quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Nossa educação está em estágio terminal








Não é exagero, infelizmente, afirmamos que este modelo de educação que está ai já morreu a muito tempo, a edição do Enem(Exame Nacional do Ensino Médio) de 2014 onde 529.373 candidatos tiraram nota 0 (Zero) na redação, ela só veio comprovar o que as autoridade constituídas da educação nacional existem em esconder e enganar a sociedade com maquiagens fajutas tentando fazer o povo  crer que nossa medíocre educação está melhorando. O último levantamento do Inaf (Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional  realizado pelo Instituto Paulo Montenegro) mostrou que apenas 26% da população brasileira de 15 a 64 anos é plenamente alfabetizada. Deixe-me repetir: três quartos da nossa população não são capazes de ler e compreender um texto em sua língua materna (Língua Portuguesa Brasileira). Na outra grande área do conhecimento, a Matemática, a situação é igualmente desoladora: só 23%, segundo o mesmo Inaf, consegue resolver um problema matemático que envolva mais de uma operação, e apenas esse mesmo grupo tem capacidade para entender gráficos e tabelas. Na outra ponta, apenas 250 obtiveram a nota máxima. Na edição de 2013, com menos inscritos, 481 redações tiveram nota mil e 106.742, nota 0 (Zero). Nesta última edição (2014), entre os que zeraram a redação, 13.039 copiaram textos motivadores da prova; 7.824 escreveram menos de sete linhas; 4.444 não atenderam ao tipo textual solicitado; 3.362 tiraram zero por parte desconectada e 955 por ferirem os direitos humanos. Outras 1.508, por outros motivos. De acordo com Inep, de 2013 para 2014 houve queda de 9,7% no desempenho dos candidatos. De acordo com o ministro da Educação, Cid Gomes, a queda merece a atenção da academia para que se entenda o porquê disso, pois, de acordo com ele, em um ano, não houve grandes variações de financiamento ou de corpo docente no ensino médio suficiente para explicar a queda de desempenho. Essa realidade nefasta e surreal é o produto final de um sistema de educação que já nasceu fadado ao fracasso devido apresentar deficiências, falta de planejamentos e de valorização da qualidade por não ser nossa educação um projeto de estado e da nação brasileira. Podemos afirmar que a falta de um projeto educacional de Estado, de modo geral, contribuiu para a falência de nossa educação em todas as etapas do ensino, em todo o país do Rio Grande do Sul a Amapá e do Ceará ao Acre com algumas ilhas de qualidade (ainda que as tradicionais diferenças regionais também se manifestem na área educacional) e tanto nas escolas públicas como nas particulares. É uma contextualização que não pode ser creditado ao nosso subdesenvolvimento, pois países muito mais pobres que o nosso têm demonstrado desempenhos muito melhores que os nossos. Na área da educação, especialmente de ensino básico, só conseguimos desempenhos iguais ou até um pouco melhor do que alguns pobres países da África e América Central.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

A intolerância e o ódio de jovens franco-argelinos semeiam dores em solo francês





A França está vivendo os efeitos colaterais e correlatos de um mecanismo do capitalismo usado para se recompor, se refazer na Europa em países como França, Inglaterra e Alemanha na segunda metade do século XX.  A exploração de exércitos de mão de obra barata de pobres ‘importados’ de outros países, ainda nos anos 60 inicia-se a imigração argelina para o território francês. O governo francês convida os argelinos para irem viver é trabalhar na França, já que a Argélia foi colônia francesa por 132 anos de 1830 até 1962. Esta mão de obra de pobres argelinos por ser importada é duplamente estrangeira, primeiro por não ser nacional e segundo por ser ignorada pelas autoridades francesa que não tem compromissos com a radicalização dos miseráveis importados como demonstram ter com a radicalização da pobreza do francos brancos nativos (de origem latina, gaulesa ou germânica) e como se propõem a ter compromissos com o fim do problema da pobreza dos franceses nativos desafortunados (pobreza nacional). Excluídos e esquecidos nas periferias das grandes cidades francesas, os filhos e netos da geração dos primeiros imigrantes argelinos já não tem as mesmas chances que seus pais tiveram nos anos 60, 70 e 80. Hoje por diversos motivos de natureza econômica em uma França que já não vive dias de grandes prosperidades, eles estão cada vez mais pobres. Com. efeito, o desemprego e a exclusão social dos francos-argelinos somado ao desrespeito a sua cultura e credo de fé formaram os elementos explosivos que resultaram nas mortes de 12 pessoas e em 11 feridas na revista Charlie Hebdo em Paris no último de 07/01/2015. Logo em seguida, inicia-se uma caçada aos irmãos jihadistas Said Kouachi, 34, e Chérif Kouachi, 32, caçada esta que terminou hoje com a morte dos irmãos suspeitos do massacre da revista Charlie hebdo. Em uma empresa  onde os irmãos terroristas fizeram reféns e produzem pânico na comunidade de Dammartin-en-Goele, a cerca de 40 km ao nordeste da capital francesa,Paris, e na capital outros dois terroristas, um homem, terceiro suspeito do atentado a Charlie Hobdo, Amedy Coulibaly, 32, e uma mulher Hayat Boumeddiene que também auto intitulavam-se vingadores do profeta Maomé, fizeram reféns num mercado de produtos judáicos ao invadir-lo em Porte de Vincennes, em Paris, e também fizeram reféns no local. Segundo a Reuters, o sequestrador Amedy Coulibaly e mais quatro reféns foram mortos. De acordo com a agência AFP, Coulibaly seria ligado a um dos irmãos Kouachi. Coulibaly era suspeito do assassinato de uma policial municipal francesa nesta quinta-feira (8), em Montrouge. Por razões políticas e ideológicas, se faz necessário, fazer o mundo acreditar que a razão de tamanha violência é apenas fanatismo religioso - pois o objetivo essencial das autoridades não é a verdade. Mas nada justifica a barbaria, a irracionalidade e o sectarismo islâmico. Porém, não se pode esquecer que estes jovens pobres, excluídos e segregados se deixam ser recrutados pelos extremistas islâmicos é porque são humilhados, ignorados, esquecidos excluídos no país onde não pediram para nascer, mas nasceram, é fato, logo são franceses como os jovens brancos nativos, todavia não são vistos como tais, não possuem os mesmos direitos, liberdades e as mesmas oportunidades. Infelizmente é no fundamentalismo muçulmano e nos discursos históricos radicais do islã que estes se encontram como gente e filho de uma divindade vingadora, e ao tornassem vingadores do profeta, estão de uma certa forma se vingando da violência sofrida por aqueles que deveriam lhes ver como franceses. Viviam a margem da sociedade francesa e eram tidos como estrangeiros na terra onde nasceram. Estes três terroristas são tão vitimas quanto as 12 pessoas que morreram assassinados por eles no semanário Charlie Hobde, quanto a policial assassinada ontem e quanto os quatro reféns mortos hoje no mercado judaico. Não estou aqui justificando o terror porque creio que um crime não justifica outro. E tenho certeza que tudo isto é fruto da exclusão, exploração falta de humanidade, da ausência de respeito e direitos no mundo neoliberal capitalista para os filhos e netos de imigrantes árabes em país como a França e da nefasta formação fundamentalista radical e do discurso jihadista muçulmano. A Al-qaeda e outras organizações islâmicas terroristas se aproveitam do ódio e da revolta dos jovens excluídos e abandonados para recrutá-los para sua pseuda guerra santa contra os infiéis ocidentais. Não devemos esquecer que ódio e fanatismo religioso é nocivo e mata. É bom lembramos também que nem todos os muçulmanos são terroristas e nem todos odeiam o ocidente. Quando alguém generalizar está sendo preconceituoso e cruel e tão intolerante quanto os fanáticos fudamentalistas islâmicos.