*Prof. José Cícero Gomes
Há uma fuga de cérebros
brilhantes do Brasil por falta de apoio e valorização financeira por parte do estado
e da classe empresarial brasileira ao conhecimento científico. No Brasil os
conhecimentos e os homens e as mulheres de educação, ciência e tecnologia não
são valorizados. Aqui nada se cria tudo se copiam, não há transferência de
tecnologias, no Brasil há indivíduos que cópia conhecimento seguindo uma
receita autorizada pelo dono da patente, mas sem um domínio da tecnologia
copiada. A Universidade brasileira não produz ciência, ela produz discípulos
seguidores de ideias. Aqui não pensamos inovações, não criamos, não produzimos
e não inventamos nada, apenas montamos, operamos minimamente o que montamos. Há
é bom lembramos com salvíssimas exceções no campo da medicina, veterinária,
agronomia, odontologia e nas ciências humanas foram criadas algumas ilhas de
excelência no Sudeste e no Sul do Brasil. Toda essa situação danosa para o
desenvolvimento brasileiro tem suas raízes na falta de políticas públicas que
valorize a educação da pré-escola à universidade. No Brasil a educação, a
ciências e a tecnologia são sempre colocados à margem de tudo. Não podemos esquecer que
mesmo apesar dos inimigos do Brasil alguns perseverantes revolucionários
criaram algumas ilhas de excelência em alguns setores do conhecimento humano
que produz ciência e tecnologia a revelia da classe política e de alguns
setores da sociedade brasileira tecnofóbico e anticientífico, mas não
competimos com o mundo lá fora em escala mundial. Temo um ministro da educação
atrás do outro desde a década de 30 do século XX, destes poucos entediam de
educação. E muito pouco se fez pela educação até hoje. Para os que compõem o
executivo e o legislativo no Brasil por dinheiro na educação é gasto, eles não
conseguem ver ou não querem ver que por dinheiro na educação básica é
investimento. Na educação superior a visão deles não é tão diferente, já que o
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) só veio existir na Nova
República, é algo muito recente foi criado durante o governo de José Sarney em
15 de março de 1985, pelo Decreto nº 91.146, mas no MCTI as coisas não se da
muito diferente do MEC, talvez seja até pior. Temos ministros como ex-ministro
Aldo Rebelo que não entende nada de ciências e nem tão pouco de tecnologias.
Infelizmente ele não foi o único caso de ministro inoperante e nem será o
último. É triste constatar que antes dele seus antecessores foram pior que ele.
Mas se o governo brasileiro não mudar sua visão sobre a importância da
educação, ciências e tecnologias para o progresso e o desenvolvimento
brasileiro o descaso com o MCTI irá continuar.