e famílias e partirem para a guerra. Assim, o imperador proibiu os casamentos entre jovens e Valentim, revoltado, resolve realizar casamentos secretos. Quando foi descoberto, foi preso, torturado e decapitado a 14 de Fevereiro.
Já na Roma Antiga, a data era celebrada em 15 de Fevereiro (que, no calendário romano, coincidia aproximadamente com o início da Primavera) no festival Os Lupercalia. Na véspera desse dia, eram colocados em recipientes pedaços de papel com o nome das raparigas romanas. Cada rapaz retirava um nome, e essa rapariga seria a sua namorada durante o festival (ou, eventualmente, durante o ano que se seguia).
Com o tempo, o dia 14 de Fevereiro ficou marcado como a data de troca de mensagens amorosas entre namorados, sobretudo em Inglaterra e na França - e, mais tarde, nos Estados Unidos. Neste último país, onde a tradição está mais institucionalizada, os cartões de S. Valentim já eram comercializadas no início do século XIX.
Há também quem defenda que o costume de enviar mensagens amorosas neste dia não tem qualquer ligação com o santo, datando da Idade Média, quando se cria que o dia 14 de Fevereiro assinalava o princípio da época de acasalamento das aves.
No Japão existem dois dias dos namorados. O primeiro é 14 de fevereiro, quando as mulheres dão presentes e chocolates para amigos, namorados e afins. E no dia 14 de março é a vez dos homens retribuírem o presente.
No Brasil comemoramos o Dia dos Namorados, em 12 de junho, vespera do dia de santo Antônio.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

futurus incertus

Este documento faz parte de uma entrevista retirada do Jornal Diário da Manhã - Goiânia -Go– Caderno Especial – Publicado quarta-feira, dia 03 de novembro de 2004. Edição e texto de Javier Godinho
Introdução
Como seria o Brasil sem a Amazônia ?
"Eles Levam Nossas Riquezas"
O Brasil Inteiro Contra o Mundo
A CIA – Agência de Investigação Criminal Americana – Está na Região desde 1996
A História Não Deixa Mentir
Conclusão
Introdução
Em outubro de 2004 o comandante e general-de-brigada Marco Aurélio Costa Vieira recebeu o jornalista Javier Godinho para uma discussão:
A Internacionalização da Amazônia.
O General Marco Aurélio demonstrou através de documentos, imagens, e informações do exército brasileiro que confirmam plenamente que o Brasil corre o risco de perder 56% de seu território, e justamente a maior riqueza intacta mineral, petrolífera, fauna e flora e principalmente água potável que será o grande problema mundial daqui alguns anos.
Da água potável ainda existente no planeta, 11% corre nos 23 mil quilômetros de rios navegáveis da maior bacia hidrográfica do mundo, responsável por dois terços do potencial hidrelelétrico do Brasil.
Como seria o Brasil sem a Amazônia ? Veja os números...
O general Marco Aurélio demonstrou um mapa mostrando como seria o Brasil sem a Amazônia. Já pensarem nisso algum dia?
Então veja: de um lado 5,1 milhões de quilômetros quadrados perdidos, o mais promissor do presente e o mais rico do futuro desse país, atualmente semi-abandonados pelos governos e pela população, com apenas 4 habitantes por quilômetro quadrado, 12% da representação política e US$ 2.059,00 de renda per capita. Do outro, horrível no formato, os 3,4 milhões de quilômetros quadrados que nos sobrariam, com 40 habitantes por quilômetro quadrado, 88% da representação política e US$ 4.955,00 de renda per capita.
Dentro da Amazônia brasileira cabem nada mais nada menos de 17 paises europeus dentre eles - Bélgica, Alemanha, Eslováquia, Áustria, Albânia, Portugal, Itália, Bósnia, Inglaterra, França, Espanha, República Tcheca Holanda e a Suíça.
Com certeza, grupos suspeitos, cada vez maiores, de várias dessas nações já se estabelecera, se movimentando e realizando ações escusas no território amazônico.
"Eles Levam Nossas Riquezas"
O general Marco Aurélio, que viveu 5 anos no Comando Militar da Amazônia, não acredita ainda que exista mesmo um movimento organizado para tomar a Amazônia. Mas destaca que há grandes interesses de potências econômicas, pois já atuam individualmente. Há grande número de estrangeiros dentro de nossa Amazônia. São mais de 600, entre ONGs, instituições religiosas, cientificas e culturais.
Este levantamento foi feito pelo exercito brasileiro. Tais instituições atuam entre a população branca pobre e os índios. E o mais grave: estão levando nossa riqueza de todo o tipo.
È inacreditável que estão nos cercando 20 bases militares dos Estados Unidos, a título de combater o narcotráfico e a guerrilha.
Depois desta reportagem você acredita que estão combatendo mesmo o narcotráfico ou estão de olho nesta região?
Na operação Timbó, realizada pelas forças armadas, foi detectado um contrabando de mogno realizado por representantes de empresas estrangeiras, que para tanto, usam caboclos e índios brasileiros para marcar as melhores árvores, e a seguir arrancadas por tratores as arrastavam para o território peruano.
Um dado importante mostra sem dúvida a presença marcante de estrangeiros no nosso território: O governo da Guiana Francesa paga um salário por criança nascido no Brasil, que ali seja registrada, para retornar ao nosso país, mas com cidadania daquele departamento ultramarino da França.
O general destaca o trabalho dos pelotões de fronteira, praticamente única presença brasileira na área.
Essas unidades militares são procuradas para por índios e caboclos em busca de assistência de todo tipo, inclusive médica.
O Brasil Inteiro Contra o Mundo
O general Marco Aurélio busca com muita apreensão despertar a consciência nacional para a necessidade de ocupação racional, de fato, pelos brasileiros, da Amazônia, onde a cobiça estrangeira cada vez mais estende seus tentáculos.
Do seus documentos, imagens e de sua experiência como Comandante Militar da Amazônia por 5 anos, contam opiniões manifestadas por vários "donos do mundo" que passaram pelas nações mais ricas da Terra sobre a posse da Amazônia pelo Brasil.
Vejamos tais declarações dos "donos do mundo":
Margareth Thatcher, primeira ministra do Reino Unido (Inglaterra) em 1983:
"Se os países subdesenvolvidos não conseguem pagar suas dividas externas, que vendam suas riquezas, seus territórios e suas fábricas."
John Major, Primeiro ministro sucessor de Thatcher, líder do Partido Conservador inglês, em 1992:
" As nações desenvolvidas devem estender o domínio da lei ao que é comum de todos no mundo. As campanhas ecológicas sobre a região amazônica estão deixando a fase propagandista para dar inicio a uma fase operativa, que pode definitivamente engajar intervenções militares sobre a região."
François Mitterrand, primeiro socialista presidente da França em 1989:
"O Brasil precisa aceitar uma soberania relativa sobre a Amazônia".
Mikhail Gobachev, estadista que liderou o fim do regime comunista e a volta do mundo socialista à economia de mercado:
"O Brasil deve delegar parte de seus direitos sobre a Amazônia aos organismos internacionais competentes."
Patrice Hugles, chefe do órgão central de informações das Forças Armadas Americanas:
"Caso o Brasil resolva fazer um uso da Amazônia que ponha risco o meio ambiente nos
Estados Unidos, temos de estar prontos para interromper esse processo imediatamente".
Al Gore, vice presidente Americano:
"A Amazônia não é dos brasileiros".
A CIA – Agência de Investigação Criminal Americana – Está na Região desde 1996
A opinião dos Estados Unidos pode ser encontrada nesta fala de Henry Kissinger, diplomata que foi assessor da Casa Branca e secretário de Estado, prêmio Nobel da Paz em 1973:
"Os países industrializados não poderão viver da maneira como existiram até hoje se não tiverem à sua disposição os recursos naturais não renováveis do planeta. Terão que montar um sistema de pressões e constrangimentos garantidores da consecução de seus direitos".
Em 1996, Madaleine Albright, secretária de Estado dos Estados Unidos, revelou:
"Atualmente, avançamos em uma ampla gama de políticas, negociações, e tratados, em colaboração com programas da ONU, diplomacia bilateral e regional, distribuição de ajuda humanitária aos países necessitados e crescente participação da CIA em atividades de inteligência ambiental"
Ao bom entendedor já está claro que a CIA está na Amazônia, onde as ONGs e tantas outras instituições com rótulos de cientificas e culturais e defensoras do meio ambiente atuam de mil e uma maneiras.
A História Não Deixa Mentir
No começo do século 20 a então poderosa Alemanha comunicou ao Barão de Rio Branco:
"Seria conveniente que o Brasil não privasse o mundo das riquezas naturais da Amazônia"
A competência desse diplomata brasileiro extraordinário e patriota maior ainda abortou as tentativas de invasões estrangeiras, disfarçadas sob o argumento de que o Brasil não teria condições de explora-la e a humanidade não poderia se privar dde desfrutar da Amazônia.
O Brasil já repeliu a tentativa do Hudson Institute de junta as águas dos maiores rios do mundo para formar o Grande Lago Amazônico.
O Racista notório americano general James Watson Webb, ministro de Washington, elaborou um plano para que a Amazônia fosse destinada aos negros norte-americanos, evitando que se repetissem as condições sócio-econômicas que levaram o pais à Guerra de Secessão.
A companhia Amazon River Corporation tinha a finalidade de colonizar a Amazônia.
No principio do século 20, o Presidente Epitácio Pessoa ouviu, estarrecido, em Genebra a proposição do presidente americano Wilson um plano de Internacionlização da Amazônia.
No Japão vicejou a tese de que filhos de soldados americanos com japonesas durante a 2ª guerra mundial deveriam ser mandados para a Amazônia.
O presidente Eurico Gaspar Dutra rechaçou as propostas norte americanas de enviar para a Amazônia excedentes populacionais de Porto Rico e 200 mil refugiados árabe da palestina.
O general Juarez Távora denunciou as escandalosas concessões pretendidas pela Amazon Corporation of Delaware e a The CnadianAmazon Corporation Co. de extrair as riquezas nacionais amazônicas.
Em 1993 o ex presidente José Sarney denunciava a concentração de tropas norte americanas na Guiana, no Suriname e na Venezuela. Hoje, é público e notória a presença de militares dos EUA no Equador, Peru, Paraguai e na Colômbia, a título de combater o narcotráfico e a guerrilha.
É um cinturão de 20 bases que se encomprida e se alarga, fechando o cerco.
E quem pensa que essa ambição internacional é típica dos governo, da qual estão isentas as instituições que afirmam agir na Terra em nome dos Céus, oferecemos mais um quadro, o Conselho Mundial de Igrejas Cristãs, que em 1981, manifestou o seguinte em Genebra:
"A Amazônia é u patrimônio da humanidade. A posse dessa área pelo Brasil, Venezuela, Equador e Colômbia, é meramente circunstancial".
Pior do isso só o cartão muitas vezes encontrado até em forma de guardanapo de papel em restaurantes em Londres, cuja tradução do inglês é esta:
"Lute pela floresta. Torre um brasileiro."
Conclusão
Diante do quadro que acabamos de colocar a disposição de qualquer um cidadão brasileiro para refletir sobre a verdade que ocorre na questão da ocupação da Amazônia, ficamos estarrecidos com a reportagem que saiu no DM.
Como educador e biólogo não posso de a partir de agora levar aos meus alunos esta questão para refletirem sobre a soberania nacional.
Também gostaria de deixar bem claro que este tipo de matéria deveria estar em destaque em todos meios de comunicação para o livre pensar de cada cidadão sobre a nossa riqueza que está na Amazônia.
Assim sendo, espero que um dia não só os educadores que tiverem acesso a este documento, mas que os verdadeiros políticos que honram este País, possam ter mais vontade política de acabar com essa idéia de ocupação, desenfreada da Amazônia e que esses inescrupulosos "donos do mundo" possam estar mais preocupados em fazer uma política mais humana, sustentável e também estar preocupados com a melhoria da qualidade de vida de cada habitante deste planeta..




Neivaldo Lúcio Rosa de Oliveira
é educador e biólogo. Atua nas escolas públicas da rede oficial de ensino municipal e estadual em Goiânia/Goiás.
Contato: gostaria de saber uma opinião a respeito deste assunto.
neivaldo-oliveira[arroba]ig.com.br

domingo, 1 de junho de 2008

futurus incertus


Estão assassinando a ultima flor do Lácio.
Novas mudanças na Língua portuguesa.


Discordo da eliminação de acentuação... Isso é um absurdo. Tratam à língua como se não fosse um patrimônio do povo, perguntaram ao povo brasileiro se queriam esta padronização. A língua é construída pela cultura e pela história e não por meros tratados e legislações. Isso que estão fazendo é uma grande bobagem e uma grande violação à nossa língua portuguesa. Por que não deixar as duas formas (a brasileira e a lusitana)?Mesmo que o interesse seja a integração dos idiomas dos países de língua portuguesa, creio eu que a língua não é ciência nem sistema lógico. Ela é produto de uma evolução cultural e só através de tal evolução cultural poderia haver transformações. Se alguma nação de língua portuguesa deveria impor paradigmas esta deveria ser a brasileira porque somos a maior nação de língua portuguesa da terra. Mas não acho certo imposições. Nem por parte do Brasil, nem tão pouco de Portugal. O que deveria ser feito por parte do Brasil era inundar o mundo de língua portuguesa com as produções culturais do povo brasileiro para que o nosso modelo lingüístico prevalecesse.
Para quem quer saber, o que mudou em maio de 2008 foi (entre outros):- Paroxítonas terminadas em "o" duplo, por exemplo, não terão mais acento circunflexo. Ao invés de "abençôo" e "vôo", os brasileiros terão que escrever "abençoo" e "voo".- mudam-se as normas para o uso do hífen- Não se usará mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus decorrentes.- Criação de alguns casos de dupla grafia para fazer diferenciação, como o uso do acento agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação, tais como "louvámos" em oposição a "louvamos" e "amámos" em oposição a "amamos".- O trema desaparece. Estará correto escrever "linguiça", "sequência" e "frequência".- O alfabeto terá 26 letras, com a incorporação de "k", "w" e "y".- Eliminação do acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia".

Roma RM, Italia - Google Maps


Lingua ab Roma

Google Maps
Terra MagazineColunistas › Vera Araújo

A volta do latim
A impressão que se tem no Brasil é que o único contato entre o brasileiro e o latim ainda é a bandeira do Estado de Minas gerais.
Uma das pragas do verão europeu é a falta de assunto, com governos e oposições fechando para férias e nada acontecendo dentro das fronteiras nacionais, enquanto o mundo explode não muito longe daqui. Nos jornais começam as apelações tipo: a-última-moda-nas-praias, ou a-última-tendência-dos-vips. Numa dessas páginas de assunto inventado ou caçado a gritos, no diário Repubblica, de Roma, saiu ontem reportagem dedicada ao relançamento e à redescoberta do latim.
Quem estudou nas escolas italianas lembra-se ainda muito bem do rosa rosae rosae rosarum rosis como de um dos pesadelos do liceu clássico, onde se estuda ainda grego e a matemática é considerada inútil bobagem moderna. Pois Repubblica afirma que o latim está na moda, pelo menos nos países do norte europeu.
Para confirmar a tese, o repórter cita o último sucesso da band hip-hop alemã ISTA, que transformou em rap a poesia do Catulo Odi et amo, grande sucesso em Berlim. E lembra que na Finlândia existe uma rádio que transmite em latim - rádio Nuntii Latini. Para não falar de Jukka Ammondt, professor finlandês que traduziu em latim the best of - o meliora - do Elvis Presley.
Para não falar da internet. Para quem quiser gastar seu latim, existe a versão latina da Wikipedia, a mais famosa enciclopédia online: chama-se Vicipaedia libera Encyclopaedia. No site dos leilões globais E-bay, você pode comprar um curso de latim de 50 aulas organizadas por um professor inglês por 99 pence cada uma. E existe um site dedicado aos palavrões em latim: www.hyperhero.com/la/insults.htm.
Quem deve estar feliz com essa moda toda é o papa, grande latinista. Há quem diga que o sonho de Bento XVI, ou seja Iosephus Ratzinger, è abolir essa "novidade" da missa na lingua de cada país, para trazer de volta a velha missa em latim, abolida por João XXIII no Concílio Vaticano II. E quem disser que isso é coisa ultrapassada e que poucos são os fiéis que sabem latim, ele pode responder: flocci non faccio*. O secretário da Congregação para o culto divino, um dos "ministérios" mais importantes da Santa Sé, monsenhor Albert Patabendig Don, declarou, recentemente numa entrevista, que a reforma conciliar teve algumas consequências negativas, e que a igreja "precisa recuperar alguns aspectos da liturgia do passado", inclusive o missal em latim.
Na Itália dificilmente a moda latina vai pegar. O pessoal é obrigado a estudar o rosa-rosae no segundo grau, e não acha a menor graça na renascença de uma lingua morta. Muita gente (geralmente com mais de 60 anos) freqüenta as aulas de padre Reginald Foster, carmelita, que ensina latim grátis no verão romano. E alguns (poucos) estudantes não perdem os vários certames de poesia, prosa e filosofia em latim, organizados em várias cidades italianas: o mais famoso é o Certamen Ciceroniano de Arpino, cidadezinha perto de Roma.
E no Brasil? A última flor do Lácio, inculta e bela, está pronta para enfrentar uma volta às origens? Uma pesquisa rápida no Google evidencia um certo descaso. Mas é possível recuperar com um curso online, ao preço de 20 reais por lição, que descem para 15 a partir da segunda aula. Mas a impressão é que o único contato entre o brasileiro e o latim ainda é o "Libertas quae sera tamen" de Tiradentes perpetuado na bandeira de Minas Gerais, que ainda é traduzido à la Vinicius de Moraes: Libertas que serás também. E repito!
*Estou pouco ligando.

Vera Gonçalves de Araújo jornalista, nasceu no Rio, vive em Roma e trabalha para jornais brasileiros e italianos.

Fale com Vera G. de Araújo: veragdearaujo@terra.com.br